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Pesquisadores concluíram com sucesso o processo de clonagem da maior araucária do Paraná, localizada em Cruz Machado, no sul do estado. A árvore, que caiu em outubro de 2023 devido a um vendaval, tinha mais de 750 anos, 42 metros de altura e seis metros de circunferência.
As araucárias estão atualmente em crítico risco de extinção, segundo a União Internacional para a Conservação da Natureza e dos Recursos Naturais (IUCN).
O processo de clonagem empregou uma técnica conhecida como enxertia, que consiste na fusão dos tecidos de duas plantas para crescerem como uma só. Se o enxerto for bem-sucedido, a planta clonada pode ser transplantada. Essa técnica permite preservar a genética da araucária tombada, transferindo-a para novos indivíduos.
Foram realizadas 100 enxertias, todas com brotação. No entanto, ainda será necessário aguardar mais algum tempo antes que possam ser plantadas.
A Embrapa incentiva a criação de pomares da árvore, da qual a semente, o pinhão, é apreciada na culinária, sendo que a enxertia também reduz a pressão sobre araucárias que estão na floresta nativa.
Nos últimos anos, a Embrapa, em colaboração com o Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná (IDR), tem proporcionado treinamentos para ensinar produtores a realizar a enxertia em araucárias. As capacitações focam na seleção de espécimes que produzem mais cedo e que geram pinhões maiores e mais saborosos.
Um exemplo de sucesso é o programa “Força das Araucárias” na cidade de Bituruna, no sul do estado, onde 100 produtores gerenciam 100 hectares de árvores plantadas. Estas árvores, de menor altura, facilitam a colheita e produzem pinhões mais rapidamente, demonstrando o sucesso da enxertia como técnica de melhoramento.
Durante um período específico, os participantes recebem um auxílio financeiro mensal para a produção e conservação da espécie. Posteriormente, a renda obtida com a venda dos pinhões ajuda no sustento das famílias envolvidas no projeto.
Fonte: Sou Agro