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Segundo os líderes das principais fabricantes na região, a competitividade em celulose advém da árvore e dos investimentos em fábricas e logística
De acordo com uma avaliação de líderes dos principais grupos produtores de celulose na América do Sul, a competitividade no setor não se deve apenas à madeira, mas aos investimentos realizados nas fábricas e na logística das mesmas.
Durante participação na 18ª conferência latino-americana da Fastmarkets Forest Products, alguns executivos foram unânimes em relação aos impactos causados pela variação dos preços da celulose em toda sua cadeia de valor.
Segundo Walter Schalka, presidente da Suzano, a competitividade na América do Sul teve início com a árvore e os produtores, então, passaram a usar esse fluxo de caixa para investir na operação industrial e em logística.
“A América do Sul criou um patamar de competitividade que é muito difícil de ser replicado, mas o custo não tem correlação direta com o preço”, afirmou o executivo.
Para Francisco Ruiz-Tagle, diretor-geral da CMPC, a competitividade na região é “imbatível” devido aos custos mais baixos com madeira e da busca de excelência operacional. “Na CMPC, além disso, sustentabilidade é um pilar estratégicos”, comentou Tagle. O executivo ainda acrescentou que o projeto BioCMPC – que vai elevar a capacidade de produção da fábrica de Guaíba, no Rio Grande do Sul em 350 mil toneladas por ano –, está focado em melhorias nessa frente e entrará em operação em 1º de novembro.
De acordo com a avaliação de Rodrigo Libaber, diretor comercial e de logística da Eldorado, o fato de a indústria de celulose ser intensiva em capital também exige que ela seja competitiva para que tenha condições de continuar realizando investimentos.
“É impressionante ver os avanços feitos nas florestas nos últimos anos. A tecnologia empregada na base florestal, com uma série de inovações, nos coloca à frente de outros setores”, afirmou Libaber.
Os executivos ainda destacaram que a variação de preços da celulose também afeta as papeleiras, já que o preço do papel acompanha o da matéria-prima, seja no período de alta ou baixa.
Fonte: Valor Econômico/Portal Celulose