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Notícias

22
nov
2005
(GERAL)
Cresce produção brasileira de celulose
Venda de papel no mercado local caiu 4,9% em maio em comparação com o mesmo mês de 2004.

A produção brasileira de celulose cresceu 4,3% no período de janeiro a maio deste ano se comparada a igual intervalo de 2004, e somou 2,30 milhões de toneladas. Já no caso do papel, o crescimento foi menor, de 2,7%, para 3,46 milhões de toneladas, segundo dados preliminares da Associação Brasileira de Celulose e Papel (Bracelpa).

A venda de papel no mercado interno apresentou queda de 4,9% em maio em comparação com o mesmo mês do ano anterior. Com isso, as exportações do produto tiveram crescimento de 11,6% no mês. Em cinco meses as exportações de papel cresceram 2,5%, para 735,9 mil toneladas.

Mercado estagnado

No mercado interno, entretanto, a expansão foi menor. Considerando o resultado acumulado, a venda das fábricas no País cresceu 1,2%, para 1,95 milhão de toneladas. O desempenho foi considerado como um simples ajuste pelo presidente da Bracelpa, Osmar Elias Zogbi. "Não tem aumento de consumo", afirmou o executivo, que destacou também a perda de rentabilidade com a exportação.

"Se exportamos US$ 3,5 bilhões no ano e considerarmos uma defasagem cambial de 10%, estamos deixando de obter US$ 350 milhões, valor equivalente ao investimento em uma máquina de papel, que ao invés de estar na produção vai para as mãos do mercado especulativo", disse Zogbi. "Estamos sangrando empresas que deixam de fazer resultado".

O executivo informou que, neste ano, em função dos investimentos anteriores, a produção de celulose vai atingir 10,1 milhões de toneladas, ante 9,4 milhões de 2004. Dessas, 5,5 milhões de toneladas vão para o exterior. No ano passado foram exportadas 4,7 milhões de toneladas de celulose. Para o papel, Zogbi estima crescimento bem menor, com a produção passando das 8,2 milhões de toneladas para 8,5 milhões.

MP do Bem

Zogbi considerou, entretanto, importantes as medidas que o governo vem editando para desonerar as exportações. "Com a 'MP do Bem' novos investimentos para exportar ficam praticamente isentos de PIS e Cofins. Isso significa reduzir de 25% para 18% a carga tributária, um ganho importante", disse Zogbi, afirmando que a entidade trabalha agora para desonerar o custo do investimento também para venda interna.

Fonte: Rita Karam Gazeta Mercantil

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