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Notícias

22
nov
2005
(GERAL)
Brasil deve aumentar exportações para Colômbia
Os presidentes Lula e Uribe devem abrir a rodada de negócios em Bogotá, sexta-feira. Empresários do Brasil e Colômbia realizam nesta próxima sexta-feira, dia 27, em Bogotá, capital colombiana, uma rodada de negócios com o objetivo de ampliar a balança comercial entre os dois países, hoje considerada irrisória, de apenas US$ 1,2 bilhão em 2004 - o quarto pior resultado entre os latino-americanos, à frente apenas da corrente de negócios entre Peru (US$ 981 milhões), Equador (US$ 575 milhões) e Cuba (US$ 177 milhões).

O abertura do encontro empresarial, marcado para as 9h30, deve contar com a presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em visita oficial àquele país, a convite do presidente colombiano, Álvaro Uribe."Muito mais que uma rodada de negócios, o encontro visa estabelecer um contato definitivo entre empresários e governos do país líder da Comunidade Andina com o país líder do Mercosul", diz María Elvira Pombo, diretora do escritório em São Paulo do Proexport, instituição de promoção do comércio exterior e dos investimentos da Colômbia.

Batizado de "2º Encontro de Negócios Brasil-Colômbia: Comércio e Investimentos, o evento tinha, até a sexta-feira passada, 249 exportadoras inscritas (223 colombianas e 26 brasileiras) e 143 companhias importadoras (60 nacionais e 83 da Colômbia). "A expectativa é de que o encontro resulte em 900 contatos de negócios, com faturamento 20% superiores aos da primeira rodada", diz María.

A rodada de 2004, ocorrida em São Paulo, gerou US$ 17 milhões em seis meses de negociação entre importadores brasileiros e exportadores colombianos. Segundo María, o governo da Colômbia quer também, a partir desta rodada de negócios, tentar diminuir "o enorme desequilíbrio" existente nas transações comerciais entre os dois países, hoje largamente favorável ao Brasil. "Queremos ativar o comércio bilateral, mas também mostrar que temos condições de diminuir o grande déficit atual", afirma a diretora do Proexport.

Enquanto o Brasil exportou para o mercado colombiano o equivalente a US$ 1 bilhão em 2004 , a Colômbia arrecadou apenas US$ 143,2 milhões (0,23% de participação nas compras totais brasileiras). O resultado permitiu um superávit comercial ao Brasil de US$ 895 milhões. No entanto, María prefere destacar o aumento de 45% nas vendas para o mercado brasileiro em 2004, em relação a 2003, e o crescimento de 38% nos embarques nacionais ao país andino. "Os números mostram que as relações entre os dois países vêm se fortalecendo", ressaltou.

Potencial para avançar

Na avaliação da diretora, as atividades industriais do Brasil e Colômbia são similares e, "para conquistar uma maior fatia nas compras brasileiras", é preciso explorar melhor os nichos de mercado, como o "de óleos e gorduras (matéria-prima utilizada pelas empresas de alimentos e de sabão), de produtos químicos e o de insumos para confecção (bordados)". Na lista dos setores colombianos mais vendidos atualmente ao Brasil e que têm potencial de avançar ainda mais no mercado nacional, destaque para os combustíveis, flores, vestuários, papelaria, plásticos, produtos químicos e materiais fotográficos e cirúrgicos.

Já o Brasil espera elevar as exportações para a Colômbia de produtos com combustíveis, celular, tecidos de algodão, papel e celulose, borracha, máquinas, veículos e aeronaves. Na busca para reforçar o seu comércio com o Brasil, María ainda destaca as ações ligadas ao turismo, um setor que estava "adormecido" na Colômbia até o ano passado, e que começou a ganhar força a partir deste ano, com a decisão governamental de transferir para o Proexport a responsabilidade de promover o país andino. "O turismo serve como um dos grandes facilitadores para a realização de negócios e o Brasil está entre os países prioritários no desenvolvimento das nossas ações promocionais", afirma María. A partir de agosto, o Proexport inicia campanha no Brasil para aumentar o fluxo de brasileiros em território colombiano, com anúncios em jornais e revistas , entre outras ações.

Fonte: Denis Cardoso (Gazeta Mercantil)

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