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22
nov
2005
(GERAL)
Setor de embalagens deve crescer 4% no 2º semestre
O setor de embalagens deve registrar encomendas 4% superiores em volume físico neste segundo semestre na comparação ao mesmo período do ano passado, de acordo com Fábio Mestriner, presidente da Associação Brasileira de Embalagem (Abre). “A perspectiva era que, em 2005, o segundo semestre fosse 4,8% mais forte do que o do ano passado, mas em julho houve uma queda de 4,4% na expedição de embalagens sobre o volume verificado em igual mês de 2004. Isso nos fez rever a expectativa para baixo, mas mesmo assim haverá um crescimento no setor, já que houve sinal de retomada em agosto”, diz Mestriner.

De acordo com o executivo, em 2005 o setor de embalagens deve obter resultado físico cerca de 2,5% a 3% superior ao registrado em 2004. Em termos de faturamento, Mestriner calcula que o movimento do mercado passará de R$ 28,6 bilhões no ano passado para R$ 13 bilhões neste ano. A participação de cada material para embalagens no total comercializado deve ter pouca diferença em relação a 2004, segundo o presidente da Abre.

“No ano passado, a fatia de cada material no volume físico total de embalagens no Brasil ficou da seguinte forma: 38% para papel, papel-cartão e papelão; 32% para plásticos; 22% para metálicos; 6% para vidro; e 2% para madeira. Neste ano, deve haver um leve avanço do plástico sobre os outros materiais, decorrente da queda no preço da resina em conseqüência ao excesso de oferta no mercado mundial”, explica.

Mastriner aponta que o setor de alimentos e bebidas absorve 60% das vendas de embalagens no Brasil, seguido pelo segmento de higiene pessoal, perfumaria e cosméticos. Segundo o executivo, um bom termômetro de como vai o setor é o segmento de papelão ondulado, material que embala 70% dos produtos que circulam no mundo todo.

A Klabin , maior fabricante nacional de embalagens de papelão ondulado, prevê um segundo semestre de crescimento menos acelerado do que o primeiro, pelo menos por enquanto, de acordo com Carlos Alberto Masili, diretor comercial de embalagens da companhia. Entre os fatores desse ritmo de incremento menor, o executivo destaca a sazonalidade e o desempenho das indústrias às quais a Klabin fornece de embalagens de papelão ondulado e a incerteza da população quanto às possíveis mudanças econômicas. “O brasileiro não tem se arrojado muito ao consumo”, comenta Masili.

Segundo ele, no primeiro semestre a Klabin registrou um bom incremento em seus negócios na área de papelão ondulado sobre o mesmo período de 2004 devido ao aquecimento da demanda por embalagens vinda dos segmentos de frigorificados e folhas de tabaco, setores impulsionados principalmente pelas exportações.

“O segundo semestre é puxado pela safra de frutas nordestinas, cujo resultado tem sido prejudicado pelo clima, e pelas cestas de Natal, em que a Klabin é líder de fornecimento de caixas, mas este é um movimento que acontece todo ano”, diz Masili.

A Petropar projeta vendas de embalagens metálicas e PET de 6% a 7% superiores neste final de ano às do mesmo período do ano passado. “As expectativas são muito boas”, relata William Ling, vice-presidente do Conselho de Administração da empresa. A Petropar colocou em operação, em setembro, cerca de um terço do novo centro de injeção de pré-fôrmas para garrafas PET (tubos que fazem as garrafas) que está construindo na unidade que possui em Manaus, Estado do Amazonas, integrante da joint venture com a Crown Embalagens , somente para atender ao aumento de demanda do final de ano.

A empresa está investindo US$ 10 milhões para ampliar em 20% a atual capacidade produtiva de 650 milhões de unidades anualmente. “Se os juros não tivessem permanecido tão altos no segundo semestre, poderíamos ter um Natal e um Ano-Novo ainda melhores”, avalia Ling. Na opinião do executivo, o setor de embalagens terá um crescimento de 4% a 5% este ano, impulsionado principalmente pelo crescimento da economia interna, com aumento na renda dos consumidores.

Exportações em altaM

As vendas externas de embalagens devem gerar divisas de US$ 350 milhões para o Brasil em 2004, montante cerca de 16% superior ao registrado no ano passado, quando as exportações somaram US$ 300 milhões, de acordo com Mestiner.

O executivo afirma que 18 das 20 maiores multinacionais do ramo de embalagens, como Rexam , Alcoa e Tetra Pak , possuem fábrica no Brasil, país que é grande produtor de matérias-primas do segmento. “O Brasil é uma plataforma de exportação para matrizes e mercados de multinacionais do setor de embalagens. Além disso, existe uma prática no mercado de contratos globais de fornecimento, de forma que o Brasil passa a atender subsidiárias de multinacionais que são clientes das matrizes de empresas instaladas aqui”, explica Mestiner.

Fonte: Maria Cláudia Almeida/Martiane Welter (DCI )

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