Base neutra e mistura de texturas naturais marcam o living integrado da residência em Aracaju, Sergipe

FACHADA | Pedras moledo e madeira muiracatiara seguem os detalhamentos projeto do escritório Maíma Arquitetura. O muxarabi da Oca Brasil é próprio para fachadas Filippe Araujo / Divulgação

"Uma casa com cara de casa". Esse foi o pedido dos moradores para o projeto desenvolvido pelo escritório Maíma Arquitetura (@maimaarquitetura), das arquitetas Marina Santana, Ingryd Sanders e Mayara Barcelos, que resultou na confortável construção de 242 m², em Aracaju, Sergipe.

"Desenvolvemos essa residência aproveitando da melhor forma o terreno no qual ela está inserida. Por se tratar de um lote com frente poente – cuja predominância de raios solares na parte frontal da construção ocorre de tarde –, fizemos o uso de muxarabis e brises de madeira, com o intuito tanto de ganho estético como de funcionalidade", conta Marina.

Pela fachada, que também exibe pedras naturais, concreto e telhas cerâmicas, já é possível ter uma ideia do que encontrar ao adentrar pela porta principal de madeira ripada: um estilo contemporâneo permeado com toques de rusticidade pela mistura de materiais e texturas que remete às características da região – uma cidade litorânea.

HALL DE ENTRADA | Quem entra pela porta de madeira ripada é recebido pela obra do artista Michel Scarano sobre a bancada de concreto — Foto: Filippe Araujo / Divulgação

O projeto é constituído de pavimento térreo e superior. No primeiro piso, estão garagem para dois carros, hall de entrada, living, lavabo, ala gourmet, piscina, depósito, cozinha, área de serviço, banheiros, sala íntima, varanda e três suítes. Já a parte superior foi destinada ao escritório e à brinquedoteca.

Como a família adora receber e partilhar bons momentos, esse foi o ponto de partida para integrar o living e a área gourmet para que as reuniões acontecessem de forma confortável e acolhedora. "O estar tem uma base minimalista, que se transforma através da decoração e da madeira presente na arquitetura da casa", explica Ingryd. Por isso a escolha de materiais atemporais, como o porcelanato que remete ao mármore travertino, paredes brancas e toques de concreto e textura de cimento.

LIVING INTEGRADO | A base minimalista recebeu mobiliário de design limpo e atemporal, como a mesa de centro "Ritmo Leve", assinada por Roberta Banqueri — Foto: Filippe Araujo / Divulgação

ESTAR | As paredes brancas e os móveis de linhas retas permitem 'brincar' com quadros e elementos que valorizam a memória afetiva dos moradores — Foto: Filippe Araujo / Divulgação

"Isso permitiu ter uma base neutra para destacar a arquitetura da casa", diz Mayara. Sobre essa base, a mistura de materiais, a exemplo de pedras naturais, palha natural e muito verde, confere aos ambientes integrados uma atmosfera de acolhimento.

Para o mobiliário, as arquitetas buscaram peças com o design limpo e atemporal que se destacassem, mas não se sobrepusessem à arquitetura da casa, como a mesa de centro Ritmo Leve, assinada por Roberta Banqueri, e a estante Pristin, criação de Ronald Sasson.

MOBILIÁRIO | Poltrona "Costel'a e estante "Pristin", de Ronald Sasson são exemplos de peças de design atemporal para compor o décor — Foto: Filippe Araujo / Divulgação

JANTAR | O décor minimalista deixa brilhar os elementos da arquitetura da casa — Foto: Filippe Araujo / Divulgação

JANTAR | Elementos de madeira quebram o visual clean, como o carrinho de bar "Teca", de Jader Almeida para Sollos. Quadro do acervo dos moradores — Foto: Filippe Araujo / Divulgação

Na área gourmet, o MDF verde dos armários traz um frescor à decoração e contrasta com a bancada de granito São Gabriel com acabamento flameado. Já os móveis e o teto detalhado de madeira freijó e palha natural remetem ao toque rústico presente no projeto.

Por Rosana Ferreira

Fonte: Revista Casa e Jardim