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Notícias

20
jun
2023
(GERAL)
Indústrias de celulose buscam alternativas sustentáveis para redução de resíduos em aterros

Empresas como Suzano e Eldorado Brasil têm transformado seus resíduos de eucalipto em corretivos, substratos e fertilizantes para o solo, bem como em energia limpa e renovável

Em alusão ao Dia Mundial do Meio Ambiente, celebrado em 5 de junho, ano longo deste mês diversas ações e palestras sobre o tema ambiental estão sendo realizadas em todo o mundo. No município de Três Lagoas, no Mato Grosso do Sul, foi realizado plantio de árvores e a inauguração de um muro para conscientização ambiental, instruindo para lixeiras instaladas para o descarte correto de materiais recicláveis. O projeto é resultado de uma parceria entre a Suzano, a cooperativa Arara Azul e a Missão Salesiana.

As indústrias de celulose instaladas na região, têm buscado alternativas sustentáveis para reduzir o volume de resíduos que vão para aterros sanitários, visando aumentar a eficiência de suas fábricas. As atividades com foco em sustentabilidade e ações ESG são uma tendência irreversível e tornou-se essencial para a humanidade.

A Suzano, referência global na fabricação de bioprodutos desenvolvidos a partir do cultivo de eucalipto, que tem duas plantas industriais em Três Lagoas e está construindo a terceira fábrica em Ribas do Rio Pardo (MS), triplicou sua capacidade de reaproveitamento de resíduos inorgânicos e orgânicos da indústria para a produção de corretivos de solo, substratos e fertilizantes que são aplicados nas florestas da companhia em Mato Grosso do Sul. Isso foi possível com a ampliação e modernização da Central de Tratamento de Resíduos Sólidos da unidade objetivando a redução do volume de rejeitos destinados ao seu aterro.

CENTRAL DE TRATAMENTO DE RESÍDUOS

A Central de Tratamento de Resíduos iniciou com a produção de insumos que atuam como corretivos de solo, semelhantes ao calcário. Em 2021, a Central foi ampliada, incluindo também a planta de Fertilizantes Orgânicos.

Entre 2021 e 2022 foram produzidas mais de 109,3 mil toneladas de insumos agrícolas, corretivos para o solo e fertilizantes, gerados a partir de resíduos florestais e industriais na unidade da companhia em Três Lagoas.

 

O fertilizante produzido é resultado do processamento de lodos biológicos de Estação de Tratamento de Efluentes e de cascas de eucalipto que seriam descartadas. Já na produção de corretivos de solo, são utilizados resíduos industriais inorgânicos – subprodutos gerados no processamento da celulose – lama de cal e cinzas de biomassa. A produção de corretivos de solo que atuam como substitutos do calcário é totalmente destinada para as florestas da Suzano, representando cerca de 58% do consumo total de insumos utilizados pelo setor florestal.

Já a produção de fertilizantes orgânicos é disponibilizada ao mercado agrícola de Mato Grosso do Sul e do estado de São Paulo, atendendo instituições apoiadas pela companhia por meio de projetos de desenvolvimento social, que buscam o fortalecimento da agricultura familiar em Mato Grosso do Sul.

“A central de tratamento de resíduos da Unidade Três Lagoas veio para aumentar a competitividade da nossa unidade e tornar o nosso ciclo operacional ainda mais sustentável. O que antes era descarte, se transforma em insumos agrícolas, retornando para as nossas florestas e para o mercado agrícola”, destaca Eduardo Ferraz, gerente Executivo Industrial da Suzano em Três Lagoas.

ENERGIA LIMPA

A Eldorado Brasil, outra gigante da celulose instalada no município de Três Lagoas também é autossuficiente em energia limpa e renovável, gerada a partir da biomassa de materiais não aproveitados no processo produtivo como a lignina e resíduos de madeira.

Essa biomassa é processada em uma caldeira especial, que produz vapor e movimenta duas turbinas responsáveis pela geração da energia. Com essa dinâmica é garantida uma energia verde, de base renovável, para as operações da fábrica e para as indústrias parceiras instaladas no complexo industrial da companhia. O excedente é inserido no Sistema Elétrico Nacional do Brasil, para comercialização.

RCN 67

 

Fonte: Portal Celulose

Neuvoo Jooble