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Notícias

22
nov
2005
(GERAL)
Dinheiro para proteger Amazônia não chega, dizem fiscais
Recursos estão no fim e R$ 8 milhões estão bloqueados. Secretário garante que não faltará verba

Às vésperas de o governo anunciar com pompa uma estimativa que aponta a redução do desmatamento na Amazônia, equipes de fiscalização ambiental da região contam os últimos recursos para executar suas atividades.

O governo liberou no início do ano R$ 28 milhões para atividades de fiscalização, mas em muitos escritórios, este dinheiro já chegou ao fim na semana passada. No orçamento, estão ainda reservados outros R$ 8 milhões, ainda contingenciados.

O secretário de biodiversidade e florestas do Ministério do Meio Ambiente, João Paulo Capobianco, admite que recursos devem estar próximos do fim. Mas afirma que o Ministério do Meio Ambiente está empenhado em liberar o mais rapidamente possível os recursos atualmente bloqueados.

Capobianco afirma que a ministra Marina Silva esteve reunida semana passada com integrantes da equipe econômica para liberar a verba.

Para o engenheiro florestal da Campanha do Amazonas do Greenpeace, Marcelo Marquesini, não há muito o que esperar. Ele observa que atualmente 12 operações de fiscalização de extração irregular de madeira e queimadas estão em curso na região e os fiscais podem ter de voltar para casa se os recursos não chegarem até o fim do mês.

O escritório de Santarém (PA), por exemplo, é responsável pela fiscalização de 56% do Estado (o que corresponde a uma área equivalente aos Estados de Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná e parte de São Paulo). Capobianco, no entanto, garante que nunca os recursos para fiscalização foram tantos. “Agora eles reclamam que o dinheiro temporariamente acabou. Mas no passado, o dinheiro não chegava”, justificou.

Segundo ele, a verba também foi suficiente para que equipes pudessem atuar no período mais crítico, que foi o de julho e agosto. “Agora as coisas já começam a ficar mais tranqüilas”, afirmou. “Mesmo assim, não há nenhuma perspectiva de esse dinheiro ficar eternamente bloqueado.”

Fonte:Agência Estado.

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Neuvoo Jooble