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Notícias
22
nov
2005
(GERAL)
Rio incentivará plantio de eucalipto.
Objetivo do programa de desenvolvimento é beneficiar pequenos e médios produtores rurais e gerar emprego e renda. O governo estadual e a Firjan começam a implantar no Rio um programa de desenvolvimento da indústria de base florestal. A iniciativa beneficiará pequenos e médios agricultores da região para gerar novas alternativas de renda e mais empregos. A meta é investir, em quatro anos, cerca de R$ 15 milhões para plantar 5 mil hectares de florestas, especialmente de eucaliptos, tipo de árvore com alta produtividade em solo brasileiro.
As áreas prioritárias para o cultivo florestal, segundo informa o secretário de Agricultura do Rio de Janeiro, Christino Áureo, são as regiões Norte e Noroeste e alguns municípios do Centro-Norte. Áureo ressalta que locais degradados pela lavoura cafeeira, com chances reduzidas de recuperação para o cultivo de alimentos, estão na mira do programa.
Preservação
Segundo Áureo, municípios de economia frágil, que não conseguiram encontrar novas alternativas de desenvolvimento depois do ciclo do café, acabaram subtilizando seus solos para a pecuária extensiva. "O cultivo de florestas tem o dobro da rentabilidade da pecuária, sem contar que a cobertura vegetal manteria o solo em condições de preservação mais favoráveis", ressalta. De acordo com o IBGE, as regiões Norte e Noroeste do Rio dispõem de 400 mil hectares de solos com baixa utilização por pastagens.
O secretário enfatiza que o objetivo do programa é complementar a cultura de alimentos com a plantação de florestas para criar um "círculo virtuoso" no segmento agrícola e tornar a atividade auto-sustentável. "Não planejamos ter grandes extensões de terras ocupadas por florestas. O objetivo é estimular os produtores a dispor de, no máximo, um terço de sua propriedade para a plantação de árvores", explica Áureo. Ele lembra que o cultivo de alimentos, especialmente o de frutas, é prioritário no plano de desenvolvimento do estado, onde existem cerca de 40 mil pequenas propriedades rurais.
"A fruticultura poderá se tornar a locomotiva desta nova atividade", diz Áureo. Segundo ele, até 2006 o Rio deverá alcançar 10 mil hectares de plantação de frutas, dos quais cerca de 40% serão ocupados por plantações de maracujá. As estacas utilizadas nessa lavoura, ele completa, que atualmente são adquiridas de produtores do Espírito Santo, poderiam ser retiradas de propriedades locais. "Se não oferecermos alternativas aos produtores rurais para obter a madeira necessária às plantações, qualquer ação para preservar nossas florestas nativas será inócua", avalia o secretário.
O coordenador do Grupo de Fruticultura da Firjan, Antônio Salazar, acrescenta que a indústria de base florestal no Rio deverá seguir os mesmos moldes de desenvolvimento da fruticultura. "Estamos em busca de uma empresa-âncora que financie parte do investimento e assuma o compromisso prévio de adquirir a produção", explica Salazar. Ele adianta que uma das empresas interessadas na futura produção fluminense é a Aracruz Celulose, devido à proximidade do estado de sua fábrica, localizada no Estado do Espírito Santo.
Salazar lembra que a indústria de base florestal fluminense poderá atender ainda o segmento moveleiro do estado, que está decadente principalmente por falta de oferta de matéria-prima, e o setor siderúrgico. "A região Sul do estado é outra área de alto potencial para investimento nessa atividade, com a presença de siderúrgicas que utilizam o carvão vegetal para queima", acrescenta Salazar.
Dados da Sociedade Brasileira de Silvicultura apontam déficit do país entre os volumes consumido e plantado de árvores. Em 2001, foram 550 mil hectares utilizados para 250 mil hectares cultivados. "Se não revertermos essa situação, chegaremos a um apagão florestal. Ou seremos obrigados a importar madeira ou aumentará devastação das matas nativas", diz Salazar.
Vania Santos
Fonte:Gazeta do Brasil12
13/ago/03
As áreas prioritárias para o cultivo florestal, segundo informa o secretário de Agricultura do Rio de Janeiro, Christino Áureo, são as regiões Norte e Noroeste e alguns municípios do Centro-Norte. Áureo ressalta que locais degradados pela lavoura cafeeira, com chances reduzidas de recuperação para o cultivo de alimentos, estão na mira do programa.
Preservação
Segundo Áureo, municípios de economia frágil, que não conseguiram encontrar novas alternativas de desenvolvimento depois do ciclo do café, acabaram subtilizando seus solos para a pecuária extensiva. "O cultivo de florestas tem o dobro da rentabilidade da pecuária, sem contar que a cobertura vegetal manteria o solo em condições de preservação mais favoráveis", ressalta. De acordo com o IBGE, as regiões Norte e Noroeste do Rio dispõem de 400 mil hectares de solos com baixa utilização por pastagens.
O secretário enfatiza que o objetivo do programa é complementar a cultura de alimentos com a plantação de florestas para criar um "círculo virtuoso" no segmento agrícola e tornar a atividade auto-sustentável. "Não planejamos ter grandes extensões de terras ocupadas por florestas. O objetivo é estimular os produtores a dispor de, no máximo, um terço de sua propriedade para a plantação de árvores", explica Áureo. Ele lembra que o cultivo de alimentos, especialmente o de frutas, é prioritário no plano de desenvolvimento do estado, onde existem cerca de 40 mil pequenas propriedades rurais.
"A fruticultura poderá se tornar a locomotiva desta nova atividade", diz Áureo. Segundo ele, até 2006 o Rio deverá alcançar 10 mil hectares de plantação de frutas, dos quais cerca de 40% serão ocupados por plantações de maracujá. As estacas utilizadas nessa lavoura, ele completa, que atualmente são adquiridas de produtores do Espírito Santo, poderiam ser retiradas de propriedades locais. "Se não oferecermos alternativas aos produtores rurais para obter a madeira necessária às plantações, qualquer ação para preservar nossas florestas nativas será inócua", avalia o secretário.
O coordenador do Grupo de Fruticultura da Firjan, Antônio Salazar, acrescenta que a indústria de base florestal no Rio deverá seguir os mesmos moldes de desenvolvimento da fruticultura. "Estamos em busca de uma empresa-âncora que financie parte do investimento e assuma o compromisso prévio de adquirir a produção", explica Salazar. Ele adianta que uma das empresas interessadas na futura produção fluminense é a Aracruz Celulose, devido à proximidade do estado de sua fábrica, localizada no Estado do Espírito Santo.
Salazar lembra que a indústria de base florestal fluminense poderá atender ainda o segmento moveleiro do estado, que está decadente principalmente por falta de oferta de matéria-prima, e o setor siderúrgico. "A região Sul do estado é outra área de alto potencial para investimento nessa atividade, com a presença de siderúrgicas que utilizam o carvão vegetal para queima", acrescenta Salazar.
Dados da Sociedade Brasileira de Silvicultura apontam déficit do país entre os volumes consumido e plantado de árvores. Em 2001, foram 550 mil hectares utilizados para 250 mil hectares cultivados. "Se não revertermos essa situação, chegaremos a um apagão florestal. Ou seremos obrigados a importar madeira ou aumentará devastação das matas nativas", diz Salazar.
Vania Santos
Fonte:Gazeta do Brasil12
13/ago/03
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