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22
nov
2005
(GERAL)
Setor madeireiro revê expectativa de desempenho
O setor madeireiro esperava crescer 20% em 2005. Essa semana, a Associação Brasileira de Indústria Processada Mecanicamente (ABIMCI) anunciou a revisão desta projeção para baixo. de acordo com o presidente da instituição, Luiz Carlos de Toledo Barros, com a atual cotação do dólar, a expectativa é manter os mesmos números do ano passado.

A entidade aponta que o setor já perdeu 25% de sua receita desde novembro de 2004, quando o dólar estava cotado a cerca de R$ 2,80. além disso, a concorrência da china, a falta de suprimento no norte do país e o aumento do preço da tora têm afetado o desempenho do setor.

Em 2004, o segmento de madeira processada mecanicamente – painéis de compensado, portas, molduras, blocks, pisos, entre outros – exportou pouco mais de us$ 3 bilhões. De janeiro a julho de 2005, foram exportados us$ 1.752 bilhões, enquanto no mesmo período do ano passado, a receita foi de us$ 1.657 bilhões. um crescimento inferior a 10%

É provável que nas próximas semanas haja um aumento de 10% a 15% nos preços do compensado, em função dos estragos causados pelo furacão katrina, nos estados unidos. segundo dados da abimci, entre os dias 26 e 30 de agosto, o preço subiu 5%, alcançando US$ 230. "As carteiras de contratos estão subindo de duas para quatro semanas, em uma clara sinalização de alta de preços", afirma o presidente da entidade.

Mesmo assim, a abimci afirma que a projeção de aumento de vendas para os eua é tímida, apenas 200 metros cúbicos a mais do estimado para este ano. “As vendas serão pontuais e não devem mudar significativamente os números esperados para 2005”, alerta barros. o brasil detém 40% das vendas de compensado usado na construção civil na costa leste americana.

A redução do suprimento na região norte do país também causa prejuízos ao setor. Os produtores de painéis de compensado de madeira tropical enfrentam os problemas da crise pela qual passou o ibama, com a denúncia de irregularidades no mato grosso.

Segundo a entidade, com as restrições impostas pelo instituto aos produtores florestais, mesmo os manejos aprovados enfrentam dificuldades para a colheita das árvores.

A Abimci instalará dois escritórios regionais em setembro, nas cidades de sinop (MT) e paragominas (PA), visando dar maior suporte aos associados dessas regiões.

“Acreditamos que essa ação irá fortalecer o setor que nos últimos quatro anos realizou importantes investimentos em qualidade, produtividade e em escala de produção, incentivando um grande número de pequenas e médias empresas”, afirma barros.

Fonte:cportal netcomex

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