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Corpo de Bombeiros registrou média de 10 mil focos por ano de 2019 a 2023
O inverno se aproxima e a previsão para o Paraná é de que a estação seja mais seca. A informação meteorológica gera preocupação num estado em que a média anual de focos de incêndio ficou em torno de 10 mil ocorrências nos últimos cinco anos, segundo o Corpo de Bombeiros. Como medida de prevenção, entidades representativas do agronegócio e outros setores, mais o governo do estado, reúnem-se em uma campanha de conscientização da população, que este ano vai contar com informações da Nasa, órgão de administração da aeronáutica e espaço dos Estados Unidos.O órgão irá fornecer ao IDR-Paraná, em tempo real, um conjunto de dados que mostram o risco de incêndios no estado, que devem contribuir para elaborar ações de prevenção mais eficientes.
O Corpo de Bombeiros do Paraná registrou entre 2019 e 2023 mais de 50 mil atendimentos, sendo que em 2023 foram 5.597 focos de incêndio florestal no estado. O maior número de ocorrências é registrado nas regiões Norte, Noroeste e Central do estado. “Muitas vezes o fogo é usado em alguma prática na propriedade, mas foge do controle. Há também os casos de restos de fogo em acampamentos que dão início a um incêndio”, conta o coronel Antonio Geraldo Hiller, subcomandante geral do Corpo de Bombeiros Militar do Paraná.
Aílson Loper, diretor-executivo da Associação Paranaense de Empresas de Base Florestal (APRE) lembrou que os prejuízos dos incêndios não se limitam a áreas florestais. “O fogo degrada o solo, diminui a produtividade, chega às cidades e causa diversas doenças respiratórias entre a população. Nosso objetivo é levar informação, cada vez mais longe, para proteger a população e a natureza”, afirmou. Loper acrescentou ainda que há cerca de dois anos vem sendo feito um trabalho de prevenção mais intenso junto à vizinhança dos reflorestamentos, estabelecendo parcerias e uma rede de informações sobre o risco de incêndios.
O secretário estadual da Agricultura e do Abastecimento, Natalino Avance de Souza, ressaltou a importância do esforço conjunto de diversas instituições nessa campanha. “Nós praticamos, talvez, a melhor agricultura do país graças a essa capacidade de unir forças. Nessa campanha são dezesseis instituições atuando juntas. Essa união é pela defesa do nosso patrimônio, de uma atividade econômica importante para o estado”, disse Souza.
A Campanha Estadual de Prevenção e Combate a Incêndios Florestais 2024, reúne 16 instituições: Associação Paranaense de Empresas de Base Florestal (APRE), Associação Brasileira da Indústria de Madeira Processada Mecanicamente (ABIMCI), Corpo de Bombeiros, Defesa Civil, Embrapa Florestas, Federação da Agricultura do Estado do Paraná (FAEP) e Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (SENAR-PR), Fundação de Pesquisas Florestais do Paraná (Fupef), Ibama/Prevfogo, Instituto Água e Terra (IAT), Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná (IDR-PR), Rede Nacional de Brigadas Voluntárias (RNBV), Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Paraná (SEAB), Secretaria de Desenvolvimento Sustentável do Paraná (SEDEST), Sistema de Tecnologia e Monitoramento Ambiental do Paraná (Simepar) e Universidade Federal do Paraná (UFPR).
Ana Paula Rodrigues
Fonte: www.paranacontraincendioflorestal.com