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Notícias

22
nov
2005
(GERAL)
Produção industrial fica menos concentrada
O parque industrial brasileiro, tradicionalmente concentrado no Estado de São Paulo, começa a se distribuir de forma um pouco mais igualitária pelo Brasil, segundo demonstra a Pesquisa Industrial Anual (PIA/Produto), realizada pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) com base em dados de 2003.

De acordo com o estudo, a participação paulista no faturamento industrial brasileiro caiu 3,9 pontos percentuais entre 2000 e 2003, chegando à parcela de 42,5% do total nacional, com R$ 313,348 bilhões de receitas.

Por outro lado, estados que ocupam posições de destaque nesta lista aumentaram sua representatividade no período, como o Paraná, quinto colocado do ranking, que apresentou alta de 1,3 ponto percentual e passou a responder por 7,2% do faturamento industrial do País, com R$ 52,836 bilhões em receitas. O mesmo ocorreu no Rio de Janeiro, cuja participação cresceu 0,8 ponto percentual em três anos, o suficiente para mantê-lo em quarto lugar, com 7,4% do valor nacional e faturamento de R$ 54,454 bilhões.

Vale dizer que o segundo colocado no ranking brasileiro é Minas Gerais, onde a indústria gerou R$ 73,48 bilhões em 2003, cifra equivalente a 10% do total do Brasil e que representa alta de 0,1 ponto percentual sobre o ano 2000. O terceiro lugar da lista fica com o Rio Grande do Sul (R$ 64,615 bilhões), que tem 8,8% das receitas industriais do País, mesmo percentual de 2000.

Bens intermediários têm metade das receitas industriais

A mesma pesquisa do IBGE também apurou a representatividade de cada um dos setores industriais em 2003, constatando que os bens intermediários, dos quais fazem parte matérias-primas e insumos, continuam responsáveis pela grande maioria da produção brasileira. No ano, a participação da categoria cresceu 3,9% diante de 2000 e alcançou 58,8% de todo o faturamento industrial do Brasil. Esta evolução decorre dos aumentos das exportações, nas quais têm muito peso os itens semimanufaturados, e da produção interna de petróleo e derivados.

Impulsionado pelas vendas ascendentes de automóveis, eletroeletrônicos e celulares, a categoria de bens de consumo duráveis também aumentou sua representatividade entre 2000 e 2003. Com alta de 0,2 ponto percentual, o setor passou a responder por 8,2% das vendas industriais.

Em contrapartida, os bens de consumo semiduráveis e não duráveis (vestuário, alimentos, bebidas) e os bens de capital (máquinas e equipamentos) perderam participação no período, ficando com 22,2% e 7,4% das receitas, respectivamente.

Óleo diesel é o produto mais vendido do Brasil

As vendas da produção industrial brasileira renderam R$ 738 bilhões ao setor em 2003, o que significa incremento de 71,22% sobre o ano 2000. Cerca da metade deste valor (52,6%) foi proveniente da comercialização dos 100 produtos mais vendidos pelas fábricas instaladas no País.

De acordo com a pesquisa do IBGE, o óleo diesel liderou esta lista, com receita de R$ 26,9 bilhões, originadas, sobretudo, nos estados de São Paulo, Paraná e Bahia. Na segunda posição, ficaram os automóveis entre 1.500 e 3.000 cilindradas, responsáveis por um faturamento de 19,9 bilhões. Novamente, o setor paulista se destaca nesta categoria. O terceiro posto coube à gasolina, cujas vendas geraram R$ 13,4 bilhões.

Os demais primeiros lugares entre os produtos mais comercializados no Brasil foram: minérios de ferro beneficiados (4º), automóveis de 1.000 cilindradas (5º), telefones celulares (6º), açúcar cristal (7º), adubos ou fertilizantes (8º), óleo combustível (9º) e cervejas e chopes (10º).

O estudo do IBGE considerou 15,2 mil empresas, que informaram sobre 3,5 mil itens produzidos em aproximadamente 20 mil plantas industriais.

Fonte: Eduardo Barros (InfoMoney)

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