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Notícias

06
jan
2023
(LOGÍSTICA)
Conheça os ‘pentatrens’ que ajudam a mover o agro pelo Brasil

Nos últimos anos vimos uma escalada no uso de grandes implementos para transportes produtos agropecuários, mesmo sendo veículos que não rodam em rodovias públicas Majoritariamente, o escoamento da safra de grãos ocorre pelas rodovias brasileiras. Segundo estudo da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (ESALQ/USP) com o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), realizado em 2019, 67,4% da soja brasileira exportada é escoada pelas rodovias, 24% pelas ferrovias e 8,6% por hidrovias, sendo uma grande dependente do modal rodoviário para a exportação dos produtos brasileiros. Porém essa dependência não é apenas na hora de exportar, mas também na hora de importar, segundo a FreteBras, no 1º trimestre de 2022, o produto mais transportado pelo agro foram os fertilizantes.


O transporte dos produtos do agronegócio foi responsável por movimentar um volume aproximadamente de R$ 6,7 bilhões só nos primeiros três meses do ano, fazendo o setor ser responsável por mais de 37,4% de todo frete rodoviário brasileiro.

Nos últimos anos vimos uma escalada no uso de grandes implementos para transportes produtos agropecuários, mesmo sendo veículos que não rodam em rodovias públicas, apenas na zona rural para transportar os produtos colhidos da lavoura para a unidade de estocagem ou armazenamento. Confira dois destes gigantes que estão trabalhando pelo Brasil.


Hexatrem: Maior caminhão do Brasil Suzano inicia operação com carretas de 52 metros, o hexatrem. São 12 conjuntos em atividade dos 19 que devem estar rodando nas estradas internas da companhia até abril de 2020!

GEES começa a utilizar caminhões pentatrem em suas operações no Maranhão Cinco implementos, trezes eixos, 50 metros de comprimento e 130 toneladas de Peso Bruto Total Combinado. Esses são os conjuntos pentatrem, que começaram a ser usados recentemente pela GEES, como forma de acelerar o transporte da safra colhida no campo para as unidades de estocagem. Esse tipo de veículo não roda em rodovias públicas, apenas dentro das áreas de plantio da empresa.

O uso de composições tão grandes se tornou necessário após a empresa começar a utilizar colheitadeiras Case IH Axial Flow 9250, com plataformas de 62 pés. No ano passado, a GEES havia investido na compra de 50 tritrens basculantes e 50 caminhões para o transporte da colheita, e, mesmo com o investimento, viu a necessidade de uso de veículos com mais capacidade de carga.

Foram colocados em operação cerca de dez pentatrens, acoplados a cavalos-mecânicos MAN TGX 440. Segundo alguns motoristas que estão encarregados de operar esses gigantes a operação não difere muito de outros veículos longos, sendo apenas necessário um maior espaço para manobra, principalmente na entrada e saída das balanças.

Mesmo com o comprimento total de cerca de 50 metros, algumas vezes são necessárias manobras curtas em marcha-à-ré, principalmente no momento do descarregamento.


JSL inicia operação com pentatrem Com foco em entender as necessidades dos clientes e atender com soluções às suas demandas logísticas e de transporte, a JSL iniciou a fase de testes do pentatrem nas operações da LD Celulose, em Indianópolis (MG).

O pentatrem, como o nome sugere, é semelhante a uma composição ferroviária: um cavalo mecânico que movimenta cinco compartimentos de carga, totalizando 47 metros de comprimento. Devido ao tamanho, o equipamento circula somente pelas estradas internas das fazendas. No caso da LD Celulose, os equipamentos transportam as toras de eucalipto das fazendas até o parque fabril da empresa – em média 28 km por viagem -, onde a madeira é transformada.

“A JSL tem grande conhecimento nesse tipo de operação. Foi uma das primeiras empresas no País a utilizar os pentatrens e mantém uma equipe de motoristas altamente treinados e experientes para conduzir o equipamento, que exige uma operação especialmente desenhada para ele”, salienta Ramon Alcaraz, CEO da JSL.

A vantagem do pentatrem é o substancial ganho de produtividade, que pode chegar até a 50% no caso do transporte de madeira. Os equipamentos reduzem em cerca de 5.600 o número de viagens anuais realizadas em rodovias, economizando até 220 mil litros de óleo diesel no período.

Terminada a fase de teste, a JSL prevê operar 15 pentatrens nas fazendas da LD Celulose – joint venture entre a austríaca Lenzing e a brasileira Dexco, que está implantando na região uma das maiores fábricas de celulose solúvel do mundo, com capacidade de 500 mil toneladas/ano.

Fonte: Comprerural.com

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