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Notícias

19
jul
2023
(DESMATAMENTO)
Pará sai do topo do ranking dos estados que mais desmatam a Amazônia

Estado tem primeiro semestre histórico de redução do desmatamento

As ações do Governo do Pará, por meio da Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Sustentabilidade (Semas), garantiram ao estado um primeiro semestre histórico na redução do desmatamento. Segundo dados do sistema Deter, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), divulgados pelo Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima nesta quinta-feira (6), o Estado do Pará teve queda de 32,6% no tamanho da área recoberta por alertas de desmatamento no primeiro semestre de 2023, em comparação ao mesmo período do ano passado.

No total, o estado saiu de 1.105 km² de áreas degradadas para 744 km², caindo para a 2ª posição no ranking, liderado pelo estado do Mato Grosso (MT).

“Graças às nossas ações de comando e controle, garantimos a redução de alertas de desmatamento, resultado de um trabalho construído com base em estratégia e ações contundentes, como a Força Estadual de Combate ao Desmatamento e as operações Curupira, que instalou três bases fixas instaladas em locais identificados onde há um maior índice de desmatamento, e a Amazônia Viva. Trata-se de um avanço histórico, que reafirma a nossa parceria e compromisso em manter a floresta em pé”, destaca o governador do Estado, Helder Barbalho.

Segundo os dados do Inpe, no mês de junho de 2023, os alertas de redução do desmatamento na Amazônia chegaram a 41%, em comparação com o mesmo mês de 2022. No Cerrado, houve redução de 15% da área sob alertas em junho e aumento de 21% no semestre.

Fiscalização

Este ano, com o intuito de retirar o Pará do ranking dos estados que contribuem com a degradação ambiental na região amazônica, o governo estadual instituiu a operação Curupira, instalando três bases fixas, implantadas em São Félix, Uruará e Novo Progresso. A operação marcou um movimento mais intenso do Executivo Estadual em direção à região sudoeste do estado, mantendo diversas frentes de trabalho para fazer o combate aos garimpos ilegais, à extração de madeira irregular, além dos desmatamentos. A ação baseia-se no Decreto N° 2.887 que estabelece estado de emergência ambiental em 15 municípios paraenses.

Entre as principais ações de repressão aos crimes ambientais realizadas no âmbito da operação estão a desativação de acampamentos, o embargo de áreas desmatadas ilegalmente, a apreensão de madeira explorada ilegalmente e a desativação de garimpos ilegais - ações fundamentais para conter o avanço do desmatamento nas áreas críticas do estado.

Amazônia Agora

Além das operações de Comando e Controle, instituídas pelo Plano Estadual Amazônia Agora (PEAA) para reprimir o desmatamento ilegal, o estado aposta no desenvolvimento e consolidação de uma mudança na matriz econômica com adoção de modelos de desenvolvimento sustentável baseado em baixas emissões de Gases de Efeito Estufa (GEE) e na implementação da Bioeconomia, para reduzir a degradação ambiental e fazer o Pará se tornar um estado carbono neutro a partir de 2036. O governo atua para implantar desenvolvimento socioambiental para tornar a floresta viva e em pé uma nova commodity global, em busca de alternativas para que as pessoas que vivem na floresta possam produzir sem desmatar.

Titular da Semas, Mauro O’de Almeida destaca que os números divulgados pelo Inpe são resultado das ações que vêm sendo implementadas e intensificadas pelo governo.

"Combater o desmatamento na Amazônia é uma tarefa muito dinâmica e que exige do poder público constantes alterações em nosso planejamento estratégico voltado para este tema. Desde o início da nossa gestão, não temos medido esforços no sentido de implementar operações de fiscalização e aperfeiçoamento do monitoramento, com o objetivo de diminuir as taxas anuais de desmatamento, movimento que já apresenta resultados, como esse anúncio do Inpe”, enfatiza.

A taxa anual de desmatamento é medida sempre de agosto a julho por outro sistema do Inpe, o Prodes, e deverá ser divulgada em novembro. Falta, portanto, um mês para o fechamento do ciclo. O objetivo do sistema Deter, que aponta tendências, é detectar o desmate enquanto ele ocorre para orientar a fiscalização e coibir os ilícitos.

Paloma Lobato

 

Fonte: O Liberal

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