Voltar
Notícias
22
nov
2005
(GERAL)
Falta de verbas compromete combate a queimadas e desmatamentos
O esgotamento dos recursos disponíveis no Ibama para fiscalização ambiental pode levar a novo aumento do desmatamento e da atividade madeireira ilegal na Amazônia. Os R$ 28 milhões destinados este ano à fiscalização se esgotaram na semana passada. Outros R$ 8 milhões permanecem contingenciados e não podem ser gastos. No momento, 12 operações de fiscalização estão em curso na região e deverão ter sua continuidade comprometida. Novas operações não poderão ser realizadas.
A notícia chega exatamente no momento em que a exploração madeireira se intensifica e as queimadas na Amazônia aumentam em escala nesta época do ano. Ontem, o site do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Ambientais) apontava “alta concentração de queimas no norte de Rondônia, divisa dos estados do Acre e Amazonas, e noroeste de Mato Grosso”. Segundo o Instituto, “o risco de fogo previsto é critico para toda a região Centro-Oeste e boa parte do Nordeste, Acre, Rondônia e Sul do Pará e Amazonas. Em várias regiões não chove há 40 dias, a temperatura máxima chega aos 34 graus e a umidade relativa mínima está abaixo dos 30%.”
A desobediência à legislação que proíbe as queimadas e a falta de recursos para o Ibama estão entre os fatos documentados pela expedição “BR-163 - Amazônia: Salvar ou Destruir?”, do Greenpeace. Os integrantes da expedição apresentaram hoje nove fotografias que demonstram a histórica ausência de governo na região da estrada, que liga Santarém a Cuiabá. A exposição foi colocada em uma praça no centro de Cuiabá, encerrando as atividades da expedição.
“A falta de recursos para o Ibama fiscalizar é um dos componentes da ausência de governo na região amazônica, que pudemos constatar em nossa expedição pela área de influência da BR-163”, afirma Nilo D’Avila, coordenador da expedição.
Os ativistas do Greenpeace partiram de Santarém no dia 27 de julho. Durante 23 dias, presenciaram a exploração madeireira sem controle, invasão de unidades de conservação, desmatamento ilegal, queimadas e destruição de castanhais nativos. “Infelizmente, o esgotamento dos recursos no meio do ano demonstra a falta de prioridade do governo Lula para a questão ambiental. Se o governo não se fizer presente imediatamente, corremos o risco de perder toda a floresta que ainda resta nessa região”, afirmou D'Avila.
Durante a expedição, o Greenpeace pode constatar também uma queda na atividade madeireira, reflexo de medidas adotadas pelo Ibama e da Operação Curupira. “O fluxo de madeira ilegal caiu”, disse d'Ávila. “Isso demonstra que, quando age, o governo pode fazer diferença.”
O asfaltamento total da rodovia BR-163 é uma das obras prioritárias do governo Lula. Com 1.764 quilômetros de extensão, dos quais cerca de 900 quilômetros não pavimentados, a rodovia liga Cuiabá, capital do Mato Grosso, à cidade portuária de Santarém, no Pará.
Em 2002, a parte asfaltada da estrada no Mato Grosso tinha perdido 57% da cobertura florestal na faixa de 50 km de cada lado da estrada. No trecho paraense, não asfaltado, o desmatamento não passava de 9%. O Greenpeace acredita que, antes do asfalto, precisa chegar o governo. O Estado brasileiro deve se fazer presente de forma permanente na Amazônia, através do fortalecimento das instituições como Ibama, Incra e Polícia Federal; da criação e implementação efetiva das áreas protegidas; e da adoção de medidas estruturantes, tais como o apoio à produção familiar e o estímulo a atividades florestais realmente sustentáveis que resultem em um modelo de desenvolvimento que combine proteção ambiental e justiça social para os milhões de brasileiros que vivem na Amazônia.
Redação 24 Horas News
A notícia chega exatamente no momento em que a exploração madeireira se intensifica e as queimadas na Amazônia aumentam em escala nesta época do ano. Ontem, o site do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Ambientais) apontava “alta concentração de queimas no norte de Rondônia, divisa dos estados do Acre e Amazonas, e noroeste de Mato Grosso”. Segundo o Instituto, “o risco de fogo previsto é critico para toda a região Centro-Oeste e boa parte do Nordeste, Acre, Rondônia e Sul do Pará e Amazonas. Em várias regiões não chove há 40 dias, a temperatura máxima chega aos 34 graus e a umidade relativa mínima está abaixo dos 30%.”
A desobediência à legislação que proíbe as queimadas e a falta de recursos para o Ibama estão entre os fatos documentados pela expedição “BR-163 - Amazônia: Salvar ou Destruir?”, do Greenpeace. Os integrantes da expedição apresentaram hoje nove fotografias que demonstram a histórica ausência de governo na região da estrada, que liga Santarém a Cuiabá. A exposição foi colocada em uma praça no centro de Cuiabá, encerrando as atividades da expedição.
“A falta de recursos para o Ibama fiscalizar é um dos componentes da ausência de governo na região amazônica, que pudemos constatar em nossa expedição pela área de influência da BR-163”, afirma Nilo D’Avila, coordenador da expedição.
Os ativistas do Greenpeace partiram de Santarém no dia 27 de julho. Durante 23 dias, presenciaram a exploração madeireira sem controle, invasão de unidades de conservação, desmatamento ilegal, queimadas e destruição de castanhais nativos. “Infelizmente, o esgotamento dos recursos no meio do ano demonstra a falta de prioridade do governo Lula para a questão ambiental. Se o governo não se fizer presente imediatamente, corremos o risco de perder toda a floresta que ainda resta nessa região”, afirmou D'Avila.
Durante a expedição, o Greenpeace pode constatar também uma queda na atividade madeireira, reflexo de medidas adotadas pelo Ibama e da Operação Curupira. “O fluxo de madeira ilegal caiu”, disse d'Ávila. “Isso demonstra que, quando age, o governo pode fazer diferença.”
O asfaltamento total da rodovia BR-163 é uma das obras prioritárias do governo Lula. Com 1.764 quilômetros de extensão, dos quais cerca de 900 quilômetros não pavimentados, a rodovia liga Cuiabá, capital do Mato Grosso, à cidade portuária de Santarém, no Pará.
Em 2002, a parte asfaltada da estrada no Mato Grosso tinha perdido 57% da cobertura florestal na faixa de 50 km de cada lado da estrada. No trecho paraense, não asfaltado, o desmatamento não passava de 9%. O Greenpeace acredita que, antes do asfalto, precisa chegar o governo. O Estado brasileiro deve se fazer presente de forma permanente na Amazônia, através do fortalecimento das instituições como Ibama, Incra e Polícia Federal; da criação e implementação efetiva das áreas protegidas; e da adoção de medidas estruturantes, tais como o apoio à produção familiar e o estímulo a atividades florestais realmente sustentáveis que resultem em um modelo de desenvolvimento que combine proteção ambiental e justiça social para os milhões de brasileiros que vivem na Amazônia.
Redação 24 Horas News
Fonte:
Notícias em destaque
Conglomerado de produtos de madeira é nomeado a empresa florestal mais sustentável do mundo
A CMPC é uma empresa global que produz e comercializa produtos florestais, celulose, papel e produtos de tissue de plantações...
(MADEIRA E PRODUTOS)
LIGNA 2025: Feira de marcenaria a caminho de ser maior e melhor
Mais de 80.000 pessoas em todo o mundo compareceram à LIGNA 2023. A feira de 2025 está a caminho de ser ainda maior, com mais...
(EVENTOS)
Construções de Madeira que Você Precisa Conhecer: Inovação e Sustentabilidade
A madeira está conquistando cada vez mais espaço nas construções modernas. Seja pela beleza, durabilidade ou...
(GERAL)
Cidade do interior de Minas se destaca pela produção de móveis de madeira; conheça
Por conta disso, a cidade é sempre visitada por entusiastas da reforma
Já imaginou encontrar um paraíso dos móveis...
(MÓVEIS)
Florestas restauradas elevam produtividade em até 10 sacas de soja por hectare
Pesquisa revela contribuição da recuperação de florestas para agricultura e alerta para limites no ciclo da...
(REFLORESTAMENTO)
Eldorado Brasil Celulose Implementa Telemetria na Silvicultura para Otimizar Operações
Iniciativa visa aumentar a eficiência, segurança e sustentabilidade das atividades florestais com a digitalização de...
(TECNOLOGIA)