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Notícias
22
nov
2005
(GERAL)
Marcenarias conquistam com peças personalizadas
As grandes fabricantes de móveis nem sempre se adequam às necessidades do público consumidor mais exigente, que prefere mobiliar a casa com peças feitas sob medida. Por isso abrir uma marcenaria, que atenda os clientes de forma personalizada, pode ser uma boa alternativa de negócio. Considerando o maquinário, é preciso investir, pelo menos, R$ 50 mil. Para uma fábrica de médio porte, o faturamento médio mensal pode chegar a R$ 60 mil.
Proprietário da Mace Marcenaria, Mauro César da Silva Bastos afirma que, para abrir uma marcenaria, é preciso adquirir, pelo menos, uma esquadrejadeira (R$ 9 mil), uma lixadeira (R$ 3,5 mil) e uma tupia (R$ 1,7 mil). É necessário comprar matéria-prima para estoque. Mauro, que inaugurou a loja em 1990, exerce a profissão há 25 anos.
- Comecei com poucos equipamentos em um galpão alugado. Na época gastei menos de R$ 15 mil. Hoje, com todas as máquinas que a marcenaria exige, gastaria R$ 50 mil. Nosso diferencial é fazer o que o cliente quer - diz ele, lembrando que não usa apenas madeira. "Trabalhamos também com MDF e compensados. Metade dos fregueses preferem as peças laqueadas", comenta o empresário, que produz 15 armários por mês e tem faturamento médio mensal de R$ 35 mil.
Já o presidente do Sindicato dos Marceneiros do Estado do Rio, Oswaldo João da Silva - com experiência de 44 anos na profissão - acredita que, para abrir uma marcenaria de médio porte, com 700 metros quadrados, são necessários R$ 150 mil. Silva afirma que uma máquina pode custar R$ 4 mil. "Por isso 90% dos empreendimentos são abertos por empresários, que contratam marceneiros para trabalhar", arremata Silva, há sete anos na presidência da entidade.
Mesmo com a concorrência, afirma ele, a confecção de móveis sob medida está sendo mais valorizada, principalmente pela classe média alta. Na capital, esse tipo de fábrica se concentra em bairros como Bangu, Barra da Tijuca, Campo Grande, Praça Seca, Realengo e Santíssimo. Na Zona Sul, falta pontos comerciais com espaço suficiente para equipamentos e estoque.
O consultor do Sebrae/RJ, Haroldo Caser, diz que, mesmo que a fábrica esteja em um bairro afastado do Centro, é preciso ter o cuidado de abrir um showroom em local onde vivem consumidores de classe média. Uma boa alternativa é estabelecer parcerias com lojas de materiais de construção e construtoras. Ainda assim, Caser classifica o risco do negócio como médio devido ao alto investimento, necessidade de um espaço amplo e mão-de-obra qualificada.
Para o presidente do Sindicato dos Marceneiros, mais investimentos na construção civil aqueceriam o setor. Silva aprendeu o ofício aos 21 anos e assumiu cargo de diretoria na entidade em 1975. Segundo ele, o público que procura as marcenarias é basicamente arquitetos e designers a serviço das classes mais altas. "Um armário feito sob medida pode custar até R$ 20 mil", revela.
Proprietário da Closet House, Joaquim Gomes da Silva chegou de Portugal em 1950, com 14 anos. Aprendeu a ser marceneiro com 17, no primeiro emprego no Brasil. Com espírito empreendedor, abriu o negócio próprio em 1960, com máquinas de segunda mão. Hoje, Gomes acredita que teria gasto R$ 30 mil só com os equipamentos. As máquinas foram substituídas e a marcenaria cresceu. "Para montar um negócio como o meu, hoje, seria preciso R$ 1 milhão", garante.
A fábrica, em Inhaúma, atende, principalmente, clientes da Barra, Recreio dos Bandeirantes e Tijuca. Com 1,2 mil metros quadrados e 30 funcionários, produz armários de cozinha e banheiro, além de embutidos para quartos. Também membro do Sindicato da Indústria de Móveis do Estado do Rio, Gomes diz que há cerca de 5 mil marcenarias no Estado, empregando 75 mil pessoas.
- Há quase vinte anos esperamos apoio financeiro do Governo do Estado e da prefeitura de Duque de Caxias para instalarmos o pólo moveleiro de Xerém. Já temos uma área de 500 mil metros quadrados onde seriam instaladas 50 empresas. Para concluir as obras de infra-estrutura precisaríamos de R$ 80 milhões - comenta o empresário, acrescentando que a indústria moveleira do Estado produz apenas 15% do que consome.
Hoje, conforme o Panorama 2005 da Associação Brasileira das Indústrias do Mobiliário (Abimóvel), o Sul do País é campeão em faturamento com a fabricação de móveis. A região produz 80% dos móveis exportados pelo País. Em 2004, o setor exportou US$ 940 milhões, 42% a mais que em 2003. O Estado de Santa Catarina foi o campeão, com US$ 330 milhões em exportações. Em seguida estão Rio Grande do Sul (US$ 181 milhões), Paraná (US$ 60,4 milhões) e São Paulo (US$ 40 milhões).
Raio X
Marcenaria
Investimento inicial: R$ 50 mil a R$ 150 mil
Faturamento médio mensal: R$ 35 mil a R$ 60 mil
Área: 600 a 1,2 mil metros quadrados
Margem de lucro: 15% sobre o faturamento
Risco: médio, segundo o consultor do Sebrae/RJ, Haroldo Caser, devido ao valor do investimento inicial, necessidade de mão-de-obra qualificada e espaços mais amplos para instalação das máquinas.
Fonte: Jornal do Commercio – 18/03/2005
Proprietário da Mace Marcenaria, Mauro César da Silva Bastos afirma que, para abrir uma marcenaria, é preciso adquirir, pelo menos, uma esquadrejadeira (R$ 9 mil), uma lixadeira (R$ 3,5 mil) e uma tupia (R$ 1,7 mil). É necessário comprar matéria-prima para estoque. Mauro, que inaugurou a loja em 1990, exerce a profissão há 25 anos.
- Comecei com poucos equipamentos em um galpão alugado. Na época gastei menos de R$ 15 mil. Hoje, com todas as máquinas que a marcenaria exige, gastaria R$ 50 mil. Nosso diferencial é fazer o que o cliente quer - diz ele, lembrando que não usa apenas madeira. "Trabalhamos também com MDF e compensados. Metade dos fregueses preferem as peças laqueadas", comenta o empresário, que produz 15 armários por mês e tem faturamento médio mensal de R$ 35 mil.
Já o presidente do Sindicato dos Marceneiros do Estado do Rio, Oswaldo João da Silva - com experiência de 44 anos na profissão - acredita que, para abrir uma marcenaria de médio porte, com 700 metros quadrados, são necessários R$ 150 mil. Silva afirma que uma máquina pode custar R$ 4 mil. "Por isso 90% dos empreendimentos são abertos por empresários, que contratam marceneiros para trabalhar", arremata Silva, há sete anos na presidência da entidade.
Mesmo com a concorrência, afirma ele, a confecção de móveis sob medida está sendo mais valorizada, principalmente pela classe média alta. Na capital, esse tipo de fábrica se concentra em bairros como Bangu, Barra da Tijuca, Campo Grande, Praça Seca, Realengo e Santíssimo. Na Zona Sul, falta pontos comerciais com espaço suficiente para equipamentos e estoque.
O consultor do Sebrae/RJ, Haroldo Caser, diz que, mesmo que a fábrica esteja em um bairro afastado do Centro, é preciso ter o cuidado de abrir um showroom em local onde vivem consumidores de classe média. Uma boa alternativa é estabelecer parcerias com lojas de materiais de construção e construtoras. Ainda assim, Caser classifica o risco do negócio como médio devido ao alto investimento, necessidade de um espaço amplo e mão-de-obra qualificada.
Para o presidente do Sindicato dos Marceneiros, mais investimentos na construção civil aqueceriam o setor. Silva aprendeu o ofício aos 21 anos e assumiu cargo de diretoria na entidade em 1975. Segundo ele, o público que procura as marcenarias é basicamente arquitetos e designers a serviço das classes mais altas. "Um armário feito sob medida pode custar até R$ 20 mil", revela.
Proprietário da Closet House, Joaquim Gomes da Silva chegou de Portugal em 1950, com 14 anos. Aprendeu a ser marceneiro com 17, no primeiro emprego no Brasil. Com espírito empreendedor, abriu o negócio próprio em 1960, com máquinas de segunda mão. Hoje, Gomes acredita que teria gasto R$ 30 mil só com os equipamentos. As máquinas foram substituídas e a marcenaria cresceu. "Para montar um negócio como o meu, hoje, seria preciso R$ 1 milhão", garante.
A fábrica, em Inhaúma, atende, principalmente, clientes da Barra, Recreio dos Bandeirantes e Tijuca. Com 1,2 mil metros quadrados e 30 funcionários, produz armários de cozinha e banheiro, além de embutidos para quartos. Também membro do Sindicato da Indústria de Móveis do Estado do Rio, Gomes diz que há cerca de 5 mil marcenarias no Estado, empregando 75 mil pessoas.
- Há quase vinte anos esperamos apoio financeiro do Governo do Estado e da prefeitura de Duque de Caxias para instalarmos o pólo moveleiro de Xerém. Já temos uma área de 500 mil metros quadrados onde seriam instaladas 50 empresas. Para concluir as obras de infra-estrutura precisaríamos de R$ 80 milhões - comenta o empresário, acrescentando que a indústria moveleira do Estado produz apenas 15% do que consome.
Hoje, conforme o Panorama 2005 da Associação Brasileira das Indústrias do Mobiliário (Abimóvel), o Sul do País é campeão em faturamento com a fabricação de móveis. A região produz 80% dos móveis exportados pelo País. Em 2004, o setor exportou US$ 940 milhões, 42% a mais que em 2003. O Estado de Santa Catarina foi o campeão, com US$ 330 milhões em exportações. Em seguida estão Rio Grande do Sul (US$ 181 milhões), Paraná (US$ 60,4 milhões) e São Paulo (US$ 40 milhões).
Raio X
Marcenaria
Investimento inicial: R$ 50 mil a R$ 150 mil
Faturamento médio mensal: R$ 35 mil a R$ 60 mil
Área: 600 a 1,2 mil metros quadrados
Margem de lucro: 15% sobre o faturamento
Risco: médio, segundo o consultor do Sebrae/RJ, Haroldo Caser, devido ao valor do investimento inicial, necessidade de mão-de-obra qualificada e espaços mais amplos para instalação das máquinas.
Fonte: Jornal do Commercio – 18/03/2005
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