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A Iagro (Agência Estadual de Defesa Sanitária Animal e Vegetal) tem realizado nas últimas semanas ações de capacitações e parcerias para fortalecimento da defesa sanitária florestal no Mato Grosso do Sul.
Parte dessas ações foram realizadas em visitas a áreas produção de mudas e plantios de eucaliptos, bem como estruturas de laboratórios para produção de inimigos naturais, visando o controle de pragas de eucaliptos das empresas Suzano S.A. e Eldorado Brasil, nos municípios de Três Lagoas e Ribas do Rio Pardo.
Atualmente, a principal preocupação fitossanitária dos produtores de celulose no Estado tem sido a praga psilídeo de concha (Glycaspis brimblecombei), um inseto parasita de origem australiana que se alimenta de seiva de várias espécies do gênero Eucalyptus.
Os danos provocados por esta praga, nas florestas de eucalipto, são a redução no tamanho e deformação das folhas, bem como a presença de fumagina que prejudica o processo de fotossíntese das árvores. Em plantas infestadas, ocorre o secamento de ponteiros e desfolha, podendo ocorrer desfolha de 100 %, sem possibilidade de recuperação.
Para controle da praga, os produtores de florestas plantadas implementam o Manejo Integrado de Pragas (MIP), baseado no monitoramento da praga e suas interações com o ambiente e outros organismos, bem como utilização de parasitóides para controle do inseto/praga. E, nas situações de altas infestações, aplicação de inseticidas visando o controle do psilídeo mitigando os danos causados pela praga.
Para o ano de 2023, no âmbito do Contrato de Gestão estabelecido entre a Iagro e a Semadesc, com a participação do Governador Eduardo Riedel, foi acordada a priorização da vigilância florestal embasada na análise de risco.
Essa estratégia alinha-se diretamente com os interesses do setor florestal, visto que constitui uma iniciativa governamental que reforça a integridade do sistema de defesa sanitária florestal, fomenta o desenvolvimento do Sistema Produtivo Integrado e a prática da integração lavoura-pecuária-floresta (ILPF).
Adicionalmente, essa abordagem tem como propósito servir como um complemento eficaz para a prevenção, controle e exclusão de pragas de relevância econômica, tanto as já presentes quanto as que possam surgir no estado do Mato Grosso do Sul.
Fonte: Forest News