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Notícias
22
nov
2005
(GERAL)
Setor de embalagens deve crescer até 3,5% em 2005
Resultado menor do que o projetado na primeira metade do ano leva fábricas a reverem crescimento O setor de embalagens refez os cálculos e baixou de 4,5% para entre 3% e 3,5% a projeção de crescimento para 2005. Boa parte da indústria brasileira de transformação encerrou o primeiro semestre com resultados inferiores às projeções iniciais de crescimento.
Com metas revistas, a expectativa é de que a sazonalidade tradicional da segunda metade do ano amplie os negócios. O setor de embalagens, um termômetro de desempenho da economia, refez os cálculos e baixou de 4,5% para entre 3% e 3,5% a projeção de crescimento para 2005, apesar dos números positivos de abril, quando houve expansão de 6,45% na produção. Segundo a Associação Brasileira de Embalagens (Abre), considerando o resultado de abril, o acumulado de 12 meses apresenta crescimento de 4,63%, o melhor percentual desde agosto de 1997, quando a expansão foi de 5,06%.
O presidente da Abre, Fábio Mestriner, atribui o bom resultado ao desempenho do ultimo semestre de 2004. O presidente da Associação Brasileira da Indústria de Embalagens Plásticas Flexíveis (Abief), Rogério Mani, disse que o segmento encerra o primeiro semestre muito abaixo das expectativas, com aumento de cerca de 2% nas vendas, o que levou os fabricantes a reverem metas que eram de 10% a 12% de crescimento para o ano, para um aumento de 5% em 2005.
O executivo informou que as exportações de transformados cresceram 20% no ano passado e a expectativa era de mais 30% neste ano. "Até agora está no empate", afirmou. "A renda está comprometida, o consumidor se endividou", disse. Aproximadamente 50% das vendas do setor são para a indústria alimentícia. Na indústria têxtil, os cálculos também já foram refeitos. No início do ano, a Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecções previa crescimento de 6% para o setor este ano, agora reduziu o índice pela metade e prevê 3%, informou o diretor, Fernando Pimentel. Ele estima em cerca de 2% o crescimento do primeiro semestre.
De acordo com o executivo, a contratação no setor, destacado empregador de mão-de-obra, ainda está maior do que as demissões, mas em ritmo menor. "Em maio comparado com o mesmo mês do ano passado, o número de contratações foi 20% menor". No caso da indústria têxtil e de confecções, além do juros e do dólar, a temperatura também não foi favorável. O inverno, até agora ameno, deixou as vendas da estação muito abaixo das expectativas otimistas com o bom desempenho do inverno de 2004, quando indústria e varejo desovaram estoques acumulados em três anos. Além disso, o setor têxtil briga com a importação desleal de produtos chineses.
Mas é o setor calçadista um dos que mais tem sofrido os efeitos da combinação juro alto e dólar baixo. O diretor executivo da Associação Brasileira das Indústrias de Calçados (Abicalçados), Heitor Klein, classificou como "péssimo" o primeiro semestre e prevê uma invasão de importados na segunda metade do ano. Até o final de maio a importação somou 7,5 milhões de pares, enquanto que em todo o ano passado as compras no mercado externo foram de 8 milhões de pares, disse Klein. "O volume de exportação caiu 10% nesse período. Deixamos de embarcar 10 milhões de pares. Mesmo que haja uma recuperação da taxa cambial nós perdemos este ano", afirmou Klein. O executivo estimou que as exportações ficarão em cerca de US$ 1,6 bilhão, ante o US$ 1,8 bilhão de 2004. "Mesmo uma reação no dólar só vai produzir algum resultado no próximo ano", avaliou.
O diretor administrativo e comercial da fábrica de calçados infantis Klin, Carlos Mestriner, considerou estagnado o primeiro semestre e se disse apreensivo com o desenrolar das questões políticas que acredita, uma hora vão afetar a economia. Em volume, as vendas foram mantidas em igual patamar, tanto no mercado interno quanto no externo, mas a custo de maiores gastos com distribuição e design e menores margens de lucro. Mestriner disse ter esperança de que a situação possa melhorar "desde que não aconteça uma desgraça na política". Já a diretora executiva da Associação Brasileira das Indústrias de Medicamentos Genéricos (Pró-Genéricos), Vera Valente, disse que o primeiro semestre foi positivo para os genéricos, chegando a surpreender. Isso porque a meta para 2005 é atingir 12% de market share, e apenas nos primeiros cinco meses do ano, já foi alcançado 11,31% de participação de mercado em volume de unidades. A executiva considera também boa a expectativa para o segundo semestre, apesar de não ser possível saber ainda se haverá reflexos da valorização do real e das denúncias de "mensalão".
O diretor geral para a América Latina da Imaje do Brasil, George Isleib, disse que o desempenho do seu setor - de codificação industrial - foi muito positivo, e o faturamento da empresa deve crescer 20% em relação ao registrado em 2004, de R$ 25 milhões. O executivo credita o sucesso à necessidade de modernização da indústria nacional. Segundo o presidente do Sindicato das Indústrias de Resinas Sintéticas do Estado de São Paulo (Siresp), José Ricardo Roriz Coelho, os cinco primeiros meses do ano foram aquém do esperado e planejado pelo setor petroquímico.
O executivo prevê, entretanto, um segundo semestre bem melhor para o setor. "O País vai entrar em um ciclo de maior demanda. A safra agrícola vai estimular a venda de uma quantidade maior de resinas termoplásticas, já que os produtos são embalados nos meses de junho, julho e agosto. O mercado de fertilizantes também começa a demandar mais nesse período." Segundo Roriz, que também é presidente da Polibrasil, a China, que passou dois meses com um volume baixo de compras, voltou a comprar nas última semanas, o que "já repercutiu nos preços dos petroquímicos".
Segundo o executivo, os preços do polipropileno na semana retrasada subiram, em média, de US$ 50 a US$ 60 a tonelada. Segundo o presidente-executivo da Associação Brasileira dos Fabricantes de Tintas (Abrafati), Dilson Ferreira, a demanda por tintas esteve abaixo do esperado no primeiro semestre e ficou próxima à do primeiro semestre do ano passado, que foi relativamente fraca. O setor, que esperava um crescimento no volume de vendas de cerca de 6% para este ano, revisou sua previsão para 4%. Para o segundo semestre, o executivo espera um cenário melhor em razão da diminuição ou interrupção do aumento da taxa de juros e do desempenho positivo da indústria automobilística.
Fonte: Gustavo Viana, Lourdes Rodrigues e Rita Karam (Gazeta Mercantil)
Com metas revistas, a expectativa é de que a sazonalidade tradicional da segunda metade do ano amplie os negócios. O setor de embalagens, um termômetro de desempenho da economia, refez os cálculos e baixou de 4,5% para entre 3% e 3,5% a projeção de crescimento para 2005, apesar dos números positivos de abril, quando houve expansão de 6,45% na produção. Segundo a Associação Brasileira de Embalagens (Abre), considerando o resultado de abril, o acumulado de 12 meses apresenta crescimento de 4,63%, o melhor percentual desde agosto de 1997, quando a expansão foi de 5,06%.
O presidente da Abre, Fábio Mestriner, atribui o bom resultado ao desempenho do ultimo semestre de 2004. O presidente da Associação Brasileira da Indústria de Embalagens Plásticas Flexíveis (Abief), Rogério Mani, disse que o segmento encerra o primeiro semestre muito abaixo das expectativas, com aumento de cerca de 2% nas vendas, o que levou os fabricantes a reverem metas que eram de 10% a 12% de crescimento para o ano, para um aumento de 5% em 2005.
O executivo informou que as exportações de transformados cresceram 20% no ano passado e a expectativa era de mais 30% neste ano. "Até agora está no empate", afirmou. "A renda está comprometida, o consumidor se endividou", disse. Aproximadamente 50% das vendas do setor são para a indústria alimentícia. Na indústria têxtil, os cálculos também já foram refeitos. No início do ano, a Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecções previa crescimento de 6% para o setor este ano, agora reduziu o índice pela metade e prevê 3%, informou o diretor, Fernando Pimentel. Ele estima em cerca de 2% o crescimento do primeiro semestre.
De acordo com o executivo, a contratação no setor, destacado empregador de mão-de-obra, ainda está maior do que as demissões, mas em ritmo menor. "Em maio comparado com o mesmo mês do ano passado, o número de contratações foi 20% menor". No caso da indústria têxtil e de confecções, além do juros e do dólar, a temperatura também não foi favorável. O inverno, até agora ameno, deixou as vendas da estação muito abaixo das expectativas otimistas com o bom desempenho do inverno de 2004, quando indústria e varejo desovaram estoques acumulados em três anos. Além disso, o setor têxtil briga com a importação desleal de produtos chineses.
Mas é o setor calçadista um dos que mais tem sofrido os efeitos da combinação juro alto e dólar baixo. O diretor executivo da Associação Brasileira das Indústrias de Calçados (Abicalçados), Heitor Klein, classificou como "péssimo" o primeiro semestre e prevê uma invasão de importados na segunda metade do ano. Até o final de maio a importação somou 7,5 milhões de pares, enquanto que em todo o ano passado as compras no mercado externo foram de 8 milhões de pares, disse Klein. "O volume de exportação caiu 10% nesse período. Deixamos de embarcar 10 milhões de pares. Mesmo que haja uma recuperação da taxa cambial nós perdemos este ano", afirmou Klein. O executivo estimou que as exportações ficarão em cerca de US$ 1,6 bilhão, ante o US$ 1,8 bilhão de 2004. "Mesmo uma reação no dólar só vai produzir algum resultado no próximo ano", avaliou.
O diretor administrativo e comercial da fábrica de calçados infantis Klin, Carlos Mestriner, considerou estagnado o primeiro semestre e se disse apreensivo com o desenrolar das questões políticas que acredita, uma hora vão afetar a economia. Em volume, as vendas foram mantidas em igual patamar, tanto no mercado interno quanto no externo, mas a custo de maiores gastos com distribuição e design e menores margens de lucro. Mestriner disse ter esperança de que a situação possa melhorar "desde que não aconteça uma desgraça na política". Já a diretora executiva da Associação Brasileira das Indústrias de Medicamentos Genéricos (Pró-Genéricos), Vera Valente, disse que o primeiro semestre foi positivo para os genéricos, chegando a surpreender. Isso porque a meta para 2005 é atingir 12% de market share, e apenas nos primeiros cinco meses do ano, já foi alcançado 11,31% de participação de mercado em volume de unidades. A executiva considera também boa a expectativa para o segundo semestre, apesar de não ser possível saber ainda se haverá reflexos da valorização do real e das denúncias de "mensalão".
O diretor geral para a América Latina da Imaje do Brasil, George Isleib, disse que o desempenho do seu setor - de codificação industrial - foi muito positivo, e o faturamento da empresa deve crescer 20% em relação ao registrado em 2004, de R$ 25 milhões. O executivo credita o sucesso à necessidade de modernização da indústria nacional. Segundo o presidente do Sindicato das Indústrias de Resinas Sintéticas do Estado de São Paulo (Siresp), José Ricardo Roriz Coelho, os cinco primeiros meses do ano foram aquém do esperado e planejado pelo setor petroquímico.
O executivo prevê, entretanto, um segundo semestre bem melhor para o setor. "O País vai entrar em um ciclo de maior demanda. A safra agrícola vai estimular a venda de uma quantidade maior de resinas termoplásticas, já que os produtos são embalados nos meses de junho, julho e agosto. O mercado de fertilizantes também começa a demandar mais nesse período." Segundo Roriz, que também é presidente da Polibrasil, a China, que passou dois meses com um volume baixo de compras, voltou a comprar nas última semanas, o que "já repercutiu nos preços dos petroquímicos".
Segundo o executivo, os preços do polipropileno na semana retrasada subiram, em média, de US$ 50 a US$ 60 a tonelada. Segundo o presidente-executivo da Associação Brasileira dos Fabricantes de Tintas (Abrafati), Dilson Ferreira, a demanda por tintas esteve abaixo do esperado no primeiro semestre e ficou próxima à do primeiro semestre do ano passado, que foi relativamente fraca. O setor, que esperava um crescimento no volume de vendas de cerca de 6% para este ano, revisou sua previsão para 4%. Para o segundo semestre, o executivo espera um cenário melhor em razão da diminuição ou interrupção do aumento da taxa de juros e do desempenho positivo da indústria automobilística.
Fonte: Gustavo Viana, Lourdes Rodrigues e Rita Karam (Gazeta Mercantil)
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