A indústria madeireira do estado enfrentará obstáculos no futuro e as partes interessadas, bem como os atores, precisarão trabalhar juntos para superar os desafios.
Uma das questões são os requisitos de certificação, disse o presidente da Sabah Timber Industries Association (STIA), Tan Peng Yuan.

“Está muito claro que precisamos trabalhar juntos como uma unidade coesa se quisermos superar os requisitos da certificação. O STIA prevê que a UE aplicará regulamentos adicionais sob o EUDR (Regulamento de Desmatamento da União Europeia) que podem limitar o acesso de nossos produtos a vários mercados ”, disse ele no jantar anual do STIA aqui no sábado.

Tan revelou que em 6 de dezembro do ano passado, a UE chegou a um acordo sobre uma nova lei para impedir que as empresas coloquem commodities relacionadas ao desmatamento e à degradação florestal no mercado da UE ou as exportem da UE. Com esta lei, é necessária a devida diligência obrigatória para determinar a origem da madeira.

“Se nós, como indústria, não nos mantivermos alertas e tomarmos medidas progressivas, podemos sofrer alguns reveses permanentes. Se a história se repetir, não demorará muito para que Austrália, Japão e outros países sigam o exemplo. Os EUA já estão se movendo na mesma direção. Todos esses são mercados-chave que desempenham um papel fundamental para ajudar a Sabah a atingir suas metas de plantação de madeira”, disse Tan.

O sucesso de muitas espécies no programa de plantações do estado depende muito de os atores da indústria terem acesso a esses mercados, destacou.

Se o acesso parecer improvável devido às barreiras de certificação, o ímpeto de investimento tanto no plantio quanto na fabricação será perdido, lamentou.

De acordo com Tan, Sabah estava bem à frente de muitos países exportadores com o sistema de certificação TLAS do estado, desenvolvido por meio de um processo de Cadeia de Custódia bem definido.

“Temos que agradecer ao Departamento Florestal de Sabah por isso. Sem ele, acredito que nossa indústria seria pelo menos 50% menor em termos de valor de exportação e possivelmente um terço de nossos membros do STIA não estariam presentes hoje.

“É assim que a certificação é crítica para a nossa indústria. Levamos quase uma década para alcançar o TLAS. Espero que, com nossa nova e aprimorada colaboração com a indústria e o governo, possamos alcançar novamente os novos padrões globais exigidos na certificação. Não temos uma década em termos de tempo. Não nesta rodada ”, disse ele.

“A demonstração de apoio do governo de Sabah realmente aquece meu coração. Foram três anos difíceis para todos. Estamos vendo muitos obstáculos pela frente no ano do coelho d'água 2023. É por meio de encontros importantes como o que temos hoje à noite que nossa indústria ganha confiança para enfrentar os muitos desafios que temos pela frente. Nada é mais importante do que o apoio demonstrado pelo nosso governo de Sabah nos últimos anos”, disse ele.

Segundo ele, o 'Halatuju' definido pelo ministro-chefe Datuk Seri Hajiji Noor, especialmente no programa de transformação de plantações de madeira, foi o principal catalisador dos planos da indústria madeireira do estado para o futuro.

Ele também expressou gratidão à Associação Madeireira da Malásia (MTA), que tomou algumas medidas firmes para lidar com esta situação.

“Também entendemos que o ministério relevante foi devidamente alertado como resultado do documento de posição apresentado pelo MTA. É reconfortante saber que as agências federais e estaduais agora estão colaborando nessa questão”, disse ele.

Sobre a questão da plantação, Tan disse que há uma necessidade de Sabah apresentar uma frente confiável nas ambições de madeira de plantação.

“Vamos apresentar ao mundo, de forma rápida e confiável, um plano de ação abrangente e viável para as plantações de madeira. Não vamos fugir para diferentes tangentes e interesses próprios e perder de vista o quadro maior.

“Todas as partes precisam trabalhar juntas para mostrar à comunidade empresarial mais ampla que temos uma solução confiável de longo prazo para nossa iniciativa de plantação”, acrescentou.

Tocando nos desafios intransponíveis enfrentados pelos plantadores e fábricas na disponibilidade de mão de obra qualificada e não qualificada, Tan disse que o STIA trabalhou incansavelmente para se envolver com o governo para ajudar a resolver esse problema.

“Embora as soluções não sejam perfeitas, estamos vendo alguma luz no fim do túnel. Em consonância com isso, quero aproveitar esta oportunidade para destacar a todos aqui que Sabah produz várias centenas de graduados profissionalizantes todos os anos.

“Muitos estão dispostos a trabalhar no terreno e aprender. Apenas os graduados da Polytechnic Sabah em tecnologia de madeira chegam a cerca de 40-80 por ano. Enquanto fazemos o possível para garantir a força de trabalho necessária do exterior, não nos esqueçamos de nossos 'Anak-Anak Sabah', que foram treinados para a indústria madeireira.

“Embora o treinamento às vezes pareça se adequar a outros lugares, e não especificamente ao que Sabah precisa. Peço ao governo um

e o setor privado a se esforçar mais para garantir que nossos diplomados em tecnologia da madeira tenham trabalho seguro em suas indústrias relevantes. Atenção especial também para que seus cursos sejam adequados às necessidades de Sabah e não apenas às necessidades do setor madeireiro de outros estados”, destacou.

Tan destacou que, embora Sabah frequentemente enfrente muitas desvantagens, é necessário trabalharmos juntos para garantir que não abandonemos o recurso mais precioso que temos.

“A próxima geração será aquela que poderá nos ajudar a industrializar. A industrialização 4.0 é uma obrigação para a madeira. Não há segunda alternativa. Com todos os incentivos do MIDA, MATRADE e MTIB, ainda não chegamos onde precisamos. Precisamos da próxima geração que seja tecnologicamente experiente para nos guiar. Precisamos que nossos meninos e meninas locais entrem na indústria ”, disse ele.

O STIA, acrescentou Tan, também colaborou com algumas escolas em Kota Kinabalu, Tawau e Keningau em apoio ao “Programa Verde da Malásia” por meio de 100 milhões de eventos de campanha de plantio de árvores que visam promover a conscientização pública e nutrir a mentalidade das gerações mais jovens sobre a importância de replantio para enfrentar as mudanças climáticas e manter a cobertura verde e florestal do país.

No ano passado, a STIA também conduziu programas de CSR com a KK Hardware Machinery & Building Materials Traders Association, a Che Sui Khor Moral Uplifting Society KK e a Ji Her Charity & Moral Uplifting Society KK.

Fonte: ITTO/Remade