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Localizada na região de Bauru, Pederneiras inaugurou na última segunda-feira (27) seu primeiro viveiro florestal, em uma área de 150 hectares de floresta estadual.
O objetivo é reproduzir ali mudas de diferentes espécies exóticas, como pinus (sete exemplares), eucalipto (cinco exemplares) e corymbia (dois exemplares), com foco na manutenção da biodiversidade local e na realização de pesquisas para melhorar a qualidade genética dessas espécies.
Além de fomentar o emprego na região, o viveiro também irá comercializar as mudas, madeiras e resinas produzidas. Sua capacidade de produção pode chegar a até 1 milhão de plantas por ano.
A iniciativa atende às diretrizes estaduais de reflorestamento. O Instituto de Pesquisas Ambientais (IPA), vinculado à Secretaria de Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística (Semil), é o responsável pelas pesquisas, estudos e reprodução de espécies no local, com foco em soluções para os desafios das mudanças climáticas.
“Os estudos pretendem desenvolver mudas mais adaptadas a diferentes regiões, resistentes à seca, às altas temperaturas, doenças e pragas”, explicou o diretor do Departamento de Tecnologia e Inovação do IPA, Emerson da Silva.
O pinus, por exemplo, poderá ter até 1.000 mudas plantadas por hectare, sendo aproveitado não só como madeira e celulose, mas também para a produção de resinas com aplicações farmacêuticas, cosméticas e nutricionais.
O viveiro faz parte do projeto “Melhoramento e Conservação de Germoplasma Arbóreo de Rápido Crescimento”, que busca a revitalização de áreas de preservação por meio da readequação das Unidades de Conservação do estado.
A Floresta Estadual possui também uma coleção no banco ativo de germoplasma (organismo vivo constituído de árvores matrizes que foram plantadas a partir de sementes) de espécies nativas geridas pelo IPA que podem se beneficiar do viveiro para multiplicação, visando a diversificação na produção florestal, a restauração ambiental e a valorização da bioeconomia.
A iniciativa conta com o apoio da empresa Helmut Schuckar e da Fundação de Desenvolvimento da Pesquisa do Agronegócio (Fundepag).
Fonte: Forest News