Notícias
Designers e consumidores ainda são muito moderados no uso de qualquer madeira de lei devido às constantes divulgações relacionadas ao desmatamento tropical. Mas a realidade é que as florestas deste tipo de madeira, que podemos classificar como dura, resistente e de alto valor comercial, estão se expandindo na América do Norte e na Europa e não diminuindo, como muitos acreditam. O volume permanente de madeiras nas florestas americanas mais que dobrou nos últimos cinquenta anos, segundo estudos da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura, chegando a 310 milhões de hectares e abrangendo 8% do total de florestas do mundo.
Além de serem os pulmões do planeta, as florestas são uma importante fonte de renda, de bem-estar, e de produtos renováveis, o que colabora na manutenção saudável da economia global.
A sustentabilidade, para nós, não caracteriza-se apenas em cultivar mais árvores do que são extraídas, mas também a forma com que a madeira é tratada e utilizada. Designers e fabricantes têm a responsabilidade de usar esses materiais oriundos da madeira de forma eficiente e abraçar o que a natureza produz. É, portanto, encorajador ver que ficaram para trás os dias em que os móveis de madeira eram apenas linhas retas e sem cores vivas. Em vez disso, o aspecto rústico está agora em todos os ambientes, o que significa que podemos tiramos mais proveito de cada árvore.
Enquanto o mercado parece ter se concentrado nos últimos anos apenas em carvalho e nogueira, é hora de adotarmos mais espécies – não apenas do ponto de vista da sustentabilidade, mas também de oferecer mais opções de cores, características e padrões para entusiasmar os designers e os consumidores. A madeira e seus derivados não perdem ao oferecer alternativas ao aço, concreto e fibras têxteis e resultam em menor impacto ambiental.
O que aconteceu com o bordo e a cerejeira? Por que não estamos fazendo mais móveis com essas madeiras de alto desempenho? Essas são algumas perguntas que temos feito e, por reconhecermos o valor, temos projetos e colaborações centrados nessas espécies.
No entanto, é necessária uma grande mudança de pensamento para que esse potencial seja amplamente aproveitado como merece, promovendo uma verdadeira revolução no setor moveleiro e de construção, fornecendo energia renovável e novos materiais inovadores e avançando para uma bioeconomia circular com neutralidade climática.
Usamos madeira de lei há milhares de anos, mas acredito que esta matéria-prima seja mais relevante agora do que nunca. As pessoas valorizam o toque, o cheiro e a aparência, e esses sentidos nos motivam e nos fazem querer comprar, consumir e trabalhar com esse material. Portanto, se você também deseja levar em conta a enorme contribuição ambiental que pode ser obtida com um material renovável e de baixo impacto ambiental, que armazena carbono e ainda tem valor agregado por isso, seria quase irresponsável não fazer mais uso dele.
A madeira é renovável e especialmente versátil. Mesmo sendo uma das matérias-primas mais antigas da humanidade, as inovações no desenvolvimento de produtos à base de madeira de lei nos transportam para um futuro mais amigável, com ambientes cada vez mais cercados e preenchidos por produtos naturais, e tendo a sustentabilidade sempre em mente na hora de adquirir bens.
Imagem: Future Heirlooms convida designers sul-africanos para desenvolverem móveis em madeira americana. São eles: Thabisa Mjo, Katy Taplin, Adriaan Hugo, Mpho Vackier, Joe Paine, Nathan Gates, Kumsuka, Charles Haupt, Gerrit Giebel, Nindya Bucktowar e Nikhil Tricam
* David Venables, Diretor do American Hardwood Export Council para a Europa
--
Évelin Sala
PR Consultant
www.sherlockcomms.com
+55 (11) 98895-4502
evelin@sherlockcomms.com
Fonte: www.sherlockcomms.com