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A fábrica de US$ 1,4 bilhão tem capacidade de 500 mil toneladas por ano
A LD Celulose, joint venture da brasileira Dexco com a austríaca Lenzing, em Minas Gerais, finaliza 2022 operando em 100% da capacidade de 500 mil toneladas anuais de celulose solúvel.
“Já estamos produzindo nesse ritmo e a quase totalidade é de celulose solúvel premium”, afirmou o presidente da companhia, Antônio Joaquim de Oliveira. O projeto foi desenhado para fazer 90% do tipo premium e 10% tipo B.
A unidade, localizada no Triângulo Mineiro, entrou em operação em meados do ano, dentro de um reflorestamento de mais de 40 mil hectares de eucaliptos – área que pode chegar a 70 mil hectares – e que produz volume suficiente para atender a fábrica, segundo o presidente da LD. Futuramente, um ganho marginal da ordem de 10% está previsto para a capacidade com desgargalamentos.
Enquanto na joint venture a Dexco possui 49% de participação, na empresa florestal a brasileira inverte a porcentagem com a austríaca e detém 51% da companhia. No total, o investimento do projeto alcançou US$ 1,4 bilhão, além do capital de giro e outras despesas, que segundo Antônio, chegam a totalizar US$ 1,8 bilhão.
Com um contrato de 25 anos, toda a produção de celulose solúvel é comprada pela Lenzing, para abastecer suas fábricas europeias. Segundo divulgado pela companhia, no terceiro trimestre, a divisão ainda estava em estágio pré-operacional, mas realizou a venda de 45 mil toneladas de celulose solúvel entre julho e setembro.
De acordo com Oliveira, a celulose solúvel é cotada no mercado internacional na faixa de US$ 1 mil a tonelada. É um produto com dinâmica diferente da celulose fibra curta de eucalipto, afirmou o executivo. Com isso, a receita da LD será na faixa de US$ 500 milhões ao ano (R$ 2,6 bilhões ao câmbio atual).
Fonte: Portal Celulose