Certamente você já ouviu que “dinheiro não dá em árvore”. Isso é verdade, mas que tal ouro? A Austrália é conhecida por sua natureza selvagem e diversificada, porém o que as pessoas não sabem é que o país também é o lar de uma fonte natural de ouro que cresce em árvores, literalmente. Ficou curioso? Continue lendo mais.

Árvores de eucalipto, ou melhor, de ouro

A maioria das pessoas sabe que a extração do ouro é através de minas subterrâneas, rios e oceanos, mas poucos conhecem a incrível realidade australiana do ouro que cresce em árvores. Essa importante descoberta chama a atenção de cientistas e investidores de todo o mundo.

Na Austrália, algumas espécies de eucalipto foram descobertas por absorver pequenas partículas de ouro de depósitos subterrâneos através de suas raízes. Eucaliptos possuem raízes longas. A espécie Eucalyptus marginata pode ter raízes que se estendem até 40 metros em busca de água.

O fenômeno foi observado pela primeira vez em 1854 pelo botânico alemão F. von Mueller, mas só recentemente está sendo estudado cientificamente. Um estudo realizado em 2013 detectou pequenas concentrações de ouro em árvores de eucalipto e fez até mesmo os pesquisadores acreditarem que se tratava de contaminação, mas logo viram que estavam errados.

Técnicas de mineração mais sustentáveis e menos invasivas

Em vez de escavar minas subterrâneas ou remover grandes quantidades de solo, os mineradores podem coletar as folhas e os galhos das árvores de eucalipto para extrair o ouro. É o que acreditam os pesquisadores da Commonwealth Scientific and Industrial Research Organization (CSIRO).

Embora ainda seja uma realidade distante, as “árvores de ouro” têm sido úteis para a indústria mineradora de outra forma. Em 2019, uma mineradora australiana encontrou ouro que estava 44 metros abaixo do solo através de análises das folhas de árvores de eucalipto.

O ouro que cresce em árvores é uma descoberta fascinante e emocionante que tem o potencial de revolucionar a mineração e a prospecção de metais preciosos em todo o mundo. Embora ainda exista muito a se descobrir e avaliar, a pesquisa continua e pode levar a uma nova era de mineração mais sustentável e responsável.

Fonte: Por Agência Texty