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Notícias
22
nov
2005
(GERAL)
PA terá investimentos de US$ 3 bi até 2008
Nos próximos três anos, pelo menos US$ 3 bilhões serão investidos no Pará em nove empreendimentos cujos detalhes foram apresentados semana passada, durante um workshop do Programa de Desenvolvimento de Fornecedores (PDF), coordenado pela Federação das Indústrias do Pará (Fiepa).
O evento procura discutir as oportunidades de negócios que grandes investimentos podem representar para as empresas paraenses. Mas existem ainda perspectivas de maiores aportes para os anos seguintes, como o que foi anunciado durante o evento pela Jarí Celulose.
Além de concluir a ampliação de sua capacidade de produção das atuais 360 mil toneladas anuais de celulose para 450 mil toneladas até 2007, a empresa já planeja investir em torno de US$ 1 bilhão em uma nova linha de produção a partir de 2011, com capacidade de produção de mais 800 mil toneladas anuais.
Desde que iniciou sua nova fase, em junho de 2004, o PDF do Pará tem conseguido importantes avanços. Em quatro meses, a partir de novembro do ano passado, por exemplo, um trabalho realizado pelo programa, de apoio às indústrias de confecções do estado, conseguiu ampliar de 10% para 20% a participação do setor nas compras de uniformes industriais das grandes empresas.
O workshop foi aberto com a formalização do ingresso de mais três empresas mantenedoras do PDF - Alcoa, Camargo Correa Metais e a Schincariol -, que assinaram o termo de adesão. As companhias se unem a Albras, Alunorte, Celpa, Companhia Vale do Rio Doce, Imerys RCC, Mineração Rio do Norte e Pará Pigmentos.
Plano de ação
O presidente da Fiepa, Danilo Remor, afirma que as grandes empresas compradoras do PDF adquirem atualmente no estado 42% de suas necessidades de bens e serviços. Hoje, o PDF possui 349 empresas cadastradas, com 169 visitas técnicas já realizadas à essas empresas.
Para aumentar a participação das companhias locais nas compras das grandes empresas, Remor diz que está sendo desenvolvido um plano de ação que envolve os setores de construção civil e metal mecânico. "Almejamos ter uma participação maior e melhor nos projetos de investimentos e nas expansões desses segmentos, ainda considerados como muito tímidos", afirma o executivo.
Segundo o dirigente da Fiepa, essa é uma opção estratégica, pois como são consideradas as indústrias de base que mais geram empregos. As oportunidades de negócios para esses dois setores, se concretizadas, atrairão outros segmentos, como o de serviços, além de comércio e projetos.
Outro dado citado por Remor foi de que 75% das empresas fornecedoras cadastradas no PDF são micro e pequenas. O executivo explica que ainda neste ano o programa de desenvolvimento de fornecedores receberá adesões da Mineração Onça Puma, Jarí Celulose, Cadam, Ferro Gusa Carajás, Cosipar/Usipar.
Remor informa ainda que o próximo workshop do PDF será realizado no início do segundo semestre deste ano e abordará os projetos Alumina Brasil China, Níquel do Vermelho e o Cobre, todos pertencentes à Companhia Vale do Rio Doce.
David Leal, coordenador do PDF, diz que quanto mais negócios os fornecedores paraenses conseguirem fechar com grandes compradores, melhor para o estado, já que serão gerados mais empregos.
O diretor financeiro e de infra-estrutura da Jarí Celulose, Jorge Salomão, fez um breve histórico sobre os investimentos feitos pelo Grupo Orsa, desde que assumiu o empreendimento em 2000, quando a empresa se encontrava em situação pré-falimentar. Hoje, depois de negociar todas as dívidas e ter investido pouco mais de US$ 100 milhões até o ano passado, a empresa está financeiramente saudável.
Investimentos no Pará
Para 2005 a empresa programa investir US$ 12 milhões na planta industrial e US$ 14 milhões na área de floresta. Nos próximos três anos, os aportes na ampliação de sua capacidade de produção deverá chegar a algo em torno de US$ 35 milhões.
Jorge Salomão explicou que o projeto de implantação de uma nova linha de produção só começará em 2011 porque há necessidade de ampliar o plantio de árvores para abastecer a nova unidade, o que leva em torno de seis anos. O executivo calcula que serão necessários mais 150 mil hectares de florestas, além das 50 mil hoje existentes.
Salomão falou ainda do potencial de compra de produtos e serviços que existe na cidade de Monte Dourado, com cerca de 10 mil habitantes, sem contar com os 50 mil em Laranjal do Jarí, do outro lado do rio Jarí. "Quem decidir apostar agora nesse potencial, vai lucrar muito com a nossa nova linha de produção".
Outros dois grandes investimentos que estão sendo feitos no Pará e que foram detalhados no workshop de ontem do PDF foram os da Alcoa, em Juruti, e da Mineração Onça Puma, em Ourilândia do Norte e Tucumã.
O Projeto Juruti representa um investimento de US$ 350 milhões para a implantação do processo de extração de bauxita (de 6 a 10 milhões de toneladas anuais), devendo chegar a US$ 1,2 bilhão com a produção de alumina, base para a fabricação do alumínio.
Uma futura planta de produção do alumínio ainda depende da solução que a Alcoa encontrará para questão da oferta de energia. Uma das possibilidades é a empresa investir na construção da hidrelétrica de Belo Monte, no rio Xingu.
Por meio da Omnia Mineração, a Alcoa realiza desde 2001 prospecção e pesquisas minerais no subsolo da região para avaliar o potencial das jazidas e a viabilidade econômica e ambiental do empreendimento. A reserva engloba cinco áreas: platô Central, Central Sul, Mauari, Guaraná e Capiranga, todos no município de Juruti. A previsão é de que a produção comece em 2008.
As reservas de bauxita existentes em Juruti são estimadas em 350 milhões de toneladas - o Pará possui cerca de 2 bilhões de toneladas, incluindo as reservas já medidas em Trombetas e Paragominas, e as reservas brasileiras são calculadas em 5,9 bilhões de toneladas.
O Projeto Juruti está no momento na fase de obtenção da licença prévia, tendo realizado há uma semana uma audiência pública em Juruti, com cerca de 6 mil pessoas. As próximas deverão ser realizadas no dia 8 de abril, em Santarém, e dia 15 do mesmo mês, em Belém. A empresa espera iniciar a implantação do empreendimento a partir do início do segundo semestre deste ano.
Produção de níquel
Com relação à Mineração Onça Puma - empresa do grupo canadense Canico -, a companhia conclui neste mês o estudo de viabilidade econômica do projeto que vai transformar o Pará no maior produtor de níquel do Brasil e um dos maiores do mundo.
A previsão de investimento é para US$ 750 milhões para a implantação de uma linha de produção e de US$ 1,2 bilhão para duas linhas. A primeira deve entrar em operação no primeiro semestre de 2007 e a segunda até 2010.
Em julho deste ano, um novo empreendimento da Companhia Vale do Rio Doce começa a operar no setor mineral, o da Ferro Gusa Carajás (FGC), um investimento de US$ 91,7 milhões em associação com a norte-americana Nucor para a produção de ferro-gusa em Marabá.
Ainda foram apresentadas explanações sobre o projeto Luz para Todos da Celpa, a prestação de serviço da Camargo Correa Metais, a fábrica de cervejas e refrigerantes da Schincariol em Benevides, os empreendimentos de caulim da Cadam e da Pará Pigmentos e a implantação da siderurgia da Cosipar/Usipar em Barcarena.
Fonte: Celulose Online - 21/03/2005
O evento procura discutir as oportunidades de negócios que grandes investimentos podem representar para as empresas paraenses. Mas existem ainda perspectivas de maiores aportes para os anos seguintes, como o que foi anunciado durante o evento pela Jarí Celulose.
Além de concluir a ampliação de sua capacidade de produção das atuais 360 mil toneladas anuais de celulose para 450 mil toneladas até 2007, a empresa já planeja investir em torno de US$ 1 bilhão em uma nova linha de produção a partir de 2011, com capacidade de produção de mais 800 mil toneladas anuais.
Desde que iniciou sua nova fase, em junho de 2004, o PDF do Pará tem conseguido importantes avanços. Em quatro meses, a partir de novembro do ano passado, por exemplo, um trabalho realizado pelo programa, de apoio às indústrias de confecções do estado, conseguiu ampliar de 10% para 20% a participação do setor nas compras de uniformes industriais das grandes empresas.
O workshop foi aberto com a formalização do ingresso de mais três empresas mantenedoras do PDF - Alcoa, Camargo Correa Metais e a Schincariol -, que assinaram o termo de adesão. As companhias se unem a Albras, Alunorte, Celpa, Companhia Vale do Rio Doce, Imerys RCC, Mineração Rio do Norte e Pará Pigmentos.
Plano de ação
O presidente da Fiepa, Danilo Remor, afirma que as grandes empresas compradoras do PDF adquirem atualmente no estado 42% de suas necessidades de bens e serviços. Hoje, o PDF possui 349 empresas cadastradas, com 169 visitas técnicas já realizadas à essas empresas.
Para aumentar a participação das companhias locais nas compras das grandes empresas, Remor diz que está sendo desenvolvido um plano de ação que envolve os setores de construção civil e metal mecânico. "Almejamos ter uma participação maior e melhor nos projetos de investimentos e nas expansões desses segmentos, ainda considerados como muito tímidos", afirma o executivo.
Segundo o dirigente da Fiepa, essa é uma opção estratégica, pois como são consideradas as indústrias de base que mais geram empregos. As oportunidades de negócios para esses dois setores, se concretizadas, atrairão outros segmentos, como o de serviços, além de comércio e projetos.
Outro dado citado por Remor foi de que 75% das empresas fornecedoras cadastradas no PDF são micro e pequenas. O executivo explica que ainda neste ano o programa de desenvolvimento de fornecedores receberá adesões da Mineração Onça Puma, Jarí Celulose, Cadam, Ferro Gusa Carajás, Cosipar/Usipar.
Remor informa ainda que o próximo workshop do PDF será realizado no início do segundo semestre deste ano e abordará os projetos Alumina Brasil China, Níquel do Vermelho e o Cobre, todos pertencentes à Companhia Vale do Rio Doce.
David Leal, coordenador do PDF, diz que quanto mais negócios os fornecedores paraenses conseguirem fechar com grandes compradores, melhor para o estado, já que serão gerados mais empregos.
O diretor financeiro e de infra-estrutura da Jarí Celulose, Jorge Salomão, fez um breve histórico sobre os investimentos feitos pelo Grupo Orsa, desde que assumiu o empreendimento em 2000, quando a empresa se encontrava em situação pré-falimentar. Hoje, depois de negociar todas as dívidas e ter investido pouco mais de US$ 100 milhões até o ano passado, a empresa está financeiramente saudável.
Investimentos no Pará
Para 2005 a empresa programa investir US$ 12 milhões na planta industrial e US$ 14 milhões na área de floresta. Nos próximos três anos, os aportes na ampliação de sua capacidade de produção deverá chegar a algo em torno de US$ 35 milhões.
Jorge Salomão explicou que o projeto de implantação de uma nova linha de produção só começará em 2011 porque há necessidade de ampliar o plantio de árvores para abastecer a nova unidade, o que leva em torno de seis anos. O executivo calcula que serão necessários mais 150 mil hectares de florestas, além das 50 mil hoje existentes.
Salomão falou ainda do potencial de compra de produtos e serviços que existe na cidade de Monte Dourado, com cerca de 10 mil habitantes, sem contar com os 50 mil em Laranjal do Jarí, do outro lado do rio Jarí. "Quem decidir apostar agora nesse potencial, vai lucrar muito com a nossa nova linha de produção".
Outros dois grandes investimentos que estão sendo feitos no Pará e que foram detalhados no workshop de ontem do PDF foram os da Alcoa, em Juruti, e da Mineração Onça Puma, em Ourilândia do Norte e Tucumã.
O Projeto Juruti representa um investimento de US$ 350 milhões para a implantação do processo de extração de bauxita (de 6 a 10 milhões de toneladas anuais), devendo chegar a US$ 1,2 bilhão com a produção de alumina, base para a fabricação do alumínio.
Uma futura planta de produção do alumínio ainda depende da solução que a Alcoa encontrará para questão da oferta de energia. Uma das possibilidades é a empresa investir na construção da hidrelétrica de Belo Monte, no rio Xingu.
Por meio da Omnia Mineração, a Alcoa realiza desde 2001 prospecção e pesquisas minerais no subsolo da região para avaliar o potencial das jazidas e a viabilidade econômica e ambiental do empreendimento. A reserva engloba cinco áreas: platô Central, Central Sul, Mauari, Guaraná e Capiranga, todos no município de Juruti. A previsão é de que a produção comece em 2008.
As reservas de bauxita existentes em Juruti são estimadas em 350 milhões de toneladas - o Pará possui cerca de 2 bilhões de toneladas, incluindo as reservas já medidas em Trombetas e Paragominas, e as reservas brasileiras são calculadas em 5,9 bilhões de toneladas.
O Projeto Juruti está no momento na fase de obtenção da licença prévia, tendo realizado há uma semana uma audiência pública em Juruti, com cerca de 6 mil pessoas. As próximas deverão ser realizadas no dia 8 de abril, em Santarém, e dia 15 do mesmo mês, em Belém. A empresa espera iniciar a implantação do empreendimento a partir do início do segundo semestre deste ano.
Produção de níquel
Com relação à Mineração Onça Puma - empresa do grupo canadense Canico -, a companhia conclui neste mês o estudo de viabilidade econômica do projeto que vai transformar o Pará no maior produtor de níquel do Brasil e um dos maiores do mundo.
A previsão de investimento é para US$ 750 milhões para a implantação de uma linha de produção e de US$ 1,2 bilhão para duas linhas. A primeira deve entrar em operação no primeiro semestre de 2007 e a segunda até 2010.
Em julho deste ano, um novo empreendimento da Companhia Vale do Rio Doce começa a operar no setor mineral, o da Ferro Gusa Carajás (FGC), um investimento de US$ 91,7 milhões em associação com a norte-americana Nucor para a produção de ferro-gusa em Marabá.
Ainda foram apresentadas explanações sobre o projeto Luz para Todos da Celpa, a prestação de serviço da Camargo Correa Metais, a fábrica de cervejas e refrigerantes da Schincariol em Benevides, os empreendimentos de caulim da Cadam e da Pará Pigmentos e a implantação da siderurgia da Cosipar/Usipar em Barcarena.
Fonte: Celulose Online - 21/03/2005
Fonte:
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