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Nos últimos 50 anos a silvicultura – a do metro cúbico – evoluiu de forma espetacular! Saímos de 15/20 metros cúbicos/ha/ano e chegamos próximo de 50 metros! Lógico que com suas variações de local, de empresa, de profissionais, etc. Estamos falando da capacidade de produção, que cresceu de forma significativa. E nisso, aparentemente, não há o que discutir – pura tecnologia! Mas quanto aos resultados alcançados por região ou empresa, aí sim, cabem ponderações! Há de se depender de inúmeros fatores, com destaque às características de clima e solo, recursos disponíveis e especialmente da capacidade, competência, dedicação e comprometimento dos executores dos serviços de campo! É aqui, que entra o “mosca branca”!
Entre o crescimento da produtividade de 20 para 50, houve um mundo de realizações e histórias! Quase um sonho que se tornou realidade para os que viveram e conheceram os desafios, as encrencas e o sucesso!
E agora? Novos tempos! Muitas informações e novidades, com novas demandas e desafios a serem superados. Mas num ambiente muito diferente dos tempos idos – trocaram a palavra de ordem cooperação por competição!
No entanto, nesse ambiente, em que mais se ouve, e quase nada se fala, há destaques importantes para reflexão! Fatos constatados, resultado de conversas, opiniões, sugestões e reuniões realizadas no “arzinho fresco da sala” ou sob o “sol ardido e barro” do campo.
E encurtando a prosa, vamos a um destaque interessante – o colaborador “mosca branca”!
Estamos falando daquele profissional que sempre esteve no campo – chegava bem cedinho e, às vezes, saía à noitinha. Via tudo, ajudava, orientava, corrigia, conversava, ensinava, conferia e ainda agradecia a todos! Se falasse inglês ótimo, se dominasse tudo de computador, bom também, e se fosse craque no discurso, mais valor ainda. A relação do que podia e devia sempre foi grande, mas na relação do que não podia, só uma regrinha – precisava estar e viver o campo, e antenado com o que se faz, como se faz e quem faz! Esse sempre foi o “mosca branca” da nossa silvicultura – ajudando, corrigindo, ensinando, melhorando, falando, escrevendo, defendendo, reivindicando, brigando, pacificando, se atualizando, se modernizando, mas sempre marcando a presença no campo!
E o importante – toda empresa de sucesso e com boas florestas, com certeza, contou com colaborador desse tipo – “ mosca branca”. Há quem diga, que se encontra em extinção, uma pena!
Com esse registro deixamos o nosso reconhecimento pelo imprescindível trabalho desse profissional e os nossos cumprimentos pela significativa parcela de contribuição para sucesso de nossa silvicultura!
Nelson Barboza Leite – Diretor da Teca e Daplan – Gestão e Serviços Florestais – nbleite@uol.com.br
Fonte: Nelson Barboza Leite