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22
nov
2005
(GERAL)
Potencial florestal do Piauí chega a R$ 4 bi
Estado espera atrair investimentos nacionais e estrangeiros nos próximos dez anos. O Piauí espera atrair investimentos nacionais e estrangeiros da ordem de R$ 4 bilhões na área florestal nos próximos 10 anos, o que vai permitir um aumento do seu PIB em 50%. Com o foco no potencial brasileiro para o setor, a Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf) elaborou, a pedido do governo estadual, o Programa de Desenvolvimento Florestal do Vale do Parnaíba.

O programa, que conta parcerias dos ministérios da Integração Nacional e do Meio Ambiente, visa incentivar o manejo de florestas naturais, o plantio de florestas (eucalipto), implantação de unidades de conservação e capacidade de transformação em bens e serviços. De acordo com estudos da Fundação de Pesquisas Florestais do Paraná (Fupef), contratada pela Codevasf para análise da viabilidade técnica e econômica do plantio de florestas, o Piauí dispõe de uma área potencial para o programa estimada em 3 milhões de hectares, nos municípios de Teresina e Uruçuí. São terras disponíveis a baixo custo e com fatores edafoclimáticos favoráveis (clima, solo, relevo) que tornam a região competitiva.

Estima-se ainda um custo de produção de madeira inferior em até 30% ao de regiões produtoras tradicionais do País. Entre as estratégias do programa para atrair os investidores, além da divulgação do potencial piauiense, estão o apoio técnico e incentivos fiscais específicos para o setor florestal, o que vai ser definido nos próximos seis meses. "O Piauí já possui uma das melhores legislações de incentivos fiscais do País para plantas industriais. Vamos melhorá-la com o foco na área florestal", adianta o coordenador do programa e assessor da Presidência da Codevasf, Adriano Lopes Pereira de Melo.

Sem adiantar nomes, o coordenador afirma que já existem empresas interessadas em investir. Enquanto outros estados da federação trabalham com financiamentos para pagamento de ICMS, o Piauí dispensa o tributo para indústrias e agroindústria. A dispensa varia de 60% a 100%, de acordo com a localização e tipo de atividade. A isenção de ICMS é por um período de 10 a 15 anos. "Entendemos que abrindo mão do ICMS, outros benefícios virão, como por exemplo, a geração de emprego e renda, que o principal objetivo da nossa legislação de incentivos fiscais", explica o diretor da Unidade de Indústria da Superintendência de Desenvolvimento Econômico do Piauí, Dinarte Cavalcante Porto.

O setor florestal brasileiro deve mobilizar em investimentos nos próximos anos cerca de US$ 14 bilhões para todo o país. Já existem projetos do tipo no Rio Grande do Sul e em Mato Grosso. "Nós queremos que uma parte destes investimentos siga para o Piauí, que tem um grande potencial para projetos na área florestal", diz Adriano de Melo. Atualmente, o programa está na fase de divulgação e incorporação do componente manejo de florestas nativas.

A inclusão do manejo florestal, planejamento feito em parceria com o Ministério do Meio Ambiente, surgiu em virtude da identificação do grande potencial gerador de emprego e renda deste tipo de atividade. Como parte das estratégias de divulgação, no próximo dia 25 de agosto (quinta-feira), o programa vai ser apresentado a empresários em São Paulo, O evento, marcado para às 10h, na Fiesp, no 15º andar, no Sala Executiva - Cerqueira César, vai contar com as presenças do ministro da Integração Nacional, Ciro Gomes, do Presidente da Codevasf, Luiz Carlos Everton de Farias, e do governador do Piauí, Wellington Dias.

Até o início de setembro vai ser instalada no escritório da Codevasf no Piauí uma unidade de gerenciamento do programa. A unidade visa apoiar os potenciais investidores por meio de orientação, visitas técnicas às áreas disponíveis e divulgação.

Fonte: Franci Monteles (Gazeta Mercantil)

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