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Notícias
22
nov
2005
(GERAL)
Financiamento para máquinas cresce 92%, diz BNDES
Os financiamentos para a compra de máquinas e equipamentos destinados para fins industriais, o chamado "BK sem rodas", cresceram 91,7% no acumulado de janeiro a julho, segundo dados da Sinopse de Investimento do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social). Na avaliação do banco, o resultado mostra o compromisso do empresariado com o aumento da eficiência e com a modernização.
O financiamento de bens de capital no BNDES ocorre no âmbito do Finame, cujos desembolsos referem-se exclusivamente a máquinas e equipamentos. O crescimento de desembolsos para investimento, no entanto, não foi generalizado. Os empréstimos para agricultura tiveram queda de 39,4% nos primeiros sete meses do ano em relação a igual período de 2004. No mesmo período, os desembolsos para equipamentos de transporte cresceram 57,1%. No geral, o Finame registrou crescimento de 24%.
Segundo o BNDES, "ao refrear o investimento e as exportações, a política macroeconômica reduz (ao subtrair demanda efetiva) o crescimento da economia. Mas não tem impedido, até o presente pelo menos, a habilitação para o crescimento".
A criação de uma nova alternativa de financiamento a taxas pré-fixadas, o Modermaq, destinado aos bens de capital para a indústria e construção civil, também contribuiu para elevar os empréstimos para equipamentos industriais. Além disso, o dado foi influenciado também pelo aumento nos preços de máquinas e equipamentos.
Os dados mostram um fôlego superior aos divulgados pelo IBGE, que indicam crescimento de 5% na produção de bens de capital para fins industriais no semestre.
O banco esclarece que a disparidade pode ser justificada pelo objeto de estudo (no caso do IBGE, produção, e no do BNDES, vendas efetivadas no mercado doméstico), detalhamento distinto das informações e base de dados, fixa na produção industrial, e ajustada às vendas realizadas no Finame.
"Não obstante os aspectos negativos da conjuntura e a alta relativa dos preços dos bens de capital, numerosos agentes econômicos decidiram --em escala surpreendente-- trocar ou acrescentar máquinas e equipamentos em suas instalações produtivas", afirma a sinopse. Apesar disso, o banco destaca que o cenário de incertezas e o elevado custo de oportunidade de capital ainda inibem a ampliação e construção de novas plantas e o empresariado se limita a selecionar investimentos que trazem resposta imediata, como máquinas e equipamentos.
Desempenho do banco
O BNDES ainda não divulgou oficialmente o resultado de julho, mas a sinopse já revela que os desembolsos realizados pelo banco cresceram 16,7% no acumulado de janeiro a julho em relação a igual período do ano passado. Segundo o relatório, o destaque nos primeiros sete meses do ano foi o aumento de 87% nos desembolsos para o financiamento ao investimento na indústria de transformação. Os setores com maiores desembolsos foram: alimentos e bebidas, metalurgia básica, celulose e papel, veículos automotores, produtos químicos e máquinas e equipamentos.
Os enquadramentos, primeiro nível de análise das propostas que chegam ao banco, cresceram 44,9%, mas as consultas registraram aumento de apenas 7,2%, com a base de comparação mais forte do ano passado que incluía valores excepcionalmente elevados para os meses de janeiro e julho.
Fonte: Janaina Lage (Folha Online)
O financiamento de bens de capital no BNDES ocorre no âmbito do Finame, cujos desembolsos referem-se exclusivamente a máquinas e equipamentos. O crescimento de desembolsos para investimento, no entanto, não foi generalizado. Os empréstimos para agricultura tiveram queda de 39,4% nos primeiros sete meses do ano em relação a igual período de 2004. No mesmo período, os desembolsos para equipamentos de transporte cresceram 57,1%. No geral, o Finame registrou crescimento de 24%.
Segundo o BNDES, "ao refrear o investimento e as exportações, a política macroeconômica reduz (ao subtrair demanda efetiva) o crescimento da economia. Mas não tem impedido, até o presente pelo menos, a habilitação para o crescimento".
A criação de uma nova alternativa de financiamento a taxas pré-fixadas, o Modermaq, destinado aos bens de capital para a indústria e construção civil, também contribuiu para elevar os empréstimos para equipamentos industriais. Além disso, o dado foi influenciado também pelo aumento nos preços de máquinas e equipamentos.
Os dados mostram um fôlego superior aos divulgados pelo IBGE, que indicam crescimento de 5% na produção de bens de capital para fins industriais no semestre.
O banco esclarece que a disparidade pode ser justificada pelo objeto de estudo (no caso do IBGE, produção, e no do BNDES, vendas efetivadas no mercado doméstico), detalhamento distinto das informações e base de dados, fixa na produção industrial, e ajustada às vendas realizadas no Finame.
"Não obstante os aspectos negativos da conjuntura e a alta relativa dos preços dos bens de capital, numerosos agentes econômicos decidiram --em escala surpreendente-- trocar ou acrescentar máquinas e equipamentos em suas instalações produtivas", afirma a sinopse. Apesar disso, o banco destaca que o cenário de incertezas e o elevado custo de oportunidade de capital ainda inibem a ampliação e construção de novas plantas e o empresariado se limita a selecionar investimentos que trazem resposta imediata, como máquinas e equipamentos.
Desempenho do banco
O BNDES ainda não divulgou oficialmente o resultado de julho, mas a sinopse já revela que os desembolsos realizados pelo banco cresceram 16,7% no acumulado de janeiro a julho em relação a igual período do ano passado. Segundo o relatório, o destaque nos primeiros sete meses do ano foi o aumento de 87% nos desembolsos para o financiamento ao investimento na indústria de transformação. Os setores com maiores desembolsos foram: alimentos e bebidas, metalurgia básica, celulose e papel, veículos automotores, produtos químicos e máquinas e equipamentos.
Os enquadramentos, primeiro nível de análise das propostas que chegam ao banco, cresceram 44,9%, mas as consultas registraram aumento de apenas 7,2%, com a base de comparação mais forte do ano passado que incluía valores excepcionalmente elevados para os meses de janeiro e julho.
Fonte: Janaina Lage (Folha Online)
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