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Resultados preliminares indicam leve retomada de fôlego ao final da primeira metade do ano
Após crescer 15,4% em maio na comparação com o mês anterior, a indústria brasileira de móveis experimentou um recuo de 3,5% na passagem do quinto para o sexto mês do ano. Ainda assim, a produção de móveis em junho manteve-se em patamar satisfatório, tendo sido fabricadas 31,5 milhões de peças no período. Sendo este o segundo melhor resultado de 2022 até o momento.
Apesar da retomada nos últimos dois meses, resultados preliminares do primeiro semestre do ano apontam para um declínio de 19,8% em relação a igual período em 2021, quando o setor moveleiro vivia uma onda aquecida de vendas. Nos últimos 12 meses, desempenho semelhante: -19,9%.
Em valores, a receita preliminar da indústria de móveis alcançou o montante de R$ 6,3 bilhões em junho de 2022, recuo de 3,3% sobre o mês anterior. No acumulado do ano, a queda foi de 11,6%.
Já o preço médio de produção nesse cenário foi de R$ 191,75 por peça em junho de 2022. Um leve aumento de 0,25% em relação a maio. De janeiro a junho deste ano houve estabilidade.
Do total de peças produzidas, 30 milhões foram destinadas ao mercado interno, com o consumo aparente caindo 3,7% no mês de junho em relação a maio.
No acumulado do semestre, a queda gira em torno de 20,6%, quando comparado com o mesmo período do ano passado. Nos últimos 12 meses registou-se uma desaceleração de 18,6%.
A participação dos produtos importados sobre o consumo interno nacional, por sua vez, foi de 1,2% em junho de 2022.
Já as exportações registraram valor de US$ 74,5 milhões no sexto mês do ano, subindo 2,5% em relação ao mês anterior. Em julho, contudo, houve recuo de 1,8% comparado com o mês anterior, com o valor exportado pela indústria brasileira de móveis ficando em US$ 73,2 milhões.
Emprego e investimentos
Os indicadores são extraídos da “Conjuntura de Móveis”, relatório mensal desenvolvido pelo IEMI – Inteligência de Mercado com exclusividade para a ABIMÓVEL.
O emprego, que foi um dos destaques da última edição do estudo, continuou em alta no mês de junho: +0,6% em comparação com maio. Ainda assim, há queda de 7,2% no acumulado do primeiro semestre deste ano sobre igual semestre no ano passado.
As importações de máquinas para fabricação de móveis, que também vinham em ascensão, fecharam o semestre com aumento de 50,9%. Apontando para um cenário de confiança por parte dos empresários industriais nos próximos meses.
Os segmentos que apresentaram os maiores resultados no período foram:
1. Outras (473,3%)
2. Máquinas para fender, seccionar, desenrolar (60,0%)
3. Máquinas-ferramenta para madeira (29,9%)
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“Com esses investimentos também aumentamos a nossa capacidade produtiva. O que nos capacita a atender uma provável alta de demanda que teremos após a acomodação da economia pós-pandêmica e o pós-guerra”, acredita Irineu Munhoz, presidente da ABIMÓVEL.
Varejo de móveis no 1º semestre
Por fim, as vendas no varejo caíram em média 12,5% no volume de peças comercializadas na passagem de maio para junho de 2022. No acumulado de janeiro a junho, o indicador registrou uma variação negativa na ordem de 6,9%. E nos últimos doze meses houve uma queda 11,1%.
A receita também baixou. Os valores das vendas de móveis no varejo registraram queda de 11,5% na passagem dos dois últimos meses do semestre. Assim, o acumulado dos primeiros seis meses do ano indica aumento de 6,9%. Em 12 meses a variação saltou 1%.
Ressalta-se que segundo o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), medido pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), os preços nacionais de mobiliário apresentaram aumento de 1,10%, em julho frente a maio de 2022. No ano, o índice registra um acúmulo de 12,68% no nível de preços.
“Eventos como a pandemia e a guerra alteraram de forma substancial os arranjos produtivos no mundo todo, desorganizando a cadeia de abastecimento e também causando escassez de muitos produtos, reduzindo a oferta e aumentando os preços, o que provocou inflação em todo o mundo, além do aumento dos juros e a perda do poder aquisitivo, causando retração na demanda no início deste ano. Apesar de tudo isso, nossa economia tem se mostrado resiliente e assertiva nas ações, o que nos mantém confiantes de que em breve estaremos com a demanda em alta”, finaliza o presidente da ABIMÓVEL.
Veja agora um resumo dos principais indicadores do setor moveleiro junho e julho de 2022:
CONJUNTURA DE MÓVEIS
Os relatórios mensais intitulados “Conjuntura de Móveis” são concebidos para facilitar o monitoramento da ABIMÓVEL – Associação Brasileira das Indústrias do Mobiliário e seus associados em relação ao desempenho do mercado de móveis e colchões no Brasil.
Para tanto, são examinados mensalmente os percentuais de evolução da produção física, pessoal ocupado, média salarial, produtividade do setor, importações e exportações, vendas do varejo de móveis, inflação e aquisição de máquinas, conforme os últimos dados disponíveis em diferentes fontes oficiais de consulta do IEMI – Inteligência de Mercado.
Acesse a nova edição da “Conjuntura de Móveis”, com indicadores do primeiro semestre de 2022 em: http://abimovel.com/capa/acervo-digital/
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Associação Brasileira das Indústrias do Mobiliário – ABIMÓVEL
Assessoria de Imprensa: press@abimovel.com
Fonte: Abimóvel