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Segundo especialista, vários projetos preferem apostar na cobertura vegetal mais rápida, abandonando as árvores de crescimento mais lento
Mata reflorestada com espécies nativas na Reserva Particular do Patrimônio Natural (RPPN) Duas Cachoeiras, em Amparo (SP), que é onde fica também o Araribá Jardim Botânico
A adesão ao Programa de Regularização Ambiental (PRA) e o replantio de áreas desmatadas nos biomas brasileiros encontra dificuldade na baixa variedade de mudas de espécies nativas disponíveis para plantio. Este deverá, aliás, ser um dos principais obstáculos para a recomposição florestal no País, a partir do momento em que tiverem sido analisados e validados os mais de 5 milhões de Cadastros Ambientais Rurais (CAR) preenchidos pelos proprietários rurais. Após a validação, propriedades rurais com alguma irregularidade ambiental poderão aderir ao PRA e, assim, iniciar o processo de recomposição florestal.
Entretanto, a oferta limitada dessas mudas nativas em quantidade e variedade que seria a ideal reduz a biodiversidade das áreas reflorestadas, podendo, inclusive, comprometer a perpetuação da mata a longo prazo, diz o educador ambiental e diretor do Araribá Jardim Botânico (AJB), de Amparo (SP), Guaraci Diniz. Segundo ele, vários dos atuais projetos de reflorestamento estão mais preocupados em cumprir as leis ambientais, garantindo rápida cobertura vegetal, ou simplesmente em fixar carbono no solo. A biodiversidade de espécies acaba ficando em segundo plano.
Tânia Rabello
Fonte: Terra