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Notícias
22
nov
2005
(GERAL)
Brasil é referência mundial em reciclagem
O Brasil é hoje uma referência mundial em termos de reciclagem. Atualmente, o país é recordista na transformação de latas de alumínio e apresenta índices elevados de reciclagem de vários tipos de embalagem, principalmente se levarmos em consideração o fato desse processo não ser obrigatório por lei como acontece em outros grandes países recicladores.
Entre os setores que mais se destacam em relação à reciclagem, estão os segmentos de alumínio, que recicla 95,7% da sua produção, o de papelão ondulado com 77,3%, as latas de aço em geral com 40% e 88% de latas de bebidas no Nordeste, o de vidro com 44% e o de PET com 48%.
Conforme levantamento publicado pelo Cempre - Compromisso Empresarial para a Reciclagem, a reciclagem no Brasil já acontece de maneira crescente, impulsionada pela atividade de catadores e por meio de iniciativas pontuais da sociedade civil.
Quando implementada a coleta seletiva em municípios pelo próprio poder público, de forma articulada e integrada com a sociedade e setor produtivo, ganhas-se escala e eficiência operacional. Segundo a entidade, nosso país conta com um parque industrial já instalado e capaz de reciclar os diferentes tipos de materiais de embalagens disponíveis no mercado.
Este segmento industrial processa esses materiais e vende para diversos setores como indústria automobilística, têxtil, construção civil, utensílios de plástico e até mesmo para o segmento de embalagens não alimentícias. Como os demais setores produtivos, a indústria recicladora necessita ter a sua eficiência operacional e econômica para se manter ativa e crescente, ganhando economia de escala.
No Brasil, o papelão ondulado, utilizado desde 1935 em nossos parques industriais, exibe taxas expressivas de reciclagem, consideradas uma das maiores do mundo. Historicamente, a reciclagem neste setor tem apresentado forte evolução: em 1992, foi de 68,2%, saltando para 71,6% em 1997 e, em 2001, chegou a 75%.
Este ciclo, que hoje atinge 77,3% das embalagens de papelão ondulado produzidas, alivia os aterros pela geração cada vez menor de resíduos sólidos, e propicia milhares e milhares de empregos diretos e indiretos em todas as suas fases – desde os catadores de aparas até a chegada dos produtos embalados às mãos dos consumidores.
No ano passado, os principais segmentos consumidores de embalagens de papelão ondulado foram os produtos alimentícios, com 35,9%, químicos e derivados, 9,2%, avicultura e fruticultura, 8,9%, bebidas e fumo com 5,9%, têxtil e vestuário, 3,8%, produtos farmacêuticos e perfumaria, 3%, metalurgia, 2,7%, eletro-eletrônicos, com 2,1% e outros 14,1%.
Em 2004, o Brasil bateu novamente o recorde mundial de reciclagem de latas de alumínio para bebidas, com índice de 95,7%, 6,7%, acima de sua marca anterior. Pelo quarto ano consecutivo, o país lidera o ranking mundial que inclui apenas os países em que a atividade não é obrigatória por lei, entre os quais, o Japão e os Estados Unidos, com 51%.
Segundo dados divulgados pela Abal – Associação Brasileira de Latas, e pela Abralatas – Associação Brasileira dos Fabricantes de Latas de Alta Reciclabilidade, a performance brasileira atingiu a marca de 121,3 mil toneladas de latas de alumínio recicladas em 2004, que corresponde a cerca de 9 bilhões de latas no ano ou 25 milhões de latas por dia, ou ainda, mais de um milhão por hora.
As latas de alumínio são o carro-chefe da reciclagem. Em escala crescente, a cada ano, o reaproveitamento desse tipo de sucata tem levado o Brasil ao topo do ranking mundial desde 2001. Hoje, somente a etapa de coleta – a compra das latas usadas – injeta anualmente R$ 450 milhões na economia nacional, volume financeiro equivalente a empresas que estão entre as 500 maiores do país.
Esse resultado é fruto da conjugação de vários aspectos. O principal deles é o fato do país possuir um mercado de reciclagem já estabelecido em todas as suas regiões. Além disso, a facilidade na coleta, transporte e venda e o alto valor da sucata de alumínio, aliado à grande disponibilidade durante todo o ano estimularam a reciclagem das latas de alumínio para bebidas, provocando também mudanças no comportamento do consumidor.
Um dos principais fatores que mais contribui para o progresso da reciclagem é o engajamento da classe média. A mudança de comportamento da população atualmente impulsiona ainda mais esta atividade. Entre 2003 e 2004, a participação de condomínios e clubes na coleta de latas usadas cresceu de 10% para 19%. Outro dado relevante é o surgimento de cooperativas e associações de catadores em todo o país. A participação dessas entidades na coleta de latas de alumínio passou de 43% para 52% nos últimos quatro anos.
Com apenas 4 anos de atuação, o Reciclaço – programa criado pela Cia. Metallic Nordeste para dar um destino às latas de aço para bebidas pós-consumo da região, conseguiu elevar o índice de reciclagem das latas de aço para bebidas de 27% para 88% em 2004.
Durante o Carnaval deste ano foram coletadas cerca de 120 toneladas de sucata de lata de aço, o que representa um aumento de 25% em relação ao mesmo período de 2004.
Desde o início das atividades, o Reciclaço recolheu aproximadamente 33 mil toneladas de latas de aço para bebidas e cerca de 50 mil empregos diretos e indiretos estão envolvidos em suas atividades. Entre estes os sucateiros e seus empregados, os catadores de rua e membros de cooperativas de reciclagem.
O vidro também apresenta grandes benefícios frente à reciclagem. Com 1kg de matéria-prima virgem obtém-se 800 gramas de vidro ao passo que 1kg de caco resulta em 1kg de vidro.
A indústria vidreira garante a recompra de caco pelo valor da matéria-prima. Hoje são mais de 1.000 entidades, entre cooperativas e micro empresas, fornecendo à indústria o material, o que garante um índice de reciclagem de 44% no setor.
A Abividro
Entidade que congrega indústrias automatizadas de vidros do Brasil, em parceria com o Sebrae, lançaram a campanha “Seja um Parceiro 100%”. O projeto identifica e a Abivridro certifica os bares e restaurantes do Rio de Janeiro, São Paulo, Salvador, Fortaleza e Recife que assumirem compromisso com a reciclagem de vidro e de outros materiais recicláveis. O objetivo é incentivar a prática da coleta seletiva e o comprometimento do empresariado com a questão ambiental.
Os pontos-de-venda das cidades recebem material explicativo e um convite de cadastramento na Abividro ou no Sebrae. A Associação será responsável pelo treinamento e, posteriormente, por uma avaliação durante três meses das práticas dos estabelecimentos interessados em participar. Os aprovados receberão o certificado “100% Parceiro do Meio Ambiente”.
Por fim o Pet, cuja indústria tem investido muito nesta atividade. Em 2004, a Indústria Recicladora de Pet reprocessou 48% das embalagens pós-consumo, num total de 141.500 toneladas. O crescimento da reciclagem, entre 2002 e 2003, chegou a 35%. Para 2004, a previsão é de 173 mil toneladas recicladas.
Dezenas de indústrias processam o Pet pós-consumo, produzindo bens como embalagens para não-alimentícios, fibra de poliéster para indústria têxtil, mantas para obras de geotecnia, vassouras e escovas, cordas, produtos de uso doméstico, tubos para esgotamento predial, telhas, filmes, chapas, entre outras.
Abre
A Abre - Associação Brasileira de Embalagem, é uma entidade sem fins lucrativos, fundada em 1967 com o objetivo de representar os interesses da indústria de embalagem, fomentar as atividades deste setor bem como proporcionar ferramentas e estimular o constante aprimoramento das embalagens brasileiras.
A representatividade da Abre abrange toda a cadeia produtiva de embalagem, fornecedores de matérias-primas e insumos, convertedores de embalagem, agências de design e usuários de embalagem (fabricantes de produtos).
Fonte: O Documento
Entre os setores que mais se destacam em relação à reciclagem, estão os segmentos de alumínio, que recicla 95,7% da sua produção, o de papelão ondulado com 77,3%, as latas de aço em geral com 40% e 88% de latas de bebidas no Nordeste, o de vidro com 44% e o de PET com 48%.
Conforme levantamento publicado pelo Cempre - Compromisso Empresarial para a Reciclagem, a reciclagem no Brasil já acontece de maneira crescente, impulsionada pela atividade de catadores e por meio de iniciativas pontuais da sociedade civil.
Quando implementada a coleta seletiva em municípios pelo próprio poder público, de forma articulada e integrada com a sociedade e setor produtivo, ganhas-se escala e eficiência operacional. Segundo a entidade, nosso país conta com um parque industrial já instalado e capaz de reciclar os diferentes tipos de materiais de embalagens disponíveis no mercado.
Este segmento industrial processa esses materiais e vende para diversos setores como indústria automobilística, têxtil, construção civil, utensílios de plástico e até mesmo para o segmento de embalagens não alimentícias. Como os demais setores produtivos, a indústria recicladora necessita ter a sua eficiência operacional e econômica para se manter ativa e crescente, ganhando economia de escala.
No Brasil, o papelão ondulado, utilizado desde 1935 em nossos parques industriais, exibe taxas expressivas de reciclagem, consideradas uma das maiores do mundo. Historicamente, a reciclagem neste setor tem apresentado forte evolução: em 1992, foi de 68,2%, saltando para 71,6% em 1997 e, em 2001, chegou a 75%.
Este ciclo, que hoje atinge 77,3% das embalagens de papelão ondulado produzidas, alivia os aterros pela geração cada vez menor de resíduos sólidos, e propicia milhares e milhares de empregos diretos e indiretos em todas as suas fases – desde os catadores de aparas até a chegada dos produtos embalados às mãos dos consumidores.
No ano passado, os principais segmentos consumidores de embalagens de papelão ondulado foram os produtos alimentícios, com 35,9%, químicos e derivados, 9,2%, avicultura e fruticultura, 8,9%, bebidas e fumo com 5,9%, têxtil e vestuário, 3,8%, produtos farmacêuticos e perfumaria, 3%, metalurgia, 2,7%, eletro-eletrônicos, com 2,1% e outros 14,1%.
Em 2004, o Brasil bateu novamente o recorde mundial de reciclagem de latas de alumínio para bebidas, com índice de 95,7%, 6,7%, acima de sua marca anterior. Pelo quarto ano consecutivo, o país lidera o ranking mundial que inclui apenas os países em que a atividade não é obrigatória por lei, entre os quais, o Japão e os Estados Unidos, com 51%.
Segundo dados divulgados pela Abal – Associação Brasileira de Latas, e pela Abralatas – Associação Brasileira dos Fabricantes de Latas de Alta Reciclabilidade, a performance brasileira atingiu a marca de 121,3 mil toneladas de latas de alumínio recicladas em 2004, que corresponde a cerca de 9 bilhões de latas no ano ou 25 milhões de latas por dia, ou ainda, mais de um milhão por hora.
As latas de alumínio são o carro-chefe da reciclagem. Em escala crescente, a cada ano, o reaproveitamento desse tipo de sucata tem levado o Brasil ao topo do ranking mundial desde 2001. Hoje, somente a etapa de coleta – a compra das latas usadas – injeta anualmente R$ 450 milhões na economia nacional, volume financeiro equivalente a empresas que estão entre as 500 maiores do país.
Esse resultado é fruto da conjugação de vários aspectos. O principal deles é o fato do país possuir um mercado de reciclagem já estabelecido em todas as suas regiões. Além disso, a facilidade na coleta, transporte e venda e o alto valor da sucata de alumínio, aliado à grande disponibilidade durante todo o ano estimularam a reciclagem das latas de alumínio para bebidas, provocando também mudanças no comportamento do consumidor.
Um dos principais fatores que mais contribui para o progresso da reciclagem é o engajamento da classe média. A mudança de comportamento da população atualmente impulsiona ainda mais esta atividade. Entre 2003 e 2004, a participação de condomínios e clubes na coleta de latas usadas cresceu de 10% para 19%. Outro dado relevante é o surgimento de cooperativas e associações de catadores em todo o país. A participação dessas entidades na coleta de latas de alumínio passou de 43% para 52% nos últimos quatro anos.
Com apenas 4 anos de atuação, o Reciclaço – programa criado pela Cia. Metallic Nordeste para dar um destino às latas de aço para bebidas pós-consumo da região, conseguiu elevar o índice de reciclagem das latas de aço para bebidas de 27% para 88% em 2004.
Durante o Carnaval deste ano foram coletadas cerca de 120 toneladas de sucata de lata de aço, o que representa um aumento de 25% em relação ao mesmo período de 2004.
Desde o início das atividades, o Reciclaço recolheu aproximadamente 33 mil toneladas de latas de aço para bebidas e cerca de 50 mil empregos diretos e indiretos estão envolvidos em suas atividades. Entre estes os sucateiros e seus empregados, os catadores de rua e membros de cooperativas de reciclagem.
O vidro também apresenta grandes benefícios frente à reciclagem. Com 1kg de matéria-prima virgem obtém-se 800 gramas de vidro ao passo que 1kg de caco resulta em 1kg de vidro.
A indústria vidreira garante a recompra de caco pelo valor da matéria-prima. Hoje são mais de 1.000 entidades, entre cooperativas e micro empresas, fornecendo à indústria o material, o que garante um índice de reciclagem de 44% no setor.
A Abividro
Entidade que congrega indústrias automatizadas de vidros do Brasil, em parceria com o Sebrae, lançaram a campanha “Seja um Parceiro 100%”. O projeto identifica e a Abivridro certifica os bares e restaurantes do Rio de Janeiro, São Paulo, Salvador, Fortaleza e Recife que assumirem compromisso com a reciclagem de vidro e de outros materiais recicláveis. O objetivo é incentivar a prática da coleta seletiva e o comprometimento do empresariado com a questão ambiental.
Os pontos-de-venda das cidades recebem material explicativo e um convite de cadastramento na Abividro ou no Sebrae. A Associação será responsável pelo treinamento e, posteriormente, por uma avaliação durante três meses das práticas dos estabelecimentos interessados em participar. Os aprovados receberão o certificado “100% Parceiro do Meio Ambiente”.
Por fim o Pet, cuja indústria tem investido muito nesta atividade. Em 2004, a Indústria Recicladora de Pet reprocessou 48% das embalagens pós-consumo, num total de 141.500 toneladas. O crescimento da reciclagem, entre 2002 e 2003, chegou a 35%. Para 2004, a previsão é de 173 mil toneladas recicladas.
Dezenas de indústrias processam o Pet pós-consumo, produzindo bens como embalagens para não-alimentícios, fibra de poliéster para indústria têxtil, mantas para obras de geotecnia, vassouras e escovas, cordas, produtos de uso doméstico, tubos para esgotamento predial, telhas, filmes, chapas, entre outras.
Abre
A Abre - Associação Brasileira de Embalagem, é uma entidade sem fins lucrativos, fundada em 1967 com o objetivo de representar os interesses da indústria de embalagem, fomentar as atividades deste setor bem como proporcionar ferramentas e estimular o constante aprimoramento das embalagens brasileiras.
A representatividade da Abre abrange toda a cadeia produtiva de embalagem, fornecedores de matérias-primas e insumos, convertedores de embalagem, agências de design e usuários de embalagem (fabricantes de produtos).
Fonte: O Documento
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