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A profissão de engenheiro florestal é essencial para a construção de um futuro sustentável, desempenhando papel vital na preservação dos recursos naturais e na promoção do desenvolvimento econômico equilibrado. Em um mundo onde as questões ambientais se tornam cada vez mais urgentes, a atuação desses profissionais se destaca como uma das mais relevantes para garantir que as florestas, que abrigam rica biodiversidade e fornecem inúmeros serviços ecossistêmicos, sejam geridas de maneira responsável e sustentável.
A 2ª edição da Feira Espírito Madeira - Design de Origem, que acontecerá de 07 a 09 de novembro, no Centro de Eventos Padre Cleto Caliman, o “Polentão”, em Venda Nova do Imigrante (ES), reconhece a importância dessa profissão, celebrando a conexão entre a cadeia produtiva da madeira e a conservação ambiental, e destacando o papel crucial dos engenheiros florestais nesse ecossistema.
Marcos Lima Pereira, engenheiro florestal formado pela Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ) e mestre em Ciências Florestais pela Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes), exemplifica como a profissão é fundamental para a restauração de áreas degradadas e para a gestão sustentável dos recursos naturais. Com uma carreira marcada por projetos de grande escala, como a recuperação das margens do Rio Doce, Marcos tem se dedicado ao reflorestamento e à melhoria da qualidade da água, utilizando tecnologias de ponta como geoprocessamento e sistemas de informação geográfica (SIG).
Segundo ele, essas ferramentas são essenciais para o planejamento e a execução de ações que garantam a eficácia das intervenções ambientais, demonstrando como a inovação tecnológica tem se tornado uma aliada indispensável na preservação das florestas. “As novas tecnologias têm revolucionado a maneira como a engenharia florestal aborda os desafios da conservação e do manejo sustentável das florestas. Essa transformação digital tem permitido um monitoramento mais preciso, uma gestão mais eficiente e uma tomada de decisão mais embasada, contribuindo significativamente para a sustentabilidade ambiental”, afirma.
Como exemplos de tecnologias de ponta, a otimização do manejo, os modelos de crescimento florestal que permitem simular diferentes cenários de manejo, otimizando a produção de madeira e outros produtos florestais, além de softwares especializados que melhoram o planejamento de rotas para atividades florestais, reduzindo custos e impactos ambientais. “O monitoramento em tempo real e a análise de dados permitem identificar e mitigar os impactos ambientais das atividades florestais. Quanto à interação social, as plataformas digitais permitem a participação de diversos atores sociais no processo de tomada de decisão, promovendo a gestão compartilhada dos recursos florestais”, ressalta Pereira.
Tecnologias
Outro aspecto relevante da engenharia florestal é a sua capacidade de integrar tecnologias avançadas ao manejo sustentável. Ferramentas como drones, sensores remotos e softwares de modelagem florestal têm revolucionado a forma como os engenheiros florestais monitoram e gerenciam os ecossistemas. Formada pela Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) e atualmente mestranda em Agroecologia, Joana Scarparo Novello destaca que essas inovações não só aumentam a eficiência na produção florestal, como também permitem uma abordagem mais precisa e sustentável na conservação das florestas.
Ela enfatiza que, ao combinar tecnologia com conhecimento científico, é possível criar soluções que atendam tanto às necessidades econômicas quanto às exigências ambientais, promovendo uma economia mais verde e sustentável. “Tecnologias de manejo florestal sustentável, como a silvicultura de precisão e o uso de espécies geneticamente melhoradas, aumentam a eficiência na produção e a conservação. Além disso, inovações em bioenergia e produtos florestais não madeireiros diversificam o uso das florestas, reduzindo a pressão sobre os recursos naturais e promovendo uma economia mais verde e sustentável”, analisa.
Os desafios enfrentados pelos engenheiros florestais no Brasil são complexos e diversos, exigindo abordagem multidisciplinar e inovadora. O desmatamento, a degradação florestal, os impactos das mudanças climáticas e a pressão econômica sobre as áreas protegidas são apenas alguns dos obstáculos diários. Joana ressalta que a valorização econômica das florestas, por meio de práticas como o pagamento por serviços ambientais, é uma das soluções viáveis para garantir a conservação. “É essencial que os consumidores reconheçam a importância de remunerar aqueles que optam por manter as florestas em pé, garantindo a sustentabilidade do manejo florestal e a preservação dos serviços ecossistêmicos que elas fornecem”.
No Espírito Santo, o impacto positivo da engenharia florestal é evidente em diversos projetos de recuperação ambiental e desenvolvimento comunitário. O Projeto Corredores Ecológicos, que atua na bacia do Rio Doce, é um exemplo de como a recuperação de áreas degradadas pode ser integrada ao fortalecimento econômico de comunidades locais.
Ao restaurar corredores ecológicos que conectam fragmentos de Mata Atlântica, o projeto não apenas promove a biodiversidade, mas também incentiva práticas de manejo sustentável, como a produção de cacau sob sombra, gerando renda e melhorando a qualidade de vida das comunidades envolvidas. Para Joana Novello, esse projeto demonstra como a engenharia florestal pode ser uma força motriz na criação de um ciclo virtuoso, onde a preservação ambiental e o desenvolvimento econômico andam de mãos dadas.
Além disso, a engenharia florestal não se limita à conservação e manejo das florestas. Ela também desempenha um papel crucial na promoção da educação ambiental e na sensibilização da sociedade para a importância da preservação dos recursos naturais. Marcos Pereira destaca que projetos como a restauração da encosta do Convento da Penha e a conservação da Reserva Natural da Vale, no Espírito Santo, são exemplos de iniciativas que vão além da recuperação ambiental, contribuindo para a formação de uma consciência ecológica na população e para a promoção de práticas sustentáveis em larga escala.
Antônio Nicola Brazolino, um dos idealizadores da Espírito Madeira, enaltece a profissão de engenheiro florestal como uma das mais importantes do atual contexto global, onde a preservação dos recursos naturais se torna uma prioridade. "A Espírito Madeira é o evento de celebrações e conexões das florestas, e a engenharia florestal é umas das profissões que traz mais importância a esse maravilhoso universo, pelas inúmeras entregas ao ecossistema”, finaliza.
A Feira
A Feira Espírito Madeira - Design de Origem, idealizada por Paula Maciel e Nicola, é um evento que reconhece e valoriza a importância da engenharia florestal no contexto da cadeia produtiva da madeira. Realizado pelo Montanhas Capixabas Convention & Visitors Bureau (MCC&VB) com o apoio da Prefeitura de Venda Nova do Imigrante e da Câmara Setorial de Madeira e Móveis da Federação das Indústrias do Espírito Santo (Findes), o evento destacará inovações sustentáveis na construção, florestas nativas plantadas, construções modulares, que utilizam madeira integrada com aço, vidro ou pedras ornamentais, e design de ponta.
No ano passado, a edição de estreia impactou mais de 10 mil pessoas, movimentando mais de R$ 26 milhões em negócios, evidenciando seu papel vital na promoção e impulsionamento da indústria da madeira no cenário nacional. Além disso, com 40 palestrantes e mais de 51 horas de programação, a Espírito Madeira encantou o público em geral com uma série de eventos, como as Olimpíadas da Madeira, e atrações culturais.
Paula ressalta que o evento celebra o ecossistema da madeira de forma singular, promovendo interações que outros eventos não são capazes de proporcionar, justamente por serem mais nichados. “Ao conectarmos a cadeia produtiva de ponta a ponta, entregamos conteúdos, rodadas de negócios e de créditos, demonstrações e experiências que nenhum outro evento é capaz de entregar!", destaca.
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Sobre o MCC&VB- O Montanhas Capixabas Convention & Visitors Bureau é uma Instância de Governança sem fins lucrativos que colabora para o desenvolvimento sustentável do turismo nos dez municípios da região associados: Afonso Cláudio, Alfredo Chaves, Brejetuba, Castelo, Conceição do Castelo, Domingos Martins, Laranja da Terra, Marechal Floriano, Vargem Alta e Venda Nova do Imigrante.
A entidade é mantida pela iniciativa pública (prefeituras, governo do Estado, através das secretarias de Turismo, no Governo Federal, com o Ministério de Turismo, Embratur/e órgãos do Sistema S) e privada, com a contribuição das mensalidades de associados e patrocínios. Foi constituída em 05 de maio de 2006, sob a forma de associação, e tem por objetivo a captação e geração de eventos de alcance regional, nacional e/ou internacional, o desenvolvimento do turismo nas suas diversas modalidades, a defesa e proteção do meio ambiente, do artesanato e do patrimônio cultural artístico, religioso, histórico e do turismo rural da Região Turística Montanhas Capixabas.
A missão do Convention está em consonância com o programa de Regionalização do Ministério do Turismo que visa descentralizar as ações e assim trabalhar os municípios com características similares de forma regionalizada, construindo um destino turístico com planejamento e organização. A atual diretoria conta com Valdeir Nunes (diretor-presidente), Ana Venturim Porto (vice-presidente de Administração e Finanças), Leandro Carnielli (vice-presidente de Relações Internacionais), Cláudio Chieppe (vice-presidente de Sustentabilidade e Inovação) e Andreia Rosa (diretora executiva).-
Fonte: Assessoria de Imprensa "Espírito Madeira- Design de Origem"