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Desde a década de 1990, quando grupos de empresas, trabalhadores e ambientalistas se uniram para fundar o Conselho Internacional de Manejo Florestal, FSC da sigla em inglês, a área de floresta certificada se amplia mundo afora (saiba mais: http://www.andiroba.org.br/artigos/?post_id=2473)
Certificar uma área de terra coberta por muitas árvores, em que a floresta pode ter sido cultivada por alguém ou regenerada de forma natural, significa depositar naquela área um selo verde. Isto é, uma garantia de que o produto que sai dali não acarretou danos para comprometer sua perpetuidade ou regeneração eterna.
No caso do FSC, com o selo sendo impresso por mais de 30 anos em uma série enorme e variada de produtos, o emblema de uma árvore estilizada com traços de que tudo está Ok naquela indústria alcançou significativa capilaridade.
Afinal, o selo verde do FSC está espalhado por quase todos os produtos que saem da indústria do papel e celulose. Também pode ser visto em parcela considerável da indústria da madeira e mobiliário.
A abrangência do FSC pode ser explicada por várias razões, mas sobretudo por ser exigido como porta de entrada para vários mercados, em especial na Europa.
Apesar de às vezes incompreendido quando, por exemplo, as pessoas se chocam com uso de papel ao supor que a produção requereu a derrubada de uma árvore, é provável que os plantios das árvores de eucaliptos que originam o papel com o selo do FSC, se transformem em novas árvores até mesmo antes do papel surgido da árvore anterior chegar em nossas mãos.
A importância do setor florestal para a economia mundial é expressiva com expectativa de crescimento por duas razões: as florestas são mecanismos eficientes para retirar carbono da atmosfera e podem fornecer um leque variado de produtos quando manejadas com tecnologia e ciência (saiba mais: http://www.andiroba.org.br/artigos/?post_id=2175).
Para se ter uma ideia, segundo a FAO, agência da ONU para florestas, em 2022 o setor florestal gerou 1,5 trilhão de dólares para a riqueza mundial e empregou 33 milhões de trabalhadores, o que demonstra uma força econômica expressiva.
Atualmente, o FSC contabiliza 8 milhões de hectares de florestas certificadas no Brasil. São aproximados 160 milhões de hectares, entre florestas plantadas e nativas, usando o selo FSC em todo planeta.
Segundo a organização há muito espaço para ampliação da área de floresta certificada e a meta é chegar a 300 milhões de hectares de florestas usando o selo verde do FSC ainda em 2026.
A certificação das florestas pelo FSC demonstrou, nos últimos 30 anos, que a aplicação da tecnologia de manejo florestal por comunidades e pelas indústrias fornece rendimentos e garante a perpetuidade da área de floresta sob manejo (saiba mais: http://www.andiroba.org.br/artigos/?post_id=5196).
Hoje não há dúvida, a certificação das florestas pelo FSC é uma das principais soluções para o desmatamento zero da Amazônia. Simples assim!
Ecio Rodrigues & Aurisa Paiva
Fonte: Andiroba