As importações da UE27 de madeira e móveis de madeira aumentaram nos primeiros nove meses deste ano de todos os principais países tropicais fornecedores (Gráfico 3).

O valor e o volume das importações aumentaram de:

Camarões (+19% para US$ 216 milhões, +21% para 220.200 toneladas),
Gabão (+30% para US$ 235 milhões, +26% para 210.000 toneladas),
Indonésia (+27% para US$ 809 milhões, +5% para 208.200 toneladas),
Brasil (+58% para US$ 285 milhões, +31% para 191.100 toneladas),
Vietnã (+20% para US$ 712 milhões, +5% para 169.200 toneladas),
Malásia (+36% para US$ 335 milhões, +9% para 125.900 toneladas),
República do Congo (+3% para US$ 81 milhões, +8% para 86.200 toneladas) e Côte d'Ivoire (+10% para US$ 48 milhões, +2% para 36.600 toneladas). O valor das importações da Índia aumentou 4% para US$ 344 milhões, mas o volume das importações caiu 11% para 81.000 toneladas durante o período de nove meses.

O valor importado de madeira tropical e móveis de madeira nos primeiros nove meses deste ano também aumentou em todos os principais destinos da UE para esses produtos, enquanto a quantidade importada aumentou em todos os destinos, exceto na Alemanha.

As tendências nos principais destinos de importação de madeira tropical e móveis de madeira foram:

França (+29% para US$ 670 milhões, +9% para 294,4 mil toneladas);

Holanda (+14% para US$ 652 milhões, +10% para 261.700 toneladas);

Bélgica (+29% a US$ 552 milhões, +14% para 370.500 toneladas);

Alemanha (+16% para US$ 533 milhões, sem alteração em 153.000 toneladas);

Itália (+46% para US$ 269 milhões, +43% para 146.900 toneladas);

Espanha (+36% para US$ 190 milhões, +36% para 81.600 toneladas);

Dinamarca (+17% para US$ 142 milhões, +5% para 34.900 toneladas);

Irlanda (+48% para US$ 93 milhões, +54% para 29.800 toneladas);

Suécia (+29% para US$ 79 milhões, +26% para 19.200 toneladas);

Polónia (+17% para US$ 78 milhões, +21% para 24.300 toneladas);

Portugal (+37% para US$ 48 milhões, +9% para 39.700 toneladas);

Grécia (+46% para US$ 59 milhões, +30% para 30.900 toneladas).

O valor das importações da UE27 de todas as principais categorias de produtos de madeira tropical aumentou nos primeiros nove meses deste ano. A quantidade importada também aumentou para todos os produtos, exceto móveis.

Após dois anos lentos durante a pandemia global, as importações da UE27 de madeira serrada tropical recuperaram terreno este ano. As importações de 785,7 mil metros cúbicos no valor de US$ 705 milhões nos primeiros nove meses foram, respectivamente, 24% e 28% superiores ao mesmo período de 2021.

As importações de madeira serrada aumentaram acentuadamente nos primeiros nove meses deste ano de todos os maiores fornecedores tropicais para a UE27, incluindo Camarões (+21% para 272.100 metros cúbicos), Brasil (+44% para 138.700 metros cúbicos), Gabão (+16% para 120.400 metros cúbicos), Malásia (+25% a 70.700 metros cúbicos), Congo (+26% para 61.100 metros cúbicos) e Gana (+26% para 23.200 metros cúbicos). No entanto, as importações de madeira serrada caíram 30% para 14.900 metros cúbicos da Côte d'Ivoire e caíram 24% para 13.700 metros cúbicos do Equador.

Nos primeiros nove meses de 2022, o valor das importações de móveis de madeira da UE27 de países tropicais foi de US$ 1,41 bilhão, 15% acima do mesmo período de 2021. O valor das importações de móveis de madeira da UE27 aumentou 18% para US$ 587 milhões do Vietnã, 28% para US$ 424 milhões da Indonésia e 13% para US$ 101 milhões da Malásia.

No entanto, o valor das importações de móveis da Índia caiu 2% para US$ 261 milhões e da Tailândia caiu 1% para US$ 23 milhões.

O aumento no valor total em dólares das importações da UE27 de móveis de madeira tropical este ano deve-se inteiramente ao aumento das taxas e preços de frete e à fraqueza do euro, e não a um aumento na quantidade exportada. Em termos de tonelagem, as importações caíram 6%, para 285.000 toneladas durante o período de nove meses.

O valor das importações da UE27 de molduras/decks tropicais foi de US$ 336 milhões nos primeiros nove meses deste ano, um ganho de 36% em relação ao mesmo período de 2021. Em termos de tonelagem, as importações da UE27 de molduras/deckings tropicais foram bastante lentas no primeiros nove meses deste ano, provavelmente devido à escassez de oferta e não à demanda limitada.

As importações de 145,6 mil toneladas entre janeiro e setembro deste ano foram apenas 1% a mais do que no mesmo período do ano passado. A queda das importações da Indonésia (-11% para 44.600 toneladas) foi compensada pelo aumento das importações do Brasil (+2% para 57.400 toneladas), Gabão (+68% para 11.500 toneladas), Bolívia (+33% para 6.200 toneladas) e Malásia (+20% para 5.800 toneladas). As importações de moldes/decks de 11.300 toneladas do Peru ficaram no mesmo nível do ano passado.

Nos primeiros nove meses de 2022, a UE27 importou 269,8 mil metros cúbicos de folheado tropical no valor de US$ 180 milhões, respectivamente 25% e 22% a mais que no mesmo período do ano passado. As importações de folheado tropical do Gabão, de longe o maior fornecedor da UE27, aumentaram 19% para 136.700 metros cúbicos.

Registaram-se também ganhos nas importações de lâminas da Côte d'Ivoire (+37% para 63.700 metros cúbicos), Camarões (+51% para 30.000 metros cúbicos), Gana (+1% para 7.000 metros cúbicos) e Guiné Equatorial (+76% para 6.200 metros cúbicos). No entanto, as importações de lâminas do Congo caíram 9%, para 12.500 metros cúbicos.

Nos primeiros nove meses deste ano, as importações de compensado tropical da UE27 de 227.600 metros cúbicos no valor de US$ 195 milhões foram, respectivamente, 38% e 63% a mais do que no mesmo período do ano passado. Importações de In donesia, maior fornecedora de compensados tropicais, foram 69,6 mil metros cúbicos, um ganho de 20% em relação ao mesmo período do ano anterior.

No entanto, houve aumentos percentuais maiores do Gabão, subindo 118% para 53.300 metros cúbicos, e do Vietnã, subindo 154% para 20.600 metros cúbicos.

As importações da UE27 de compensado tropical também aumentaram de Marrocos (+56% para 16.600 metros cúbicos), Brasil (+200% para 12.200 metros cúbicos), Índia (+30% para 8.800 metros cúbicos) e Reino Unido (+5% para 6.500 metros cúbicos). Esses ganhos compensaram uma queda de 30% nas importações de compensado de madeira tropical da China para 24.800 metros cúbicos, e uma queda de 67% nas importações da Malásia para apenas 1.900 metros cúbicos.

A UE27 importou 88.100 metros cúbicos de toras tropicais no valor de US$ 47 milhões nos primeiros nove meses deste ano, respectivamente 18% e 15% a mais que no mesmo período do ano passado. As importações de toras da UE27 aumentaram de todos os três maiores países fornecedores africanos nos primeiros nove meses deste ano em comparação com o mesmo período do ano passado; Congo (+6% para 35.500 metros cúbicos), CAR (+41% para 18.100 metros cúbicos) e RDC (+87% para 10.700 metros cúbicos).

As importações também aumentaram acentuadamente de dois países sul-americanos; Guiana (+145% para 2.300 metros cúbicos) e Paraguai (+93% para 2.800 metros cúbicos). No entanto, as importações de toras caíram 23% para 8.100 metros cúbicos de Camarões e 38% para 3.600 metros cúbicos da Libéria.

Nos primeiros nove meses de 2022, a UE27 importou 22.200 toneladas de pisos de madeira tropical no valor de US$ 69 milhões, respectivamente 33% e 43% a mais que no mesmo período de 2021. O aumento nas importações de pisos de madeira da UE27 da Malásia que começou em 2020 continuou este ano. As importações de 10.700 toneladas da Malásia nos primeiros nove meses de 2022 foram 46% a mais do que no mesmo período de 2021. As importações de pisos da UE27 da Indonésia também aumentaram, em 35%, para 5.300 toneladas, durante o período de nove meses.

As importações da UE27 de outros produtos de marcenaria de países tropicais - que compreendem principalmente esquadrias de janelas laminadas, tampos de cozinha e portas de madeira - aumentaram 39% em valor para US$ 227 milhões e 28% em quantidade para 84.700 toneladas nos primeiros nove meses de 2022. Valor das importações aumentou 16% para US$ 100 milhões da Indonésia, 60% para US$ 69 milhões da Malásia e 28% para US$ 23 milhões do Vietnã.
 

Fonte: ITTO/Remade