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Campus da UTFPR sedia escritório 'Novo Arranjo de Pesquisa e Inovação (Napi) Wood Tech', com mais de 100 empresas parceiras
Guarapuava entra pra valer na tecnologia da madeira para construções pré-fabricadas, mas sustentáveis. Isso vai ser possível porque a Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR) apostou no processo da madeira engenheirada. E o começo de tudo está centralizado no campus de Guarapuava com a abertura do escritório do ‘Novo Arranjo de Pesquisa e Inovação (Napi) Wood Tech’. Trata-se de uma parceria com o Cilla Tech Park, UEL, UEM, UFPR e Prefeitura. O espaço pretende tornar a região um centro de inovação em madeira engenheirada e um polo de construções com esta tecnologia no Paraná. O investimento será de mais de 2,6 milhões em recursos da Fundação Araucária.
De acordo com o reitor da UTFPR, Marcos Schiefler Filho, o Napi da madeira engenheirada já possui muitos parceiros. “São mais de 100 empresas que trabalham com o beneficiamento de madeira. E então é somar atividades e tem tudo pra se tornar um grande referencial nacional no processamento e engenharia envolvida nesta tecnologia”. Conforme o o secretário de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (SETI), Aldo Nelson Bona, um dos objetivos do Napi é oferecer fomento a pesquisas aplicadas que incentivem os ativos tecnológicos nas regiões do Estado. “Este novo arranjo em madeira engenheirada deve gerar resultados que impactem diretamente a sociedade. Um trabalho em rede que aproveita o potencial e gera soluções para toda a população”.
EFEITOS
Investir em sustentabilidade é uma das grandes estratégias da construção civil para reduzir os impactos ambientais causados pelo setor. Sendo assim, essa é uma tecnologia desenvolvida com base nesse novo conceito de cooperar com o meio ambiente e revolucionar a forma de construir. De acordo com o Napi, a madeira engenheirada passa por processos de engenharia e são pré-fabricadas. Isso potencializa o uso na construção. Geralmente são madeiras que saíram da floresta de manejo e foram para fábricas. É lá que passam por seleção.
Conforme as informações, esse processo de seleção passa pela retirada de nós, trincas e rachaduras. Seguido pelo alinhamento de fibras, para transformar as madeiras em tábuas, lâminas ou até mesmo micropartículas. Tudo isso, de modo a facilitar a união de uma na outra (com pregos e cavilhas). A vantagem mais notória é que se torna mais resistente do que a madeira comum. Mas, conforme especialistas, a além da resistência, trata-se de um produto leve que facilita a locomoção
Mas há também um aspecto importante em relação à sustentabilidade. Essa madeira absorve o componente do CO2, que contribui para o efeito estufa. E como se trata de um material pré-fabricado, a eficiência é maior, a produção de resíduos é menor e há rentabilidade para a obra.
• Por Cristina Esteche
Fonte: Portal RSN.