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Notícias
22
nov
2005
(GERAL)
Demissões em massa forçam Governo a liberar ATPFs em Mato Grosso
A descoberta do esquema de corrupção em órgãos responsáveis pelas questões ambientais em Mato Grosso levou o Ibama a suspender a liberação das Autorizações para Transporte de Produtos Florestais, as chamadas ATPFs, que, ao longo dos anos, foram compradas e até falsificadas. O interventor do Ibama, Elielson Ayres, chegou a pensar na possibilidade de ver autorizada uma “moratória” no desmatamento por seis meses. Porém, a pressão das demissões e da crise econômica que vem se abatendo em vários municípios do Estado, com fortes impactos na arrecadação municipal e também do próprio Governo, vai forçar a retomada da atividade no Estado.
O quadro é grave nos dois sentidos. O desmatamento é intenso. Por outro lado, com as medidas pelo menos 40% de um universo de três mil trabalhadores do setor já foram demitidos. Isso representa cerca de 1.200 pessoas que perderam emprego nos últimos 15 dias nos municípios de Guarantã do Norte, Novo Mundo, Matupá, Peixoto de Azevedo, Nova Guarita e Terra Nova do Norte. Segundo o presidente da Associação dos Madeireiros Agostinho Fin (Brizola) a previsão é de mais demissões no setor. “O impasse provocado pelo Ibama está agravando a crise no setor” ponderou Fin.
Para pedir a liberação das ATPFs, na próxima segunda-feira haverá uma reunião na sede da Associação dos Municípios Mato-Grossenses (AMM), em Cuiabá, com o interventor do Ibama e pelo menos 40 prefeitos, mais representantes do sindicato dos madeireiros, da Assembléia Legislativa, Governo do Estado e Federação das Indústrias. Para o presidente do Sindicato das Indústrias Madeireiras do Nortão, Augusto Passos, até o dia 2 de julho, depois do encontro de Cuiabá, as empresas já possam voltar a operar.
De acordo com o presidente da Câmara dos Dirigentes Lojistas (CDL) de Alta Floresta, Valdemir Dobri, a crise já está afetando o comércio, visto que o capital de giro das empresas está acabando. Só não é maior porque embora o setor madeireiro seja representativo, o município tem ainda outras atividades como a pecuária (de leite e de corte), plantio de arroz a ainda a produção de pequenos produtores. "Aqui existem 30 madeireiras grandes e outras 70 pequenas. Algumas reduziram o número de empregados, mas esperamos que a situação seja resolvida logo", disse a prefeita Maria Izaura Dias Alfonso.
Já em Paranaíta, das 30 madeireiras, pelo menos a metade já fechou causando a demissão de 500 dos mil trabalhadores diretos. O setor é responsável por 30% da arrecadação do município e a crise provoca a diminuição de pelo menos R$ 180 mil mensais de uma arrecadação de R$ 600 mil. "O setor é responsável por 70% dos empregos. Com as demissões, chefes de família já estão na porta da prefeitura pedindo emprego ou cestas básicas", disse o prefeito, Pedro Alcântara, presente à reunião.
Esse período em que as indústrias estão paradas devido à falta de ATPFs, deve ser aproveitado também para repensar o setor, para calcular custos, demanda e preço de venda da madeira. Queremos ter competitividade e lucratividade", disse Passos, admitindo, também, que alguns empresários precisarão de empréstimos para se manter na atividade. "Estamos trabalhando para que essas pessoas retornem ao setor. Infelizmente pode ter alguma baixa. O próprio mercado internacional esta vivendo esse momento, que afeta outros segmentos. Estamos no meio da crise e daqui para o final talvez seja mais fácil", disse o presidente do Simenorte. Ele acredita que se o setor tiver pelo menos a liberação dos 20% que a Fema autoriza, haverá matéria-prima para atender não só o Nortão, mas o Estado inteiro.
Fonte: 24horasnews
O quadro é grave nos dois sentidos. O desmatamento é intenso. Por outro lado, com as medidas pelo menos 40% de um universo de três mil trabalhadores do setor já foram demitidos. Isso representa cerca de 1.200 pessoas que perderam emprego nos últimos 15 dias nos municípios de Guarantã do Norte, Novo Mundo, Matupá, Peixoto de Azevedo, Nova Guarita e Terra Nova do Norte. Segundo o presidente da Associação dos Madeireiros Agostinho Fin (Brizola) a previsão é de mais demissões no setor. “O impasse provocado pelo Ibama está agravando a crise no setor” ponderou Fin.
Para pedir a liberação das ATPFs, na próxima segunda-feira haverá uma reunião na sede da Associação dos Municípios Mato-Grossenses (AMM), em Cuiabá, com o interventor do Ibama e pelo menos 40 prefeitos, mais representantes do sindicato dos madeireiros, da Assembléia Legislativa, Governo do Estado e Federação das Indústrias. Para o presidente do Sindicato das Indústrias Madeireiras do Nortão, Augusto Passos, até o dia 2 de julho, depois do encontro de Cuiabá, as empresas já possam voltar a operar.
De acordo com o presidente da Câmara dos Dirigentes Lojistas (CDL) de Alta Floresta, Valdemir Dobri, a crise já está afetando o comércio, visto que o capital de giro das empresas está acabando. Só não é maior porque embora o setor madeireiro seja representativo, o município tem ainda outras atividades como a pecuária (de leite e de corte), plantio de arroz a ainda a produção de pequenos produtores. "Aqui existem 30 madeireiras grandes e outras 70 pequenas. Algumas reduziram o número de empregados, mas esperamos que a situação seja resolvida logo", disse a prefeita Maria Izaura Dias Alfonso.
Já em Paranaíta, das 30 madeireiras, pelo menos a metade já fechou causando a demissão de 500 dos mil trabalhadores diretos. O setor é responsável por 30% da arrecadação do município e a crise provoca a diminuição de pelo menos R$ 180 mil mensais de uma arrecadação de R$ 600 mil. "O setor é responsável por 70% dos empregos. Com as demissões, chefes de família já estão na porta da prefeitura pedindo emprego ou cestas básicas", disse o prefeito, Pedro Alcântara, presente à reunião.
Esse período em que as indústrias estão paradas devido à falta de ATPFs, deve ser aproveitado também para repensar o setor, para calcular custos, demanda e preço de venda da madeira. Queremos ter competitividade e lucratividade", disse Passos, admitindo, também, que alguns empresários precisarão de empréstimos para se manter na atividade. "Estamos trabalhando para que essas pessoas retornem ao setor. Infelizmente pode ter alguma baixa. O próprio mercado internacional esta vivendo esse momento, que afeta outros segmentos. Estamos no meio da crise e daqui para o final talvez seja mais fácil", disse o presidente do Simenorte. Ele acredita que se o setor tiver pelo menos a liberação dos 20% que a Fema autoriza, haverá matéria-prima para atender não só o Nortão, mas o Estado inteiro.
Fonte: 24horasnews
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