Voltar

Notícias

22
nov
2005
(GERAL)
Tocantins na rota do tráfico de madeira
O Tocantins tem se firmado como rota no tráfico de madeiras extraídas irregularmente, sendo mais de 95% delas vindas do Pará e praticamente todo o restante do Maranhão, que passam pela BR-153, com destino a madereiras de diversos estados, sobretudo do Rio de Janeiro, São Paulo, Minas Gerais, Bahia e do Distrito Federal. Somente nos últimos oito dias, a Delegacia Estadual de Crimes Contra o Meio Ambiente e Urbanismo (Dema) apreendeu, por meio da Operação Ipê, 23 carretas com carga irregular ao longo da rodovia federal Belém-Brasília. Durante todo o ano passado, a Dema apreendeu cerca de 45 caminhões. “É um mercado paralelo que tem se ampliado rapidamente, por gerar muito dinheiro”, considerou a titular da delegacia, Mariana Azevedo Barreto.

Para coibir o crime, a Dema se juntou à Polícia Rodoviária Federal (PRF), Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis, Companhia Independente de Polícia Ambiental (Cipama) e Instituto Natureza do Tocantins (Naturatins) na Operação Ipê, que prossegue por tempo indeterminado, fiscalizando toda a extensão da BR-153, com maior ênfase nos postos da PRF localizados em Araguaína, Guaraí, Paraíso e Talismã. O intuito é identificar as cargas com Autorização para o Transporte de Produto Florestal (ATPFs) falsificadas. Segundo o setor de fiscalização do Ibama, a maioria das ATPFs tem uma falsificação refinada, podendo ser detectadas apenas por laudo das polícias Federal e Civil. Há, ainda, casos de autorizações originais que foram extraviadas na sede do Ibama, em Brasília, e que estão sendo utilizadas para o transporte de madeira extraída em áreas de preservação.

Duas dessas ATPFs foram encontradas no Tocantins, na Operação Ipê.

A delegada Mariana Azevedo destaca que, muitas vezes, além de falsificadas, as ATPFs relacionam madeiras de menor valor, quando, sob a lona das carretas, estão madeiras nobres como ipê, castanheira e mogno. Ela diz ainda que, devido à rentabilidade do tráfico, alguns caminhoneiros relutam em deixar a ilegalidade. “Eles recebem até R$ 6 mil por carga e muitos, logo após ser liberados, retornam à prática.

” Ainda assim, a delegada afirmou que está orientando motoristas que não sabem identificar a ATPF falsa. “Estamos fazendo um trabalho de orientação também, pois alguns não sabem que estão sendo enganados pelas madereiras”, disse. Mediante o pagamento de fiança, o caminhoneiro responde a processo criminal em liberdade.

Fonte: Amazônia.org.br – 08/03/2005

Fonte:

Jooble Neuvoo