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O maratonista e ambientalista Antoine Moses estabeleceu um novo recorde mundial
Antoine Moses, maratonista e ambientalista canadense de 23 anos, estabeleceu um novo recorde mundial ao plantar 23.060 mudas de árvores em menos de 24 horas. A façanha de Moses foi alcançada em julho de 2021, porém, somente em outubro de 2022 ela foi reconhecida e aceita pelo Guinness World Record.
Em seus vídeos, publicados por Moses em suas redes sociais, é possível ver o jovem se debruçando e cavando um buraco e plantando mudas em poucos segundos de forma contínua, sem parar.
Moses quebrou o recorde anterior de plantar 15.170 árvores, que era de outro canadense, Kenny Chaplin, em 2001. O site Guinness World Record disse: “O maior número de árvores plantadas por um indivíduo em 24 horas é 23.060 e foi alcançado por Antoine Moses (Canadá) em La Crete, Alberta, Canadá, em 17 de julho de 2021.”
Em uma postagem em seu Instagram, Moses compartilhou uma foto do recorde mundial do Guinness e disse: “Tenho orgulho de dizer que sou oficialmente incrível. No ano passado, quebrei o recorde mundial de plantio de árvores e finalmente foi aprovado pelo Guinness World Record. Mais uma vez, obrigado à minha incrível equipe que me ajudou a passar por este desafio!”
Moses é atleta e planta árvores há mais de seis anos, e ele afirma já ter plantado mais de 1,3 milhão de plantas em todo o Canadá. O maratonista é capaz de plantar em média 16 árvores por minuto, o que é cerca de uma árvore a cada 3,75 segundos. “Assim que ultrapassei o recorde original, me animei e abracei toda a equipe ao meu redor. Fiquei emocionado e feliz, mas nem mesmo 10 segundos depois continuei”, disse Moses ao site Global News.
Moses explicou que aborda o plantio de árvores como um esporte. “Você tem que manter sua saúde em dia. É quase como se todo mundo que planta árvores fosse um atleta”, disse ele. “Você só precisa colocar tudo do seu lado e garantir que esteja apto o suficiente para plantar mais.” Ele acha que é hora de seu recorde ser quebrado e está pronto para oferecer ajuda até mesmo ao próximo plantador de árvores superado. “Adoro a emoção de ajudar as pessoas. Se alguém quiser vencê-lo, eu o ajudarei com as minhas dicas. Não estou com medo”, disse Moses.
Moses, estava acompanhado pela associação Blue Collar Forestry e da Summit Reforestation. A conquista contou com o apoio de uma equipe de seis pessoas para realizar a empreitada. O plantio foi realizado em um lote aberto pela Tolko Industries, uma fabricante e comerciante de produtos florestais, 100 km ao sul de High Level, Alberta.
Críticas à monocultura
Apesar de ser um feito incrível, Moses atingiu a marca plantando uma única espécie de pinheiro (Pinus), velho conhecido da monocultura. Quando leitores perguntaram o porquê da escolha, Moses respondeu: “Às árvores que foram plantadas são da mesma espécie das que foram cortadas de lá anteriormente.”
Os leitores nos comentários chamaram a atenção por se tratar de um local onde se pratica “logging”, ou seja, floresta plantada de reflorestamento para venda de madeira, e que o plantio das árvores neste sistema não traria benefício algum para o solo, habitat e muito menos para a absorção de gás carbônico da atmosfera. Quando questionado em suas redes, Moses não deixa claro se as árvores serão cortadas novamente para venda. No Canadá é comum jovens serem contratados por organizações para o plantio de árvores.
Segundo um relatório do Greenpeace, a floresta criada pela exploração madeireira é muito diferente de uma floresta moldada predominantemente por processos naturais. “Florestas boreais antigas são complexos ecossistemas com abundância de árvores antigas de grande porte, árvores mortas em pé e uma variedade diversificada de madeira morta no chão da floresta. Todos estes fornecem habitat para muitas espécies, de aves […], insetos e fungos. Já na exploração comercial madeireira, cria-se um sistema gerenciado por distúrbios humanos regulares em grande escala. Ambos os tipos de floresta têm árvores, mas a floresta manejada que resulta não é a mesma que a floresta antiga que foi derrubada.”
Fonte: Por: Redação CicloVivo