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Notícias

18
jun
2023
(GERAL)
Florestas Plantadas: agora é hora de se cuidar da mão-de-obra!

A silvicultura brasileira passa por momento desafiador! Além da produtividade das florestas plantadas, que há anos dá pique no lugar, surgem sérias dificuldades com mão-de-obra para serviços operacionais e de apoio. Há escassez em quantidade e qualidade!

Quanto à produtividade, destacam-se iniciativas daqui e dali, mas sempre voltadas às necessidades e conforme a competência de cada empresa. Nada que mude a cartilha geral. E não causa qualquer surpresa, quando se menciona que nos anos 80/ 90, já se falava em produtividade de 40 metros cúbicos por ha/ano, e que nos dias atuais, a produtividade média não chega aos valores lá de trás!

Essas informações, com certeza, devem causar sérias preocupações aos consumidores dessa valiosa matéria –prima. Com demanda crescendo continuamente e com estoques de madeira sujeitos às vulnerabilidades diversas, não há como não se preocupar! E há de se colocar, ainda nesse balanço, os problemas de pragas e doenças que se agravam, as áreas de florestas que estão sendo substituídas por agricultura, o manejo inadequado das brotações, o desinteresse dos fomentados, dentre outras adversidades do dia-a-dia!

Nada disso é novidade, e nem causaria qualquer preocupação, se não estivesse surgindo no setor uma nova encrenca – a escassez de mão-de-obra! Ter um estoque de madeira condizente com suas necessidades já não é tão simples, como há anos atrás. E também não existem mais os estoques marginais com madeira “a preço de banana” para socorros emergenciais. Defasagens nos estoques florestais podem causar prejuízos incalculáveis!

Há de se considerar, no entanto, que a escassez de mão-de-obra rural é problema generalizado em várias regiões, e só nos últimos anos tem atingido também a silvicultura. Afeta, principalmente, as regiões dos grandes empreendimentos florestais. Falta gente em quantidade e treinada para atender a toda cadeia de serviços na formação e manejo das florestas. E, consequentemente, surgem problemas com a quantidade, qualidade e prazos para execução dos serviços. São encrencas que podem impactar até a produtividade das florestas!

Há quem aposte em mudanças nas posturas empresariais para solução de tais dificuldades. E nesse sentido, parecem imprescindíveis medidas como elevar e valorizar a profissionalização de terceiros; o estímulo e apoio à mecanização das atividades operacionais; implementação de cursos para preparação e treinamentos especializados; criação de mecanismos para valorizar a qualidade dos serviços prestados e a fidelização dos colaboradores, dentre inúmeras outras providências!

O interessante a se destacar é que essas novas posturas empresariais, além de evitar solução de continuidade dos programas florestais, devem promover avanços expressivos no lado social da atividade.

Ganha e ganha muito a silvicultura!

Nelson Barboza Leite  – Agrônomo – Silvicultor – nbleite@uol.com.br

Fonte: Comunidade de Silvicultura

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