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15
out
2023
(GERAL)
Beleza que cura: nativo da América do Sul, jacarandá-mimoso detém potencial medicinal e paisagístico

Árvore possui floração intensa, de tons do lilás-claro até o roxo. Flores são tradicionalmente usadas para tratar feridas e úlceras.

Enquanto a primavera colore a América do Sul com uma profusão de flores, uma árvore se destaca por sua beleza singular: o jacarandá-mimoso (Jacaranda mimosifolia D. Don). Com flores em cores vivas e folhagem exuberante, a espécie não tem só potencial paisagistico, como também possui propriedades antioxidantes e antimicrobianas.Nativa da Argentina, Bolívia e Paraguai, a árvore é geralmente usada como planta ornamental em ruas, avenidas e parques. Podendo chegar a 20 metros de altura, o jacarandá-mimoso impressiona pela floração intensa, com tons que vão do lilás-claro ao roxo, cobrindo toda a copa. Esta que possui formato que vai de elíptica a arredondada.

No Brasil, é cultivada com mais frequência em São Paulo e em Santa Catarina, porém pode ser encontrada em outros estados no Sul, Sudeste e no Nordeste do país, em áreas com altitudes acima de 700 metros.

Não apenas bonita, a árvore possui propriedades medicinais interessantes. De acordo com o doutor em Botânica, Jomar Gomes Jardim, o jacarandá-mimoso pode servir como alívio para quem tem feridas no corpo, assim como auxílio ao tratamento de algumas doenças.

“Estudos demonstraram que suas flores possuem atividades antioxidantes e antimicrobianas. Tradicionalmente usadas para curar feridas e úlceras, podem atuar no tratamento de diarreia e disenteria, bem como ser utilizadas como adstringente natural”, explica Jomar.

O que dá mais destaque ao jacarandá-mimoso, apesar de tudo, são suas flores. O ciclo de floração da árvore ocorre anualmente, apenas uma vez ao ano. Ao longo da floração, a espécie pode ser caracterizada como “estacionária”, pois produz poucas flores por dia durante um extenso período.

Espécies como o jacarandá-mimoso são indicadas para ações de reflorestamento e preservação ambiental, embora ele não seja nativo do Brasil.

Para restauração florestal, o mais indicado é sempre tentar plantar exemplares realmente nativos. Na falta de um, o pesquisador diz que vale escolher outra espécie. Jomar ressalta que plantar árvores, independentemente da origem, é fundamental para a continuidade dos seres vivos no planeta.

“Todas as árvores ou plantas têm importância na natureza. Elas são simplesmente responsáveis pela vida no planeta, pois são os únicos seres que convertem energia solar em carbono [por meio da fotossíntese], a energia primária da qual dependemos para alimentar e formar nosso corpo", finaliza.

*Texto sob supervisão de Giovanna Adelle

Por João Bertuzzo*, Terra da Gente

 

Fonte: https://g1.globo.com/sp/campinas-regiao/terra-da-gente

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