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Uma nova espécie de árvore frutífera foi descoberta em julho deste ano por pesquisadores do Jardim Botânico do Rio de Janeiro, no interior do Monumento Natural Municipal da Pedra de Itaocaia (MONA), em Maricá.
A área é uma unidade de conservação gerida pelo Instituto Estadual do Ambiente (Inea) e tem atraído cientistas de várias partes do mundo pela riqueza de espécies nativas da Mata Atlântica. A nova árvore é uma parente distante da jabuticabeira.
O estudo, conduzido por Thiago Fernandes e João Marcelo Braga, aponta que a Siphoneugena carolynae (nome científico) é a décima terceira espécie do gênero conhecida até hoje e, atualmente, existe apenas essa única árvore no mundo.
As expedições de campo foram feitas entre 2018 e 2023, no Morro Itaocaia e, ao longo das fases do desenvolvimento reprodutivo, a espécie foi monitorada periodicamente.
O resultado da pesquisa foi divulgado na revista científica Brittonia, publicação do Jardim Botânico de Nova York, uma das mais respeitadas do mundo. A comunidade acadêmica está comemorando a descoberta.
A pequena árvore mede 7 metros de altura. É do gênero Plínia, das jabuticabeiras.
Para o autor do estudo, Thiago Fernandes, os resultados destacam a importância de áreas protegidas relativamente pequenas para a conservação de espécies nativas e ameaçadas no estado do Rio:
"Essa nova descoberta é um passo adiante para o conhecimento pleno da flora da Mata Atlântica, que ainda abriga muitas espécies desconhecidas para a ciência. Além disso, demonstra a importância das áreas protegidas para a conservação dessa e de outras espécies raras e com distribuição restrita", disse.
Darwin andou por lá
O naturalista inglês Charles Darwin, quando esteve no Brasil visitando o Rio de Janeiro, ficou hospedado em uma fazenda onde hoje está o local de descoberta da nova espécie. Infelizmente, durante a estadia no bioma, Darwin não descreveu essa planta. No entanto, ficou fascinado pela biodiversidade da Mata Atlântica.
Fonte: Enfoco