Voltar
Notícias
22
nov
2005
(GERAL)
Madeireiros reclamam da burocracia ambiental.
A rodovia PA-150, uma das mais importantes do estado do Pará, passou boa parte do dia de ontem interditada por um grupo de empresários e empregados do setor madeireiro. Foi um protesto contra o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (Ibama) que, segundo os manifestantes, tem tomado medidas para burocratizar e proibir a prática do manejo florestal na Amazônia. Cerca de 60% dos projetos de manejo estariam aguardando aprovação do Ibama, o que teria provocado o fechamento de empresas e a demissão de funcionários. A safra de extração da madeira na região começou agora, com o fim do período de chuvas.
Penalizada pela burocracia
Em documento assinado por 14 entidades de empresários e trabalhadores do setor, as organizações se dizem perplexas com a distância entre o discurso e a prática do governo. "Quando assumiu, a equipe do Ministério do Meio Ambiente e da Amazônia Legal defendia que o desenvolvimento da Amazônia deveria estar baseado no uso sustentável dos recursos florestais. Prometeu incentivar o manejo florestal mas adotou práticas que, ao contrário, adicionaram mais burocracia e proibições à atividade madeira", afirmam no documento.
As entidades dizem ainda que, entre as atividades rurais, a madeireira é a que mais emprega no Pará – cerca de 300 mil trabalhadores – e uma das que menos impacto provoca ao meio ambiente. "No entanto, é a mais penalizada pela burocracia e pelas dificuldades que o Ibama impõe ao setor que responde pelo segundo item mais importante da economia paraense. Ao contrário do que se diz, a atividade madeireira depende da floresta em pé para continuar existindo. Nós, trabalhadores e empresários, defendemos o uso responsável da floresta porque só assim é possível torná-la fonte renovável e perene de matéria-prima para a indústria e de empregos para os paraenses", esclarecem as entidades, no texto.
Ao final do documento, as organizações defendem que sejam tomadas pelo menos três medidas por parte do governo: torne simples e realistas as regras para licenciamento de manejo, com adequação da estrutura e das bases do Ibama, priorize a agilize o acesso às florestas para os interessados em fazer manejo florestal e una forças com a iniciativa privada florestal tanto para a disseminação das técnicas de manejo quanto para a divulgação de seus benefícios.
Reivindicações legítimas
O gerente do Ibama em Belém, Marcílio Monteiro, considera as reivindicações legítimas e garante que o instituto está empenhado em superar os problemas que dificultam o manejo florestal na região. Mas há, segundo ele, um grande impasse. "Nós somos parceiros do manejo florestal. Mas só podemos autorizar os planos de manejo com a regularização fundiária. A questão fundiária é um problema crônico no Pará. É preciso todo o cuidado para evitar a grilagem de terras e devemos ter também o rigor necessário para a liberação dos planos de manejo", diz. Monteiro acrescenta que está negociando com o instituto de terras medidas para agilizar essa questão.
Raimundo José Pinto
Fonte: Gazeta
17/jul/03
Penalizada pela burocracia
Em documento assinado por 14 entidades de empresários e trabalhadores do setor, as organizações se dizem perplexas com a distância entre o discurso e a prática do governo. "Quando assumiu, a equipe do Ministério do Meio Ambiente e da Amazônia Legal defendia que o desenvolvimento da Amazônia deveria estar baseado no uso sustentável dos recursos florestais. Prometeu incentivar o manejo florestal mas adotou práticas que, ao contrário, adicionaram mais burocracia e proibições à atividade madeira", afirmam no documento.
As entidades dizem ainda que, entre as atividades rurais, a madeireira é a que mais emprega no Pará – cerca de 300 mil trabalhadores – e uma das que menos impacto provoca ao meio ambiente. "No entanto, é a mais penalizada pela burocracia e pelas dificuldades que o Ibama impõe ao setor que responde pelo segundo item mais importante da economia paraense. Ao contrário do que se diz, a atividade madeireira depende da floresta em pé para continuar existindo. Nós, trabalhadores e empresários, defendemos o uso responsável da floresta porque só assim é possível torná-la fonte renovável e perene de matéria-prima para a indústria e de empregos para os paraenses", esclarecem as entidades, no texto.
Ao final do documento, as organizações defendem que sejam tomadas pelo menos três medidas por parte do governo: torne simples e realistas as regras para licenciamento de manejo, com adequação da estrutura e das bases do Ibama, priorize a agilize o acesso às florestas para os interessados em fazer manejo florestal e una forças com a iniciativa privada florestal tanto para a disseminação das técnicas de manejo quanto para a divulgação de seus benefícios.
Reivindicações legítimas
O gerente do Ibama em Belém, Marcílio Monteiro, considera as reivindicações legítimas e garante que o instituto está empenhado em superar os problemas que dificultam o manejo florestal na região. Mas há, segundo ele, um grande impasse. "Nós somos parceiros do manejo florestal. Mas só podemos autorizar os planos de manejo com a regularização fundiária. A questão fundiária é um problema crônico no Pará. É preciso todo o cuidado para evitar a grilagem de terras e devemos ter também o rigor necessário para a liberação dos planos de manejo", diz. Monteiro acrescenta que está negociando com o instituto de terras medidas para agilizar essa questão.
Raimundo José Pinto
Fonte: Gazeta
17/jul/03
Fonte:
Notícias em destaque

A silvicultura paulista e seus benefícios ao solo
Com o desenvolvimento das sociedades é natural um avanço sobre o uso da terra e do solo. Além de espaço para...
(SILVICULTURA)

A silvicultura precisa e os efeitos na produtividade
Ainda se fala muito a respeito dos fatores que levam os empreendimentos florestais ao sucesso. Condições de solo e clima, material...
(SILVICULTURA)

Natureza honra extrativismo do pinhão
Estimativas iniciais da Emater/RS, com base em dados fornecidos por famílias que trabalham na coleta, projetam uma safra de 860 toneladas...
(GERAL)

Serviço Florestal abre inscrições para curso de identificação de madeira
Capacitação gratuita será realizada de 2 a 6 de junho, em Brasília, com ênfase no combate ao comércio...
(EVENTOS)

Árvores brasileiras: 18 espécies que você precisa conhecer ou não sabia que eram nacionais
Espécies de árvores presentes na Mata Atlântica, no Cerrado e na Amazônia revelam a diversidade e riqueza da flora...
(MADEIRA E PRODUTOS)

Minas Gerais tem recorde histórico nas exportações do agro
Exportação de ovos cresce 266% em Minas Gerais
As exportações do agronegócio de Minas Gerais...
(AGRO)