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Substituir alumínio por madeira tem concentrado esforço do mercado da construção civil já há algum tempo e as razões são fáceis de entender: o emprego do alumínio contribui para aumentar a temperatura do planeta enquanto o uso da madeira diminui.
Alumínio, ferro, areia e cimento formam o conjunto básico de insumos para a construção de residências, pontes e prédios no Brasil, desde que os portugueses chegaram por aqui.
Com fartura de jazidas os construtores portugueses e brasileiros extraíram país afora, os minerais que compõem a paisagem urbana e, em menor medida rural, das capitais e cidades do interior.
Todas as jazidas, sem exceção, e em maior ou menor grau exigem para serem exploradas um dispêndio enorme de energia o que, por sua vez, produz toneladas de carbono que vão parar na atmosfera.
Daí em diante todos já sabem.
A concentração de carbono (e outros gases, mas com predominância do carbono), causa o efeito estufa que aumenta o calor e a temperatura do planeta e o risco de ocorrência de tragédias com secas e alagações, cada vez mais comuns.
Alterar essa realidade, ou melhor, reduzir a pegada de carbono da construção civil depende da substituição das jazidas minerais por um produto nobre, bonito e agora, mais barato: a madeira.
Como reiterado nesse espaço, a madeira é proveniente de árvores plantadas ou manejadas em floresta nativa com essa finalidade e possuem a característica especial de sequestrar, ou manter, carbono em sua estrutura por centenas de anos.
Uma árvore cresce tirando carbono da atmosfera para compor a celulose e a lignina que juntas formam a madeira, que vai virar um prédio ou uma residência e será usada por séculos. Isso mesmo, mais de cem anos.
Depois de os japoneses construírem em madeira o maior prédio do mundo (saiba mais aqui: http://www.andiroba.org.br/artigos/?post_id=4137), os holandeses todo um bairro em madeira (saiba mais aqui: https://www.andiroba.org.br/artigos/?post_id=5328) chegou o momento dos paulistas.
Nessa tendência a empresa Noah, que conta com especialistas no emprego da madeira em obras, inclusive para confecção de vigas, lajes e pilastras, vai erguer o primeiro prédio brasileiro 100% Madeira na região mais rica do país.
Com recursos de fundos de investimentos imobiliários a Noah construirá o que chama de “boutique offices”, com projeto arquitetônico arrojado e único para instalação de escritórios.
Segundo os executivos da Noah será o primeiro prédio em que os custos relacionados ao projeto 100% Madeira são iguais aos das jazidas, intensivas em carbono.
Mais bonita, arquitetônica, paisagística, barata e o melhor, reduzindo a temperatura do planeta, a madeira passa a ser prioridade na construção civil.
Ecio Rodrigues & Aurisa Paiva
Fonte: Andiroba