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Notícias

22
nov
2005
(GERAL)
Cresce cultivo terceirizado de florestas
A terceirização no plantio de florestas deverá chegar a 30% em dez anos, prevê o presidente da Associação Brasileira de Produtores de Florestas Plantadas (Abraf), Carlos Aguiar. A participação média atual é de 10% e tende a alcançar 15% em 2005. A Aracruz Celulose produz 85% da madeira que consome e compra o restante de 2,5 mil produtores.

"A tendência de aumento da terceirização deve-se ao custo de capital muito alto para investir em ativos imobilizados. Precisamos também vencer as barreiras que existem contra o eucalipto. A inclusão de novos produtores contribui para reduzir a pressão sobre o plantio", contou Aguiar, que também é presidente da Aracruz.

O plantio por produtores terceirizados ocorre, principalmente, em Minas Gerais, no Espírito Santo e sul da Bahia. As grandes empresas fornecem assistência técnica e mudas.

Segundo o presidente da Abraf, o custo da madeira comprada de florestas situadas em longas distâncias pode superar o da matéria-prima obtida a partir de aportes das empresas nas próprias florestas, em função dos gastos com transporte. "Não adianta doar a muda e ir buscar a madeira a 500 quilômetros de distância", disse.

O custo médio de produção da tonelada de celulose pela Aracruz é de US$ 150, sendo a madeira responsável por US$ 70 do total. Os desembolsos anuais para o desenvolvimento tecnológico programado pela empresa somam US$ 4 milhões. Atualmente, a Aracruz cultiva mais de 100 variedades de plantas clonadas e faz uso comercial de 30 delas.

O presidente da Abraf estima que o déficit de madeira no País seja de 200 mil hectares por ano, ante a produção anual de 500 mil a 600 mil hectares. A importação de madeira dos países do Mercosul tem sido a saída para atender à demanda de setores como indústria moveleira dos estados do Sul. O déficit atinge também fabricantes de carvão vegetal, em Minas Gerais, e produtores de grãos que utilizam madeira no processo de secagem.

De acordo com o secretário de Estado de Meio Ambiente de Minas Gerais, José Carlos de Carvalho, a maior participação de pequenos e médios produtores no segmento de florestas plantadas pode contribuir para a redução desse déficit de madeira.

Fonte: Gazeta Mercantil

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Jooble Neuvoo