Voltar

Notícias

22
nov
2005
(GERAL)
Falta de vistoria do IBAMA paralisa parte da atividade Florestal no Paraná
Empresas do setor de florestas plantadas paranaenses declaram que há 4 meses todos os pedidos enviados ao IBAMA - Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis para vistoria e autorização de corte em áreas de florestas plantadas estão ficando sem resposta. A justificativa para a paralisação seria a falta de recursos para a equipe técnica sair a campo.

Sem a vistoria o setor que segundo informações da APRE - associação de empresas de Base Florestal, responde por 8% do PIB do Paraná, contribuindo com 12% da exportação fica paralisado e causa prejuízos a um total de 500 serrarias e mais de 1200 indústrias de móveis, papel, celulose e aglomerados que são abastecidos por uma área plantada de florestas de cerca de 850 mil hectares.

Para Roberto Gava, presidente executivo da Apre - Associação de Empresas de base Florestal - associação representativa do setor de reflorestamento, a vinculação do segmento com o Ministério do Meio Ambiente impede maior crescimento da atividade. "Vinculados ao Ministério do Meio Ambiente, cuja inteligência está aplicada a conservação, os projetos e leis apresentados nesta área sofrem retardamento e prejudicam, o crescimento do setor que já é um dos que mais geram empregos no País." acredita.

Segundo Nilton Melquíades - coordenador do setor de plano de corte do IBAMA/PR dos 850 mil hectares de florestas plantadas do Paraná, 300 mil estão sob a tutela do instituto e destes de 15 a 20 mil receberão prioridade por se tratar de áreas com a presença de Araucária ( araucária angustifolia). "O Ibama está dando ênfase a Araucária e apenas estes reflorestamentos estão com o corte suspenso".

Valdeci Raimundo superintendente substituto do IBAMA/PR declara que hoje, 60 pedidos para autorização de corte esperam pela liberação concedida pelo órgão. Valdeci explica que o IBAMA/PR vai vistoriar apenas os projetos de reflorestamentos de araucárias em cumprimento a uma deliberação do Ministério do Meio Ambiente e com o objetivo de coibir práticas irregulares. "A vistoria é necessária porque algumas vezes os projetos previam corte de florestas plantadas mas o desmate era feito em áreas de florestas nativas".

Tanto Valdeci quanto Nilton afirmaram que um atraso no repasse de recursos vindos de Brasília teria ocasionado a demora no serviço. Segundo Valdeci a expectativa é de que já esta semana uma equipe composta por 5 técnicos visitem e vistoriem as áreas e a situação se regularize. "No máximo em 15 dias os laudos devem estar prontos", promete.

Fonte: ambientebrasil.

Fonte:

Jooble Neuvoo