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Notícias

22
nov
2005
(GERAL)
Indústria de móveis do Acre vive novo momento
Em parceria com o Banco da Amazônia, a Suframa e o Sebrae, o governo do Estado oficializou na manhã de ontem a instalação do Pólo Moveleiro no Distrito Industrial de Rio Branco. De acordo com o governo, o pólo foi criado para dar apoio aos pequenos industriais ligados à produção de móveis. Os 12 empresários beneficiados pelo projeto terão estrutura suficiente para produzir móveis com designer diferenciado e preço competitivo no mercado interno e externo. A intenção do governo é tornar o Acre uma referência nacional na produção moveleira de alto valor agregado. O contrato de financiamento das empresas com o Banco da Amazônia será no valor de R$ 1,8 milhões. Cada estabelecimento receberá cerca de R$ 154 mil.

"A instalação desse espaço é mais um sonho que se realiza neste governo. Essa conquista é o resultado de muitas parcerias, que sempre tiveram o desejo de ver o pólo moveleiro revitalizado. A nossa idéia é fazer do Distrito Industrial um marco de desenvolvimento e geração de renda", disse o governador Jorge Viana durante a cerimônia de instalação do pólo. "Estamos dando agora um endereço referencial para o setor moveleiro no Estado, e isso é apenas o começo. Esse projeto ainda vai se expandir muito", complementou.

O governador Jorge Viana afirmou que a criação do Pólo Moveleiro só foi possível graças à "quebra de paradigmas". Jorge Viana disse que foram criados novos mecanismos de financiamento para atender o setor. "Antigamente, o governo cedia o terreno para a construção de projetos mas não viabilizava o crédito. Ou quando tinha o crédito, não havia por parte do governo uma decisão política para beneficiar a produção", explicou Viana. "Agora é diferente. O Basa e o governo do Estado criaram novas regras para a linha de crédito, que já estão sendo até copiadas em outros Estados do país. Com esse novo mecanismo, o dinheiro poderá ser emprestado para quem não tem capital mas tem conhecimento e experiência. É o oposto do que se fazia antigamente, quando só conseguia crédito quem tinha dinheiro para dar como garantia", disse o governador.

Estrutura - O novo Pólo Moveleiro contará com duas estufas para secagem de madeira com capacidade total para 100 metros cúbicos do produto, além de um local para a "afiação" das peças que será feita com maquinário de tecnologia alemã, já disponível no pólo. De acordo com o governo do Estado, haverá também uma "incubadora de empresas" e gerenciamento de negócios, caso os empresários tenham necessidade de fazer estudos de mercado específico para os produtos. "Os móveis terão uma qualidade padrão. Posso dizer que as empresas instaladas aqui estarão na sala vip do setor. Esse projeto representa o esforço de anos e anos de várias instituições e da iniciativa privada também", disse o secretário de planejamento e desenvolvimento do Estado, Gilberto Siqueira.

Segundo o presidente do Sindicato da Indústria de Móveis do Estado (Sindmóveis), Francisco José da Silva Loureiro, será disponibilizada uma área específica para a elaboração de móveis com designer diferenciado para os pequenos industriários do pólo. "Vamos fazer uma produção em escala, que é muito mais eficiente e rentável. Já chegamos a perder encomendas por não poder atender a todos os pedidos. A idéia agora é criar uma cooperativa entre as empresas, para que possamos uniformizar a produção e atender o mercado externo", disse o presidente do sindicato, ao afirmar que o setor moveleiro do Acre estava praticamente extinto. "Este governo reacendeu a nossa esperança. Acho que daqui a quatro meses as empresas já estarão produzindo", declarou.

As 12 empresas terão uma área de 800 metros quadrados ao lado do pólo para a construção de galpões. "O galpão será uma espécie de fábrica de móveis de fino acabamento", disse o secretário de floresta, Carlos Ovídio, ao enfatizar que o Pólo Moveleiro será a "base de organização do setor madeireiro em Rio Branco".

A expectativa com o Pólo Moveleiro é que o faturamento do setor aumente em 30%, e a geração de emprego dobre no prazo de um ano.

Fonte: A Gazeta – AC – 04/04/2005

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Jooble Neuvoo