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24
mar
2024
(TECNOLOGIA)
Novo material de construção sustentável rouba carbono da atmosfera

Pesquisadores criaram deque sustentável que não só tem emissões de carbono negativas, mas, também, é mais barato e durável que a versão "normal"
 20/03/2024 05h40

Materiais de construção – e as construções em si – são responsáveis por fatia considerável de emissões de dióxido de carbono na atmosfera, o que agrava o aquecimento global e as mudanças climáticas. Alternativas ecológicas já estão sendo desenvolvidas, mas, normalmente, são mais caras do que o normal, o que inibe o suo.

Um estudo estadunidense encontrou forma de criar novo material de construção popular com pegada de carbono negativa, que ainda é mais barata do que a versão poluente atual.

Material de construção com pegada de carbono negativa

O estudo foi conduzido pela American Chemical Society. Os cientistas relataram que desenvolveram material para deques, que armazena mais CO₂ do que é necessário para fabricá-lo, o que não só zera a pegada de carbono, mas a torna negativa.

Eles mencionam como já existem outros compostos “sustentáveis” na indústria da construção, mas eles são, ou mais caros, ou menos duráveis do que suas versões “poluentes”. É o próprio caso dos deques: segundo o TechXplore, a alternativa mais popular atualmente é um composto feito de madeira e plástico. Isso porque as versões só com madeira estão mais sujeitas aos efeitos da radiação e duram menos tempo.


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Exemplo de deque (Imagem: Radoslav Cajkovic/Shutterstock)
Como é o novo deque sustentável

• O estudo propôs nova composição do deque: junto à madeira e ao plástico, adicionar lenhite (ou linhito) de baixa qualidade – produto derivado da madeira que sobrou da fabricação do papel – como enchimento dos deques;
• Eles usaram éster e uma série de reações químicas para fazer com que o novo material aderisse ao plástico;
• A questão é que os ésteres são ácidos carboxílicos, uma forma capturada de CO₂. Pensando nisso, eles resolveram tornar o material ainda mais ecológico e colocaram carbono na superfície do composto, para que o enchimento o capture;
• Eles testaram a viabilidade dessa tentativa e provaram que o material final tinha apenas de 2 a 5% de dióxido de carbono;
• Um deque com a nova composição contém 80% de enchimento (bem menos plástico do que a versão anterior) e, de quebra, ainda captura CO₂ de sua fabricação.

Carbono negativo
Além da sustentabilidade e durabilidade maior, o preço também é um diferencial. O novo material custa 18% menos do que as placas de deque padrão.

Ele também armazena mais carbono do que é liberado durante a fabricação e toda sua vida útil. Os cientistas estimam que, se mais de um bilhão de metros de deques vendidos todos os anos nos Estados Unidos fossem substituídos pelos deques com a nova composição, 250 mil toneladas de carbono seriam sequestradas anualmente, o equivalente à emissão anual de 54 mil carros. Agora, a equipe segue testando o material para permitir sua comercialização em breve.

Por Vitoria Lopes Gomez, editado por Rodrigo Mozelli

Fonte: https://olhardigital.com.br/

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