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Notícias

22
nov
2005
(GERAL)
Créditos de carbono serão negociados na BVRJ
O Brasil é o primeiro país na América Latina a comercializar os créditos de carbonos de projetos de redução de emissões do gás, previsto no Protocolo de Kyoto, que definiu metas para os países industrializados diminuírem as emissões de alguns gases que podem provocar o aquecimento global, conhecido como efeito estufa.

Hoje, será lançado na Bolsa de Valores do Rio de Janeiro (RJ) o banco de projetos do mercado brasileiro de carbono, o primeiro passo para a criação do Mercado Brasileiro de Redução de Emissões. O secretário do Desenvolvimento da Produção do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Antonio Sérgio Mello, acredita que o primeiro pregão de créditos de carbono acontecerá até o final do ano.

O Protocolo de Kyoto permite aos países que não foram incluídos no compromisso de redução de emissão de gases que transfiram seus projetos para que outros países possam cumprir a sua cota. O Brasil, disse o secretário, tem um espaço importante nesse cenário, por possuir programas de energia limpa, como o do álcool. "O Brasil hoje é um player importante de projetos", afirmou à Agência Estado.

Com o Mercado Brasileiro de Redução de Emissões, as empresas poderão capitalizar seus projetos, vendendo o crédito associado às suas reduções para outros países - governos, empresas ou fundos internacionais - que precisem atender as cotas fixadas no protocolo. Com essa negociação, além de reduzir as emissões globais dos gases que causam o efeito estufa, o Ministério do Desenvolvimento acredita que abre-se uma alternativa rentável para atingir o desenvolvimento sustentável.

O banco de projetos, que será lançado numa parceria entre o Ministério do Desenvolvimento e a Bolsa de Mercadorias & Futuros (BM&F), é um sistema eletrônico que registrará os projetos de Mecanismo de Desenvolvimento Limpo.

Com isso, os investidores, que devem ser estrangeiros, poderão divulgar suas intenções em adquirir créditos de carbono. Atualmente, os créditos já são negociados na Europa e em Chicago, embora os Estados Unidos (EUA) não sejam signatários do Protocolo de Kyoto.

Fonte: Agência Estado

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