Notícias
O setor de florestas plantadas, que sustenta um mundo de grandes indústrias e com milhões de hectares de florestas, tem uma ligação muito estreita com a terceirização. Estimam-se milhares de empresas prestadoras dos mais diversos serviços e milhões de empregos ligados a esse exército de colaboradores!
O processo de terceirização vem crescendo há anos! De exceção para serviços especializados se transformou na regra geral de empregabilidade do setor de florestas plantadas. Em tudo que se faz, dos serviços operacionais aos serviços administrativos e apoio, até aos institucionais, prevalece a presença do terceiro. E há de tudo! Ótimas empresas e serviços de qualidade, às empresas oportunistas e de péssima qualidade. E nessa ampla faixa de oferta encontra-se de tudo e para todos os gostos! Exatamente isso, para todos os gostos, pois a mesma variação serve também aos que contratam. Aqui, vale muito a história dos bichos da mesma cor – boi branco com boi branco. E nesse misto diverso, fica uma palavra de ordem a ser valorizada – profissionalização! E sempre dos dois lados. Um terceiro com gente mal preparada e sem comprometimento com a qualidade, segurança e prazos para entrega de seus serviços, é triste e desgastante. Mas do lado de quem contrata, que exige, que fiscaliza e paga é imprescindível que também haja profissionalização, e em nível elevado de preferência! Sempre a falta de profissionalização de qualquer dos lados só traz atrapalhadas, culpas e culpados.
Contratante, só com disposição para fiscalizar e exigir e sem experiência adequada, é tão prejudicial às florestas, quanto o terceiro sem preparo. Uma pena, pois quase sempre prevalece a versão de quem assina o cheque. Profissionais bem preparados se complementam, entendem as responsabilidades das partes, são colaborativos e percebem os momentos oportunos para correções, opiniões e devidos ajustamentos. Ganha a qualidade e a produtividade das florestas.
O interessante, e que merece destaque, é a preocupação de algumas empresas no sentido de preparar, e com gente especializada, seus profissionais – e há até quem já se preocupe em estender o treinamento aos terceiros. Sinais de novos tempos, e de entendimento e preocupação com a qualidade das florestas. Não adianta só cobrar e penalizar. Da mesma forma, não adianta só cumprir contrato. Há de se cultivar a boa convivência, a estreita colaboração e, acima de tudo, o respeito entre as partes!
Assim ganha e ganha muito a silvicultura!
Nelson Barboza Leite - Agrônomo - Silvicultor - nbleite@uol.com.br
Fonte: Nelson Barboza Leite