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Notícias

22
nov
2005
(GERAL)
Indústrias de celulose retomam a cabotagem
Abandonada durante décadas, quando o transporte de cargas no Brasil passou a ser feito, em sua maioria, pelas rodovias, a navegação de cabotagem ganha espaço como um modo de transporte mais econômico e mais humano, por ser, ao mesmo tempo, rentável e ecologicamente correto. Feita, geralmente, por via fluvial, a cabotagem marítima por meio de barcaças entra no projeto logístico de grandes empresas, preocupadas com as más condições das estradas.

A Bahia saiu na frente, com um projeto da indústria Aracruz Celulose e outro da Veracel Celulose, já em fase de testes e conclusão prevista para setembro.

O presidente da Veracel Celulose, Renato Guerón, ressalta que o sistema de barcaças já está operando em fase-teste, e deverá estar em atividade total dentro de três meses, quando fica pronto o terminal de Belmonte, sul da Bahia, que está sendo readequado para o transporte da celulose. A fábrica, na divisa dos municípios de Belmonte/Eunápolis, será oficialmente inaugurada em 28 de setembro, com capacidade para a produção de 900 mil toneladas/ano de celulose branqueada, o tipo mais valorizado no mercado.

Guerón disse que a Veracel já está pensando na expansão de sua fábrica. Essa duplicação está prevista no projeto. Ele considera o sistema de barcaças ideal para o transporte da celulose produzida pela empresa, que é 100% exportada, da Bahia até Portocel, que se configura, hoje, como o maior porto exportativo de celulose no mundo. “Garante, para nós, mais eficiência e menor custo, com relação ao transporte por caminhão”, afirmou o presidente da multinacional.

O sistema de navegação marítima via navio-barcaça/empurrador, denominado ITB - Integrated Tug and Barge, foi inspirado em sistemas semelhantes observados por técnicos da Norsul e da Aracruz Celulose nos Estados Unidos, Europa e Mar do Norte (Noruega). Começou a ser estudado em 1998, entre a Norsul e a Aracruz, e adaptado para a costa brasileira.

Fonte: Berna Farias (A Tarde)

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