Empresário Marcello Guimarães é referência no estado pela plantação de mogno africano para comercialização de madeira e orienta sobre legislação e projetos sustentáveis

“O estado de Roraima reunia as melhores condições do Brasil para o plantio do mogno africano. O Brasil tem hoje quase 30 mil hectares de mogno africano plantado, dessa área e cobertura toda, o melhor negócio é Roraima por causa da condição climática e da condição do solo”, ressaltou o empresário Marcelo Guimarães neste domingo (21), durante conversa ao Agenda da Semana, na rádio Folha FM 100.3.

O empresário é referência no estado pela primeira plantação de mogno africano para comercialização de madeira, de modo sustentável. Com um pensamento futurista, Guimarães iniciou uma empresa em 2015 para que o mercado da produção de madeira pudesse plantar o que corta.

“Cada dia é mais difícil extrair madeira da floresta nativa porque a madeira de qualidade vai ficando cada vez mais longe. Se cada dia é mais difícil, se as leis, e o mundo, tem feito muita pressão para gente proteger a floresta nativa, se essa questão internacional vai pressionando a gente e se madeira é necessário, a prova disso é que tem 290 milhões de hectares plantados e vivendo disso há muitos anos, então o que seria mais inteligente: plantar a madeira que a gente vai cortar”, explicou.

Apesar da ideia sustentável, o especialista orienta que para o reflorestamento é importante cumprir as medidas legislativas de proteção à terra nativa, entre elas, o cumprimento da reposição florestal, a compensação ou o plantio de nova árvore. Além de impasses do Governo Federal sobre as empresas da área.

“Isso virou um problema para o governo. E aí a ideia qual é? Bom vamos parar a reposição florestal. Não pode plantar árvores e cria-se toda uma dificuldade para não ter reposição. Não é crime abrir área sem reposição. É crime abrir área sem compensação, sem reposição, sem plantio. Você não é necessariamente obrigado a fazer reposição. Você deveria ser obrigado a fazer compensação”, destaca Guimarães.

Apesar do bom negócio, segundo o empresário, não há grandes empreendedores na área de reflorestamento com mogno africano.

Fonte: Folhabv.com.br